21/10/2016 17h17 - Atualizado em 21/10/2016 17h20

Enfrentamento da sífilis congênita é discutido em fórum estadual

Mais de 100 profissionais da saúde se reuniram nesta sexta-feira (21), para discutir o enfretamento da sífilis, no 11º Fórum Estadual sobre Sífilis em Gestantes e Sífilis Congênita, em Vitória. O evento, promovido pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) por meio da Coordenação Estadual de DST e Aids, contou com a participação da assessora da área de assistência e tratamento do Ministério da Saúde, Alexsana Sposito Tesser, da pró-reitora de extensão da Ufes, Angélica Espinosa, além de gerentes, coordenadores e gestores estaduais. 

O subsecretário de Estado para Assuntos de Regulação e Organização da Atenção à Saúde, Mayke Armani Miranda, destacou que o fórum é um importante meio para fortalecer uma discussão permanente do enfretamento à sífilis congênita. “Reforço como gestor a importância desse trabalho, de sentar para discutir quais são as dificuldades, que às vezes são iguais para todos”, afirmou.

Já a gerente de Vigilância em Saúde da Sesa, Gilsa Rodrigues, disse que um dos caminhos é a integração com os municípios para eliminação da sífilis congênita. “Enquanto vigilância, nós olhamos os dados e analisamos que a situação necessita de uma intervenção imediata, no território, com a atuação do município para podermos vencer”, disse.

De 2013 a 2015 os casos de sífilis em gestantes aumentaram 43,5% no Estado e a sífilis congênita, transmissão da doença de mãe para filho, cresceu 68,5%, no mesmo período. Já a taxa de incidência de sífilis congênita ficou em 10,5 para cada mil nascidos vivos, em 2015, no Espírito Santo. “Este não é um problema único do Espírito Santo ou do Brasil. A sífilis infecta 1% ou mais de grávidas atendidas no pré-natal em 55 países. É um grave desfecho para o bebê, mas é uma infecção que pode ser diagnosticada e tratada”, explicou a coordenadora Estadual de DST/Aids da Sesa, Sandra Fagundes.

Alexsana Sposito Tesser, do Ministério da Saúde, apresentou um panorama de dados e ações realizadas em nível nacional e reforçou a realização do teste rápido na gestante na primeira consulta de pré-natal. “São vários contextos e situações que chegam a sífilis congênita. E o teste rápido é uma oportunidade para intervir de imediato”, disse.

Teste rápido

De acordo com a referência técnica da Coordenação de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e Aids da Sesa, Bettina Lima, o teste rápido para sífilis pode ser realizado em unidades básicas de saúde e deve ser feito pelo menos uma vez por ano por pessoas sexualmente ativas. Já para gestantes, o teste rápido deve ser feito duas vezes durante a gestação: na primeira consulta do pré-natal e no terceiro trimestre da gravidez.

“É preciso frisar que na maioria das vezes a sífilis não tem sintomas como dor ou ferida, por isso, é importante realizar o teste rápido e os demais exames necessários para detecção da doença. E se diagnosticada, é imprescindível tratar adequadamente a infecção nos serviços de saúde disponíveis”, explica a referência técnica. Ela acrescenta que se a gestante for diagnosticada com sífilis, o parceiro também deve ser tratado.

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