21/09/2017 10h28

Família autoriza doação de órgãos e tira quatro pessoas da fila por transplante  

O telefone tocou, e a notícia que chegou era de que o irmão tinha sofrido um grave acidente. Era o dia 07 de setembro e Marcelo seguia de moto para casa quando colidiu na traseira de um caminhão. “Nós fomos ao local do acidente, acreditamos que ele tenha perdido o controle da moto em um quebra-molas e se chocado contra o caminhão que estava parado. Não sabemos de muita coisa, estamos deduzindo essas informações”, contou Marta Lisboa, irmã de Marcelo.

O servidor público, de 47 anos, foi levado para o Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, na Serra, em estado grave. Atendido pelas especialidades de Clínica Médica, Cirurgia Geral e Neurocirurgia, o paciente realizou diversos exames de imagem e recebeu suporte da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Apesar de todos os esforços, no dia 08 de setembro ele foi diagnosticado com morte encefálica.

“O Marcelo chegou ao hospital com uma lesão neurológica muito grave. Um quadro com prognóstico difícil, por isso, o acompanhamento familiar é importante e feito desde o início da internação. A confirmação da morte encefálica é feita seguindo um criterioso processo e pode levar de 6 a 24 horas para ser finalizado”, esclareceu o gestor clínico do Hospital Dr. Jayme, Enrico Stucchi.

A comunicação do óbito é feita por uma equipe multidisciplinar e, no caso do Marcelo, a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) também participou. “O paciente era um potencial doador. Nessas situações, chamamos a equipe da CIHDOTT para participar e realizar a entrevista para doação de órgãos. São pessoas preparadas tecnicamente para lidar com esse momento de dor e tristeza das famílias”, explicou a gestora do setor de Atendimento ao Cliente, Rosemery Erlacher.

A família de Marcelo recebeu a notícia do óbito e foi perguntada sobre o desejo de fazer a doação dos órgãos. Em meio às lágrimas e ao sofrimento de ter perdido um ente querido, Marta escolheu dizer sim. “Eu não tinha dúvidas, o Marcelo era muito querido e foi a maneira que encontramos de honrar a história dele. Até no final da vida ele fez o bem”, disse Marta Lisboa.

A partir do “sim” da família, começa a corrida contra o tempo. Além de manterem o potencial doador em condições de realizar a captação, a Central de Transplantes, responsável por coordenar as atividades de transplante em âmbito estadual, inicia a logística e os trâmites para que a doação seja concluída com sucesso. No fim dessa história, quatro pessoas puderam sair da fila de espera por transplante de rim, fígado e córnea, graças ao “sim” dado pela família do Marcelo.

 

Setembro Verde

O Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves montou uma programação completa para marcar o período da campanha Setembro Verde, que visa conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos e tecidos para transplante. Além da iluminação da fachada, à noite, na cor verde, um laço, símbolo da campanha, enfeita a entrada da instituição.

“Todos os anos fazemos questão de incentivar as atividades e ações da campanha “Setembro Verde”. Entendemos a importância desse momento e o valor das informações. Somos o maior hospital público do Estado e, consequentemente, temos um papel relevante junto à sociedade, principalmente de conscientização”, destacou o diretor-geral do Hospital Dr. Jayme, Rogerio Griffo.

Desde o início do mês estão acontecendo atividades de conscientização no hospital, mas, na semana entre os dias 25 e 29 de setembro, as dinâmicas vão ganhar todos os setores e envolver pacientes, acompanhantes, visitantes e funcionários da unidade. Uma atividade diferente e que marca a programação será o plantio de cerca de 20 mudas pelos jardins do Hospital Dr. Jayme, representando as famílias que se solidarizaram e doaram órgãos dos seus entes queridos.

No dia 27, uma palestra com um profissional do Hospital Sírio-Libanês, referência nacional em doação e transplantes de órgãos. E para encerrar a programação, no dia 29 de setembro, o projeto Jayme Itinerante. Longe dos muros do hospital, profissionais da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) levará a palestra sobre doação de órgãos para a Escola Técnica CEDTEC, na Serra.

“Pensamos no envolvimento de todos os atores da unidade, por isso, o plantio de mudas. Queremos demonstrar que aquela plantinha é uma vida sendo salva, uma forma alusiva de ver o renascimento de uma pessoa por meio das árvores. E não podia faltar o Jayme Itinerante. Quanto maior o número de pessoas informadas, maior também é o nosso alcance”, frisou Rosemery Erlacher, coordenadora da CIHDOTT.

 

 

 

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