24/10/2016 14h44

Hospital Central promove ações de conscientização sobre AVC

Acidente Vascular Cerebral (AVC) tem tratamento, mas para receber o socorro a tempo é importante não ignorar os sintomas e acionar o Serviço Móvel de Urgência (Samu 192) imediatamente. Esse é o alerta do Hospital Estadual Central para a população na semana do Dia Mundial de Combate ao AVC, comemorado em 29 de outubro. Neurologistas do hospital vão realizar palestras e orientação para a população e para profissionais e acadêmicos de saúde com o objetivo de informar sobre os fatores de risco, os sintomas e o tratamento.

A médica e diretora técnica do Hospital Estadual Central, Andrea Saliba, ressaltou que o AVC é a segunda principal causa de morte de indivíduos acima de 60 anos de idade no mundo, e que a doença tem acometido cada vez mais homens e mulheres com menos idade. “Levar informação para as pessoas significa dar a elas a chance de reconhecer a necessidade da prevenção”.

O neurologista José Antonio Fiorot Junior, coordenador da Unidade de AVC do Hospital Estadual Central, diz que os sintomas característicos do AVC são fraqueza em um lado do corpo, boca torta no lado em que a pessoa está sentindo fraqueza e parar de falar subitamente. “Em 85% dos casos esses sintomas indicam que a pessoa está tendo um acidente vascular cerebral. A vítima, e quem estiver próximo dela, deve pensar nessa possibilidade e não ignorar os sintomas. É importante ligar imediatamente para o número 192 e acionar o Samu”, orientou o médico.

Fiorot explica que o AVC não dá fraqueza no corpo todo. Ele diz que geralmente o braço e a perna ficam fracos, um às vezes mais do que o outro. O membro pode perder o movimento por completo ou parcialmente. De qualquer forma, é importante saber que isso não acontece aos poucos, mas de uma hora pra outra. Atualmente, casos de AVC em pessoas com menos de 60 anos tem ocorrido mais. A explicação pode ter dois motivos.

“Os pacientes mais jovens têm sido expostos aos fatores de risco cada vez mais cedo. Uma pessoa que desenvolve diabetes aos 20, por exemplo, vai chegar aos 40 anos com uma chance muito maior para ter aterosclerose, que é o que causa o entupimento das artérias e provoca o AVC. Outra explicação é que a melhoria do acesso a médicos e a exames, nos últimos 20 anos, possibilitou o aumento do diagnóstico e os casos começaram a aparecer”, argumentou o neurologista.

 

Fatores de risco

Segundo Fiorot, o principal fator de risco para o acidente vascular cerebral é a pressão alta não controlada durante muitos anos, além de diabetes, colesterol alto e tabagismo. Todos esses fatores são passíveis de prevenção e podem ser controlados. Porém, o fator de risco mais grave é a fibrilação atrial, que é uma arritmia no coração que pode ser silenciosa. “Quem tem essa doença corre um risco muito alto de sofrer um AVC. Recentemente, recebemos um paciente de 39 anos e descobrimos que a causa do AVC foi a fibrilação atrial. Ele mesmo não sabia que tinha. Por isso é importante ir ao cardiologista e fazer exames de rotina, além, é claro, de manter uma vida saudável”.

O AVC, de acordo com o médico, pode ter também outras três causas. A trombofilia, que é uma doença genética; a dissecção, que é a ruptura traumática da parede da artéria; e a vasculite, que é a inflamação da parede da artéria provocada por doenças autoimunes como lúpus e artrite reumatoide, ou desencadeada pelo uso de drogas, em especial a cocaína. Pacientes com acidente vascular cerebral causado por esses diferentes fatores já foram parar na Unidade de AVC do Hospital Estadual Central, que já chegou a atender uma idosa de 101 anos e um paciente de 17 anos.

A Unidade de AVC do Hospital Estadual Central – administrado pela Associação Congregação de Santa Catarina – é referência na rede pública de saúde do Espírito Santo e uma das primeiras instalações dessa natureza no Brasil. Já prestou em torno de 3,5 mil atendimentos, sendo que em aproximadamente 300 casos a equipe conseguiu realizar a trombólise venosa e a trombectomia mecânica, procedimentos que impedem ou reduzem as sequelas. Um volume que Fiorot considera muito bom, visto que a média brasileira é menor que 1%.

 

Programação

 

Segunda-feira (24 de outubro)

Centro de Pesquisa da faculdade Emescam – Av. Nossa Senhora da Penha, Vitória. Às 18h30. Público: profissionais e acadêmicos de saúde. Palestra “O AVC tem tratamento” – José Antonio Fiorot Júnior, médico neurologista e coordenador da Unidade de AVC do Hospital Estadual Central.

 

Quarta-feira (26 de outubro)

Centro de Reabilitação Física do Espírito Santo (Crefes) – Praia da Costa, Vila Velha. Público: pacientes, acompanhantes, profissionais do Crefes e acadêmicos de medicina.

- 14h20: Abertura e distribuição de material informativo.

- 14h30: Palestra “O AVC tem tratamento” – Rúbia Sfalsini, coordenadora da Unidade de AVC do Hospital Estadual Central e médica neurologista do Crefes.

- 14h50: Palestra “AVC e Reabilitação” – Lucia Maria Domingo, fsioterapeuta, e Rayane Gomes Souza, fonoaudióloga.

- 15h10: Palestra “A vida após o AVC” – Kátia Wanke Cazelli, neuropsicóloga.

- Intervalo

- 15h30: Palestra “AVC e Nutrição” – Cíntia Sarmento Valle, médica nutróloga.

- 15h50: Palestra “Manejo do paciente pós-AVC” – Elry Cristina Nikel, enfermeira supervisora da Unidade de AVC do Hospital Estadual Central.

- 16h10: “Alta hospitalar e seus desafios” – Silvia Mara Costa, assistente social.

 

Quarta-feira (26 de outubro)

Parque Moscoso, em Vitória. Orientação de profissionais de saúde, além de aferição de pressão arterial e realização de teste de glicemia como prevenção de fatores de risco. Das 11h às 13h, aberto ao público.

 

Quinta-feira (27 de outubro)

Parque Moscoso, em Vitória. Orientação de profissionais de saúde, além de aferição de pressão arterial e realização de teste de glicemia como prevenção de fatores de risco. Das 11h às 13h, aberto ao público.

 

 

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