25/08/2016 14h15 - Atualizado em 25/08/2016 14h23

Profissionais discutem inovações do protocolo de infecções sexualmente transmissíveis

Mais de 100 profissionais de saúde vão se reunir nos próximos dias 29 e 30, em Nova Almeida, em Serra, na Oficina para Atualização das Inovações do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis. O evento é voltado para médicos e enfermeiros que atuam nos serviços de pré-natal e Serviços de Atendimento Especializado (SAEs). 

A Oficina é promovida pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), por meio da Coordenação Estadual de DST e Aids, em conjunto com o Ministério da Saúde. 

De acordo com a coordenadora de DST e Aids da Sesa, Sandra Fagundes, o objetivo do encontro é repassar o conhecimento sobre o novo protocolo de tratamento de infecções sexualmente transmissíveis (IST) para os profissionais dos municípios que atuarão como multiplicadores. “O diagnóstico, o tratamento e o acompanhamento de IST são realizados na atenção primária, por isso é importante o envolvimento desses profissionais, para que possamos reduzir o número de casos, principalmente relacionados à sífilis e à sífilis congênita”, explica. 

Segundo dados da Coordenação Estadual de DST e Aids da Sesa, o número de casos de sífilis em gestantes teve um aumento de 43,5% em um período de três anos no Estado, o que reflete também no número de casos de sífilis congênita, ou seja, transmitida de mãe para filho. “Se a gestante e seu parceiro não forem tratados corretamente, a sífilis será transmitida para o recém-nascido, elevando os casos de sífilis congênita”, ressalta Sandra Fagundes. De 2013 a 2015, casos de sífilis congênita tiveram um aumento de 68,5% no Estado. 

Esse aumento, segundo a coordenadora, é atribuído ao crescimento do número de casos de sífilis entre homens, ao não uso do preservativo, bem como à falta de diagnóstico e de tratamento em tempo hábil da gestante. “O diagnóstico de sífilis na gestação é primordial. Na primeira consulta de pré-natal deve ser realizado o teste rápido para sífilis e, se diagnosticada, a gestante e o parceiro devem ser tratados imediatamente. Somente com o diagnóstico e o tratamento corretos evitaremos a transmissão ao bebê e eliminaremos a sífilis congênita”, explica a coordenadora de DST e Aids da Sesa. 

Para enfrentamento da sífilis  e de outras infecções sexualmente transmissíveis no Espírito Santo, a Secretaria de Estado da Saúde, por meio da Coordenação Estadual de DST e Aids, fornece aos municípios kits de testes rápidos, material de conscientização, preservativos masculino e feminino, além de treinamentos para as equipes de saúde. 

Oficina 

A Oficina para Atualização das Inovações do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (PCDT/IST) acontece nos dias 29 e 30, no Hotel Praia Sol, em Nova Almeida. Estão inscritos profissionais de saúde do Espírito Santo, do Acre, da Bahia, de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. As aulas serão ministradas por técnicos do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis.

Dados 

Casos notificados de gestantes com sífilis

Casos notificados de sífilis congênita

Informações à Imprensa:

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