28/09/2016 11h29 - Atualizado em 28/09/2016 11h30

Saúde na ponta do lápis: Sesa implanta gestão de custos em hospitais  

Com o mesmo montante de dinheiro é possível fazer mais. A Secretaria de Saúde do Espírito Santo (Sesa) quer que a verba destinada aos hospitais estaduais seja utilizada de forma mais eficiente, por isso começa a implantar nesta semana um sistema de gestão de custos em cinco dos hospitais que mais consomem o orçamento da rede hospitalar.

Juntos, os hospitais estaduais Antonio Bezerra de Faria, em Vila Velha; Dório Silva e Dr. Jayme Santos Neves, na Serra; Hospital Estadual Central e Hospital Estadual de Urgência e Emergência, em Vitória, gastam R$ 492 milhões por ano com atendimentos de pronto-socorro e internação e com pagamento de pessoal.

“A Sesa administra 16 hospitais próprios, sendo três deles gerenciados por OS (Organização Social). Juntos eles demandam R$ 1,070 bilhão por ano. Esses cinco hospitais em que vamos iniciar a gestão de custos consomem 46% desse montante. É um percentual significativo do nosso orçamento que pode ser utilizado com mais eficiência para que consigamos melhorar o atendimento”, informa o subsecretário de Gestão Estratégica e Inovação da Secretaria de Estado da Saúde, Silvio Machado.

Segundo o subsecretário, o prazo estimado para que uma gestão de custos comece a produzir efeitos concretos é de 12 meses. E o que muda para o cidadão? “Administrar melhor o recurso impacta diretamente na oferta de serviços. Com o mesmo montante de dinheiro gasto hoje poderemos ampliar o número de consultas e exames e oferecer um número maior de cirurgias e outros procedimentos, por exemplo”, detalha Machado.

O subsecretário explica que o objetivo da gestão de custos não é reduzir verba, mas fazer com que o mesmo montante de recursos gere mais resultados. Entre os ganhos desse modelo ele ressalta a possibilidade de conhecer exatamente quanto é gasto em cada setor e procedimento e, a partir daí, poder implantar ações para melhorar a produtividade do recurso. Outro benefício é identificar gastos que podem ser evitados.

Silvio Machado também destaca que a implantação desse modelo em diferentes hospitais torna possível a comparação e a identificação das melhores práticas em cada setor, o que possibilita descobrir pontos de melhoria. Ele cita, ainda, a oportunidade de se obter um parâmetro de custo por procedimento para subsidiar a contratação de serviços no setor complementar.

Outro benefício é a transparência. “Um dos objetivos é que ao final da internação o paciente receba um espelho com a descrição de tudo o que ele usou enquanto esteve no hospital. Na lógica da prestação de contas, será uma demonstração de quanto ele está recebendo de retorno dos impostos que ele paga”, observa o subsecretário.

 

Choque de Gestão

Segundo Silvio Machado, o sistema de gestão de custos será implantado em duas etapas. A primeira começa agora, com esses cinco hospitais, e a segunda em 2017, com a implantação do sistema de gestão de custos em pelo menos outros cinco hospitais que também comprometem um percentual importante do orçamento.

Em cada etapa são duas fases: a apuração dos custos, ou seja, fazer um levantamento de quanto cada hospital gasta por centro de custo; e a gestão desses gastos propriamente dita, visando obter ganhos de eficiência. O subsecretário explica que o Hospital Estadual Antonio Bezerra de Faria já vivencia a implantação da gestão de custos porque o projeto Choque de Gestão foi implantado lá primeiro.

“O Choque de Gestão compõe a carteira de projetos estruturantes da Secretaria de Estado da Saúde. Ele está sendo desenvolvido primeiro no Hospital Estadual Antônio Bezerra de Faria como piloto. Agora que definimos qual será o modelo de gestão hospitalar orientado para resultados, esse modelo será replicado para os demais hospitais”, esclarece.

O projeto Choque de Gestão tem cinco grandes eixos: Gestão de Custos, Controladoria, Informatização Plena, Humanização e Gestão por Resultados. Todos já conseguiram gerar melhorias para o Hospital Estadual Antonio Bezerra de Faria, onde acontece o projeto piloto.

No eixo Humanização, por exemplo, foi instituída a ampliação do horário de visita, só para citar uma das melhorias já conquistadas. O tempo para visita foi dobrado nas unidades de clínica médica, clínica cirúrgica e Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Já nos setores de alto risco e atendimento avançado, o paciente pode receber até dois visitantes.

No eixo Informatização Plena, um dos ganhos foi a entrega de resultados on-line. Após receber alta, o paciente pode acessar os resultados dos exames laboratoriais utilizando um login e uma senha fornecidos pelo hospital. Os resultados podem ser acessados inclusive pelo celular. O login e a senha constam no resumo de alta, que é entregue ao paciente quando ele deixa o hospital. Ao acessar o sistema, ele pode consultar e imprimir, se for necessário, todos os exames laboratoriais feitos durante o tempo em que esteve internado, sejam de sangue, fezes ou urina. A oferta desse serviço representa o início de uma gestão hospitalar plenamente informatizada.

 

 

 

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