16/05/2018 16h47 - Atualizado em 16/05/2018 16h48

Sesa discute diagnóstico do atendimento em saúde mental

A reorganização da estrutura de atendimento na saúde do Espírito Santo foi o tema de uma reunião para tratar de mudanças na estrutura de atendimento na saúde mental. O encontro aconteceu na manhã desta terça-feira (15), na sede da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), na Enseada do Suá, em Vitória.

O encontro faz parte do processo para elaboração do Plano Estadual de Regulação das Redes de Atenção à Saúde, e contou com a presença do secretário de Estado da Saúde, Ricardo de Oliveira, da subsecretária de Estado da Saúde, Joanna De Jaegher, a médica e consultora em Gestão de Saúde, Maria Emi Shimazaki, que é do Paraná, além de técnicos da Subsecretaria de Regulação e de Organização de Atenção à Saúde.

Na reunião foi apresentado um recorte de como está a situação dos atendimentos na saúde mental no Estado, e levantadas algumas propostas para serem implantadas, melhorando o atendimento. De acordo com os levantamentos apresentados, um dos principais problemas no atendimento são casos de alcoolismo, mas outras questões, como fatores emocionais, também não foram deixados de lado.

Ainda pelos levantamentos apresentados, cerca de 90% da população em algum momento da vida irá precisar de algum cuidado em saúde mental, e por isso há a intenção de criar melhorias no atendimento na atenção primária, para evitar que este paciente siga sem a atenção necessária.

De acordo com Maria Emi, é preciso falar de uma política ambulatorial resolutiva para poder começar a caminhar para alguma direção. “Temos fragilidades, mas se na atenção primária não formos capazes de identificar aquela pessoa com depressão, por exemplo, e deixamos ele chegar no estágio do suicídio, não vamos melhorar em nada”, disse.

Entre as propostas, que o tema saúde mental seja tratado também nas oficinas de planificação para que ela seja integrada à Rede Cuidar, e inserir a saúde mental em todas as portas de entrada do SUS, e monitorar a saúde mental por meio de cuidado que é prestado nesses serviços.

Também foi apontado a necessidade de ampliar as equipes de saúde mental na APS por meio de equipes de referência. E também nos complexos regionais ter um serviço de maior complexidade para atender a uma região maior.

“Esse foi o grande salto de qualidade que demos. Pensamos em serviços regionais, incluindo uma equipe de saúde mental dentro da Rede Cuidar. Também pensamos na criação das Unidades de Atendimento, que ainda não existe no Estado. Nessa unidade ele tem todo o atendimento necessário”, disse a subsecretária Joanna De Jaegher.

Para o secretário Ricardo de Oliveira, se há um problema na rede de atendimento em saúde mental, é preciso resolver o problema, e oferecer estrutura para esses pacientes, sem que haja a judicialização do caso, como tem acontecido.

“Somos o estado que mais investe em saúde com recursos próprios e não tem um serviço de saúde mental estruturado. É preciso resolver o problema, e vamos tentar resolver o problema da melhor forma possível”, disse o secretário.

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