O mês de maio é marcado, no Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, na Serra, por uma massificação das campanhas de higienização das mãos. Todos os anos, inúmeras atividades são propostas às equipes para lembrar dos riscos de contaminação e reforçar a segurança dos pacientes. O Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) da unidade explica que, diferente dos demais meios que seguem um rigoroso controle de sistemas e fluxos, as mãos são responsabilidade de cada profissional.

“A higienização das mãos é a medida mais eficaz na redução de infecções associadas à assistência. Toda a prevenção de infecções e o controle de surtos conseguem ser feitos com a realização correta dessa medida. Os profissionais de saúde precisam estar atentos a sua realização e os próprios pacientes e familiares devem estar conscientes de que só devem ser tocados por mãos limpas e higienizadas”, destacou a médica responsável pela SCIH do Hospital Dr. Jayme, Daniela Feitosa.

Para esse ano, uma sessão de cinema foi organizada para demonstrar às equipes como um simples gesto não executado pode levar um paciente a óbito. O episódio Maternity da série Dr. House, da Netflix, foi exibido em quatro horários diferentes para que todos pudessem ser contemplados. No capítulo, uma infecção hospitalar atinge recém-nascidos de um hospital, inclusive, levando um dos pacientes à morte. Depois de várias pesquisas na tentativa de achar as causas, descobre-se que a falta da higienização das mãos de um profissional é o grande vilão da história.

“Como pudemos acompanhar, todos os processos foram verificados, incluindo, contaminação do ar condicionado, dos cateteres e sondas, mas nenhum apresentou problema. Até que ao observar o trabalho de uma funcionária, o personagem principal chega à conclusão de que a infecção é originária, justamente, da falta da higienização das mãos. Nestes casos, na vida real, episódios semelhantes podem acontecer todos os dias,” explicou Daniela.

Para o diretor técnico do Hospital Dr. Jayme, o episódio impactante mostra a realidade vivida. “Nosso objetivo era chamar atenção e creio que conseguimos. A higienização das mãos é um hábito simples, mas que salva vidas”, lembrou Eric Teixeira Gaigher.

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