25/10/2004 12h04 - Atualizado em 23/09/2015 09h29

Secretaria de Saúde inaugura residências terapêuticas

Humanizar o atendimento e ressocializar os pacientes. Estes são os principais objetivos das residências terapêuticas, um dos mais modernos métodos de tratamento para pacientes com problemas mentais.

Nesta terça-feira (26), a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) inaugura as duas primeiras residências terapêuticas para os pacientes moradores do Hospital Adauto Botelho (HAB). Inicialmente, serão 13 vagas disponíveis, mas até o final de 2005, mais 25 vagas estarão em funcionamento.

O Hospital Adauto Botelho funciona, atualmente, com 198 leitos. Destes, 145 são de pacientes moradores e os outros 53 servem para atendimento de urgência. De acordo com a portaria 251, do Ministério da Saúde, há um número excessivo de moradores na instituição, necessitando, assim, da criação de casas de ressocialização.

“Hoje o hospital abriga pacientes moradores que perderam totalmente o vinculo familiar. Alguns chegam a quase 30 anos de internação e nunca saíram da instituição. São totalmente dependentes e não apresentam mais perigo”, declarou Cláudia Gomes Rossoni, coordenadora do Programa de Saúde Mental da Sesa.

Foi criado um acompanhamento da vida diária de todos os pacientes moradores do Adauto Botelho. Este levantamento foi realizado por terapeutas, psicólogos e assistentes sociais, que selecionaram 13 pessoas, cinco mulheres e oito 8 homens, para que fossem habitantes destas residências.

Preparação

Há mais de um ano esses profissionais estão trabalhando com estas 13 pessoas, para torná-las independentes. Foi criada, no hospital, uma enfermaria de pré-lar, onde os pacientes aprendem a lavar e passar roupa, cozinhar, separar objetos pessoais, a tomar remédio nos horários, enfim tudo o que uma pessoa faz em sua própria casa.

Cada leito do Hospital Adauto Botelho custa em média R$ 600,00 por mês. Como esses pacientes desocuparão os leitos da instituição, o dinheiro que antes era destinado a estes pacientes, será repassado para a manutenção das casas terapêuticas, causando, por conseqüência, a extinção dos leitos tradicionais.

Além do dinheiro gasto com a manutenção da casa, existe no país o Programa de Volta Para Casa. Este programa disponibiliza ao paciente, durante um ano, uma renda fixa de R$ 240,00 por mês para que ele gaste com utensílios pessoais.

As casas terapêuticas abrigarão, além dos pacientes, um ajudante doméstico que trabalhará durante o dia e um profissional cuidador que permanecerá na casa durante 24 horas, para auxiliar os habitantes.

Até o final de 2005, a Secretaria Estadual de Saúde pretende construir mais duas residências. Futuramente, o Estado prevê que os municípios se responsabilizem pelas instalações da residência.

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