24/03/2017 09h53 - Atualizado em 24/03/2017 11h32

Quem ainda não se vacinou contra febre amarela deve ir a uma unidade de saúde  

Devido ao avanço da cobertura vacinal, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) vem registrando queda nas notificações de casos suspeitos de febre amarela. Por isso, a recomendação é para que a pessoa que não tem restrição para se vacinar e ainda não foi imunizada procure uma unidade básica de saúde em seu município para receber a proteção. Todas as cidades capixabas têm vacina disponível.

Para quem pretende se deslocar para áreas de floresta e ainda não foi vacinado, a orientação é que viaje somente em caso de extrema necessidade. Se a viagem for mesmo necessária, é recomendado o uso de repelente e roupas que protejam o corpo, como blusas de manga comprida, calças e também calçados que cubram bem os pés.

Uma pessoa com febre amarela apresenta, nos primeiros dias, sintomas parecidos com os de uma gripe. Entretanto, esta é uma doença grave, que pode complicar e levar à morte. Os sintomas mais comuns são febre nos primeiros sete dias e mal-estar. Diante de algum desses sintomas, a pessoa deve buscar atendimento médico.

 

Contraindicações

A vacinação contra febre amarela segue critérios recomendados pelo Programa Nacional de Imunizações. O Ministério da Saúde alerta que, nos casos de pacientes com imunodeficiência, a administração da vacina deve ser condicionada à avaliação médica de risco-benefício e deve ser analisada caso a caso nas situações de surto da doença.

Também devem buscar orientação profissional as pessoas que têm histórico de reação alérgica a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina e outros produtos com proteína bovina) e pacientes com histórico anterior de doenças do timo (miastenia gravis, timoma, ausência de timo ou remoção cirúrgica).

A vacina é contraindicada para:

- Crianças menores de 6 meses de idade;

- Pacientes com imunodepressão de qualquer natureza;

- Pacientes infectados pelo HIV com imunossupressão grave;

- Pacientes em tratamento com drogas imunossupressoras (corticosteroides, quimioterapia, radioterapia, imunomoduladores);

- Pacientes submetidos a transplante de órgãos;

- Pacientes com imunodeficiência primária;

- Pacientes com neoplasia;

- Indivíduos com história de reação anafilática relacionada a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina bovina ou outras);

- Pacientes com história pregressa de doenças do timo (miastenia gravis, timoma, casos de ausência de timo ou remoção cirúrgica);

 

Cobertura vacinal

Até o momento, foram distribuídas 3.332.030 doses da vacina contra febre amarela para todo o Espírito Santo. De acordo com informações enviadas pelos municípios, 2.570.586 pessoas já foram imunizadas, o que representa uma cobertura vacinal de 71,84% da população em todo o Estado. O esperado é que todos os municípios imunizem 100% de suas populações, respeitando os critérios de vacinação. Até o momento, sete cidades capixabas alcançaram essa meta e 32 municípios estão com mais de 80% de cobertura vacinal. Em outros 39 municípios, a cobertura vacinal está abaixo de 80%.

Febre amarela

A febre amarela silvestre é transmitida pela picada de mosquitos Haemagogus e Sabethes, que vivem em matas e vegetações à beira dos rios. Quando o mosquito pica um macaco infectado, torna-se capaz de transmitir o vírus a outros macacos e ao homem. A forma silvestre da doença é endêmica nas regiões tropicais da África e das Américas.

Nas cidades, a doença é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue, da zika e da chikungunya. Pessoas que fazem ecoturismo ou que entram em matas por algum outro motivo correm o risco de serem picadas pelo mosquito Haemagogus infectado e contrair a doença. De volta à área urbana, essas pessoas podem ser picadas pelo Aedes aegypti e provocar a transmissão da doença dentro das cidades, o que não acontece no Brasil desde 1942.

Uma vez que a febre amarela no meio urbano é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, eliminar depósitos que possam acumular água é uma das medidas de prevenção. Por isso, é importante que a população escolha um dia fixo da semana para combater o mosquito em casa, e, assim, impedir a proliferação do vetor eliminando seus criadouros.

 

 

 

Informações à imprensa

Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Saúde

Jucilene Borges/Juliana Rodrigues/Juliana Machado/Isabel Pimentel

E-mail: asscom@saude.es.gov.br

Tels.: (27) 3347-5642/3347-5643/99969-8271/99943-2776/99983-3246

 

2015 / Desenvolvido pelo PRODEST utilizando o software livre Orchard