20/10/2016 14h27 - Atualizado em 20/10/2016 14h38

Sesa reforça testagem e adesão ao tratamento para o combate à sífilis

Para discutir o enfrentamento da sífilis no Espírito Santo, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), por meio da Coordenação de DST e Aids, realiza nesta sexta-feira (21), o 11º Fórum Estadual sobre Sífilis em Gestantes e Sífilis Congênita. O evento acontece a partir das 8 horas, no auditório da Fecomércio, em Santa Lúcia, Vitória. O Fórum contará com a participação de profissionais de saúde municipais dos serviços de Pré-Natal, dos Programas Materno-Infantil, das coordenações municipais de Doenças Sexualmente Transmissíveis DST/Aids e HIV  e da vigilância epidemiológica em DST.

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível causada por uma bactéria e, muitas vezes, é silenciosa.  Se transmitida de mãe para filho durante a gestação, pode causar complicações na criança e até a morte do feto. A Sesa incentiva a realização dos testes rápidos de sífilis, a adesão ao tratamento quando diagnosticada a infecção, além do sexo seguro com uso de preservativo.

De acordo com a referência técnica da Coordenação de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e Aids da Sesa, Bettina Lima, o teste rápido para sífilis pode ser realizado em unidades básicas de saúde e deve ser feito pelo menos uma vez por ano por pessoas sexualmente ativas. Já para gestantes, o teste rápido deve ser feito duas vezes durante a gestação: na primeira consulta do pré-natal e no terceiro trimestre da gravidez.

“É preciso frisar que na maioria das vezes a sífilis não tem sintomas como dor ou ferida, por isso, é importante realizar o teste rápido e os demais exames necessários para detecção da doença. E se diagnosticada, é imprescindível tratar adequadamente a infecção nos serviços de saúde disponíveis”, explica a referência técnica. Ela acrescenta que se a gestante for diagnosticada com sífilis, o parceiro também deve ser tratado. 

Segundo Bettina Lima, o tratamento é definido de acordo com o caso do paciente. A penicilina benzatina, medicamento indicado para o tratamento, é aplicada de acordo com um esquema indicado pelo médico, podendo ser em uma ou em três doses. “O paciente diagnosticado com sífilis deve se tratar corretamente para que a infecção não se agrave e atinja órgãos como o coração e até o cérebro”, explica.

No caso da gestante, a sífilis pode ser transmitida ao feto e ocasionar abortamento, a morte da criança ainda na barriga da mãe ou logo após seu nascimento, além de diversas outras sequelas. “As mulheres que desejam engravidar devem fazer exames incluindo sífilis e as que estão grávidas devem iniciar o pré-natal o mais precoce possível e levar seus parceiros pelo menos em uma consulta para que ele também faça os exames”, reforça a referência técnica da Coordenação de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids da Sesa, Bettina Lima.

Dados

De 2013 a 2015 os casos de sífilis em gestantes aumentaram 43,5% no Estado, segundo dados da Coordenação Estadual de Doença Sexualmente Transmissível (DST) e Aids da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). O número reflete no crescimento de casos de sífilis congênita, ou seja, transmissão da doença de mãe para filho. Neste período, o aumento de sífilis congênita foi de 68,5% no Espírito Santo.

Casos notificados de gestantes com sífilis no Espírito Santo

Casos notificados de sífilis congênita no Espírito Santo

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