05/11/2010 13h06 - Atualizado em 23/09/2015 13h28

Estado é escolhido para participar de projeto-piloto nacional de monitoramento da tuberculose multiresistente

Por possuir os melhores indicadores do país de tratamento da tuberculose multi-droga resistente (TBMR), o Espírito Santo foi escolhido entre os outros estados para participar de um projeto-piloto de uma organização internacional de cooperação técnica com o país, que tem como um dos objetivos desenvolver sistemas de gerenciamento de informações para monitoramento da doença. Enquanto a média do Brasil é de 62%, o Estado alcança um índice de 82% de cura da TBMR.

Nesta sexta-feira (05), a coordenação do Programa Estadual de Controle de Tuberculose, do Laboratório Central (Lacen) e da Gerência de Assistência Farmacêutica da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), além de profissionais de saúde dos municípios da Grande Vitória, Linhares, Colatina, Cachoeiro e São Mateus e do Hospital das Clínicas (Hucam) estão participando do encerramento da capacitação em Gerenciamento de Sistemas de Informação de Tuberculose, promovido pelo Projeto MSH (Management Sciences for Health) em conjunto com o Laboratório Nacional de Referência em Tuberculose do Brasil (Centro de Referência Professor Hélio Fraga).


Segundo um dos coordenadores do Projeto MSH, Jorge Rocha, durante o curso os profissionais de saúde são capacitados sobre diagnóstico e tratamento da TBMR e apresentados ao novo sistema de informação para gerenciamento de casos de tuberculose com todos os tipos de resistência. Por meio do sistema, será possível notificar casos, fazer o acompanhamento e gestão dos medicamentos de segunda linha, utilizados no tratamento da doença.

A coordenadora do Programa de Controle de Tuberculose da Sesa, Ana Paula Costa, explica que tuberculose multi-droga resistente (TBMR) é um tipo de turberculose mais grave e mais difícil de tratar que ocorre no paciente que abandona o tratamento ou utiliza os medicamentos de forma inadequada. Os casos comuns de tuberculose são tratados com quatro drogas combinadas (chamadas de primeira linha), por um período de seis meses.

Os casos de TBMR são resistentes às drogas de primeira linha e precisam usar as chamadas drogas de segunda linha, sendo que o tratamento destes leva em média 18 meses. No Estado, de 2000 a 2008 foram registrados 55 casos de pacientes que foram tratados de tuberculose multi-droga resistente. Destes, 82% foram curados.

Saiba mais

A tuberculose é uma infecção pulmonar causada por um microorganismo chamado Mycobacterium tuberculosis, também conhecido por bacilo de Koch, em homenagem ao médico patologista e bacteriologista Robert Koch, que descobriu a bactéria, em 1882.

Apesar de ter cura, ela é uma doença que pode levar à morte, sendo que uma das principais causas é o abandono do tratamento. Quando o paciente deixa de se tratar, ele passa a ficar resistente ao medicamento e desenvolve a chamada “multidroga resistência”.

O óbito pela doença também pode ser causado pelo diagnóstico tardio e pelo tratamento feito de forma inadequada. O tratamento da tuberculose é gratuito, tem duração de seis meses, e deve ser feito de modo ininterrupto.

O tratamento e diagnóstico são realizados nas unidades de saúde de todos os 78 municípios capixabas. Os sintomas da tuberculose são: tosse – com ou sem escarro – por mais de três semanas; perda de apetite; emagrecimento; cansaço fácil; dor no peito e nas costas; e febre baixa, geralmente à tarde.

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