10/05/2012 08h21 - Atualizado em 23/09/2015 13h33

<b>Governo estuda implantar centro infantil especializado na assistência a pessoas com intolerância ao glúten</b>

Está em fase de estudos pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) a implantação de um centro especializado infantil para assistência de portadores de doença celíaca, que se caracteriza pela intolerância ao glúten, uma proteína presente, sobretudo, no trigo. A notícia vem em boa hora, já que neste dia 15 de maio é lembrado o Dia Internacional do Celíaco.

A iniciativa, discutida nessa quarta-feira (09) entre o secretário da Saúde, José Tadeu Marino, e representantes da Associação dos Celíacos do Espírito Santo (Aceles), é amparada por duas portarias do Ministério da Saúde (MS). As publicações estabelecem o repasse de recursos financeiros e protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas da doença celíaca.

Segundo a presidente da Aceles, Luciana Alvarenga Alves, que participou da reunião, o secretário foi sensível ao assunto. “Ele garantiu agilidade no processo de implantação, se mostrou interessado pela proposta de poder ajudar, principalmente por ser pediatra”. A ideia é disponibilizar um espaço no Hospital Estadual Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (Himaba), em Vila Velha.

A Aceles existe desde 2005 e tem 250 associados. Entretanto, afirma a secretária da entidade, Jaqueline Moreira de Araújo, a estimativa é que até 2% da população capixaba sofra do mal. A doença é considerada rara, tem difícil diagnóstico. Por isso a Associação realizará no próximo dia 15 um evento para divulgar a doença celíaca e seus sintomas, a partir das 15h30 na Faculdade Salesiana, em Vitória.

A doença celíaca

O glúten é uma proteína que está presente na aveia, na cevada, no centeio e trigo. O celíaco tem uma intolerância permanente ao glúten e, portanto, o tratamento se atém ao não consumo dos alimentos que contenham o componente.
Dependendo do grau de sensibilidade, até mesmo outros produtos não alimentícios que levam o glúten na composição podem trazer prejuízos à saúde dos celíacos, como itens de limpeza, cosméticos e medicamentos.

No entanto, são os alimentos que geram problemas mais graves, como diarreia, emagrecimento, retardo de crescimento, vômitos, anemia, prisão de ventre, irritabilidade, falta de apetite e distensão abdominal. O não tratamento do problema pode levar à morte.

A dificuldade dos celíacos é conviver com as restrições relacionadas à dieta. Por isso, no Brasil, há uma legislação que reconhece a obrigatoriedade de informar em todos os alimentos industrializados a presença ou não de glúten.

O diagnóstico é feito por meio de exames específicos. Geralmente ela se manifesta em crianças de até um ano de idade a partir do momento em que incluem na refeição alimentos compostos por glúten.

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