10/07/2012 06h33 - Atualizado em 23/09/2015 13h34

Governo investe 12,9 milhões na construção de 12 centros para tratamento de dependentes de álcool e drogas

O Governo do Espírito Santo está ajudando os municípios a fortalecerem sua rede de atenção a dependentes químicos com a construção de doze Centros de Atenção Psicossocial para Álcool e Drogas (CAPSad). Para isso, estão sendo investidos R$ 12,9 milhões. Cada Centro atenderá cerca de 190 usuários por mês.

Os novos serviços terão gestão municipal e beneficiarão mais de 2,7 mil usuários, que terão acompanhamento diário com equipe multidisciplinar. O objetivo destes centros é promover o tratamento de pessoas com problemas decorrentes do uso ou abuso de álcool e outras drogas por meio do fortalecimento dos laços familiares e da reinserção social.

O CAPS ad é um serviço aberto e oferta cuidados integral e personalizado, com medicação, terapias, oficinas terapêuticas e atenção familiar. É um serviço ambulatorial territorializado que integra uma rede de atenção em substituição à internação psiquiátrica. Outros 14 CAPS com atendimento voltado para a esse público já funcionam no Estado, administrados pelos municípios.

A estrutura física do projeto concebido pela Sesa usa conceitos modernos de arquitetura, visando o conforto e bem-estar das pessoas, e será entregue junto com mobiliário e equipamentos. São 365 metros quadrados de área construída, com terreno de, aproximadamente, 900 metros quadrados.

Possuem três consultórios, quatro leitos para desintoxicação, posto de enfermagem, recepção, acolhimento, área administrativa, farmácia, refeitório, salas para oficina e atendimento em grupo e espaço aberto para atividade livre.

Além de Cachoeiro de Itapemirim, que já foi inaugurado, os novos centros estarão localizados em Anchieta, Colatina, Barra de São Francisco e Santa Maria de Jetibá, Marataízes, Vila Velha, Cariacica, Serra, Linhares, Viana e Aracruz.

Leitos

Outro investimento importante do Governo do ES é a criação de leitos para os casos que necessitam de internação. São os leitos de Atenção integral em Saúde Mental e Álcool e drogas que serão credenciados em hospitais gerais da rede própria e filantrópica.

A proposta da Sesa é criar 65 leitos até o final de 2013 nos hospitais da rede própria. Os contemplados seriam o Dório Silva (10), na Serra; Hospital Estadual de Atenção Clínica (20), em Cariacica; Hospital João dos Santos Neves (15), em Baixo Guandu; e Hospital São José do Calçado (20).

O tratamento nos leitos em hospitais gerais se torna mais importante à medida que existem casos graves com uma grande probabilidade de aparecimento de doenças clínicas associadas ao uso dependente de substâncias psicoativas e que podem ser assistidos de forma mais completa e segura nos Hospitais Gerais.

Além dos hospitais próprios, o Governo está buscando parcerias com hospitais filantrópicos. Em janeiro deste ano, a Sesa assinou convênio com o Hospital dos Ferroviários para a abertura de mais oito novos leitos para crianças e adolescentes usuários de álcool e outras drogas, passando para 16 o número de leitos ofertados. O convênio prevê o repasse de R$ 2.016 milhões para custear 5.780 diárias anuais. Um novo convênio deverá ser assinado com o mesmo hospital para abertura de mais 20 leitos para adultos.

Atualmente, o Estado possui 535 leitos psiquiátricos para internação, no Centro Estadual de Atendimento Psiquiátrico Dr. Aristides Alexandre Campos (CAPAAC) e Clínica Santa Isabel, em Cachoeiro de Itapemirim; Hospital da Polícia Militar, em Vitória; Hospital Estadual de Atenção Clínica, em Cariacica; e Hospital dos Ferroviários, em Vila Velha.

Rede de assistência

O funcionamento da Rede de Saúde Mental deve envolver a parceria com setores da saúde e também intersetorial. Nesse sentido está prevista pela política a criação de equipes de referência em saúde mental nas unidades de APS; da atenção secundária – que são os CAPS e ambulatórios; e da atenção terciária – como os hospitais onde são feitas as internações.

O modelo de assistência em rede é o mais eficaz neste tipo de tratamento, ao contrário das internações, sobretudo de pacientes dependentes de álcool e outras drogas, que representam uma nova e importante demanda.

Familiares de pacientes com dependência química devem procurar a Unidade de Saúde mais próxima de sua residência, Pronto-Atendimento Municipal ou um dos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas para orientação. Se houver necessidade de internação, o paciente será encaminhado para um hospital de referência.

Se o uso de droga apresentar quadros de agressividade, agitação psicomotora ou quadros de alteração de percepção típicos dos transtornos mentais, a família deve buscar atendimento de urgência psiquiátrica. Na Grande Vitória, a referência é o Hospital Estadual de Atenção Clínica (HEAC).

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