15/03/2012 11h50 - Atualizado em 23/09/2015 13h32

Programa de Internação Domiciliar do Dório Silva comemora oito anos com exemplos de superação nos tratamentos

A manhã desta quinta-feira (15) foi de comemoração para a equipe do Programa de Internação Domiciliar (PID) do Hospital Estadual Dório Silva, na Serra. Neste mês o programa completou oito anos de funcionamento, período em que acumulou muitas histórias de sucesso nos tratamentos e 480 pacientes crônicos atendidos.

Para celebrar a data, o hospital promoveu uma confraternização entre pacientes hoje plenamente recuperados, familiares, cuidadores e profissionais de saúde. O evento contou ainda com a presença do secretário de Estado da Saúde Tadeu Marino e dos diretores geral da unidade, Eumann Rebouças, e administrativo, Luciana Ceolin.

A confraternização foi animada pela apresentação de música e dança dos alunos da Apae de Vila Velha, que deram um exemplo de alegria e, principalmente, de superação, algo que, para quem participa do programa, é aprendido diariamente.

Durante os últimos oito anos, 480 pacientes crônicos já foram beneficiados com o serviço do PID, ajudando a aumentar a rotatividade de leitos hospitalares. Um desses pacientes foi a costureira Iracema Lagasse, 48. Atropelada em dezembro de 2010, ela teve várias fraturas e precisou ficar quatro meses internada no Dório Silva sem poder andar. Depois que seu estado de saúde ficou clinicamente estável, ela foi inserida no PID, ficando em acompanhamento durante nove meses em sua casa.

Neste período, recebeu o carinho e os cuidados de seus familiares e toda a assistência da equipe do hospital. “Hoje estou aqui andando e, por isso, fiz questão de vir a esse encontro, pois o programa foi muito importante para minha recuperação”, ressalta Iracema.



Outra participante envolvida no PID é a pensionista Lourdes Soares Cordeiro, 60, que cuida do marido Loester Wesley de Paiva, 75, portador de Alzheimer. Após um período internado no hospital, ele passou a ser atendido em casa por meio do programa, para o qual a esposa só tem elogios. “Se não fosse o PID meu marido não estaria aqui hoje. A equipe de profissionais é muito carinhosa e me ajudou em tudo que precisei. Mesmo que meu marido não ande nem fale, ele recuperou parte dos movimentos e posso afirmar que está muito bem”, destacou a pensionista.



Rotatividade

O secretário de Estado a Saúde Tadeu Marino afirmou que o programa, também existente nos hospitais Antônio Bezerra de Faria, em Vila Velha, e Roberto Arnizaut Silvares, em São Mateus, é fundamental para a rotatividade dos leitos hospitalares. “Além disso, o paciente tratado em casa se recupera mais rápido, graças ao carinho e acolhimento familiar”, salientou.

Para a coordenadora do PID do Dório Silva, Vívian Marli Siqueira, o programa é bem sucedido principalmente pelo envolvimento e dedicação de toda a equipe de profissionais do hospital. “A palavra que resume o nosso trabalho é amor”, define.

De acordo com Vivian, o público-alvo do PID são doentes crônicos, entre eles pacientes com sequelas de derrame cerebral, Alzheimer, Doença de Parkinson, osteomelite (infecção óssea), diabetes, vítimas de violência urbana e idosos com fraturas – que momentaneamente sofrem com uma situação pontual em decorrência de seus problemas e precisam ser internadas.

Em geral, esses pacientes passaram um período no hospital, estão clinicamente estáveis, mas ainda precisam de assistência que pode, no entanto, ser feita de forma humanizada em sua própria residência.



Critérios

Para serem integrados ao programa, os pacientes precisam seguir alguns critérios. Primeiramente, é feita uma avaliação social de seu domicílio para verificar se dispõe de condições mínimas de estrutura, higiene e saneamento. Além disso, a família deve designar uma pessoa para ser o cuidador responsável, que receberá todas as orientações relacionadas à internação domiciliar.

É preciso ainda um parecer médico, que avalia as medicações que o paciente recebe e se todas elas podem ser controladas pelo cuidador. Se esse paciente precisar, por exemplo, de uma medicação venosa com frequência noturna, ele não pode entrar no programa, já que será necessário um profissional para aplicá-la.

Durante todo o período de internação no PID, o paciente receberá visitas da equipe – composta de médico, enfermeiro, fisioterapeuta, assistente social, auxiliar de enfermagem e condutor, além de ter acesso a todos os exames e especialidades do hospital como se estivessem internados na unidade, medicamentos e equipamentos necessários.

O período de internação em casa é variado e se, durante este período, o paciente apresentar alguma alteração em seu quadro clínico ele é reencaminhado para internação hospitalar.

As orientações da equipe em relação a medicamentos, curativos, mudanças de posição na cama, entre outros cuidados, devem ser seguidas rigorosamente e são avaliadas durante a visita de rotina.

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