03/05/2012 08h59 - Atualizado em 23/09/2015 13h33

Sábado (05) é o Dia D de vacinação contra a gripe em todo o País

Neste sábado (05), será o Dia D de mobilização nacional da Campanha de Vacinação contra a Gripe. No Espírito Santo, a meta da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) é imunizar, no mínimo, 80% da população estimada de 526 mil capixabas. Os idosos, profissionais de saúde, indígenas, crianças de seis meses até menores de dois anos de idade, e gestantes deverão procurar um dos 1.200 postos de saúde, entre fixos e volantes, que funcionarão nos 78 municípios capixabas das 8 às 17 horas.

O objetivo da imunização é reduzir a mortalidade, as complicações e as internações que ocorrem em consequência das infecções pelo vírus da influenza na população mais vulnerável à doença. A vacina deste ano terá a mesma composição da distribuída no ano passado, imunizando contra três vírus da gripe, incluindo o da Influenza A (H1N1).

No Espírito Santo, os idosos com mais de 60 anos de idade são o grupo mais representativo que receberá a vacina, com uma população de 364.745 pessoas, seguidos pelas crianças com seis meses e menos de dois anos de idade e gestantes.

A vacina poderá ser aplicada em mulheres grávidas em qualquer fase da gestação. Pais e responsáveis devem estar atentos para a vacinação de crianças de seis meses e dois anos de idade. As que tomaram a vacina no ano passado devem tomar apenas uma dose neste ano. Já as que se vacinarão pela primeira vez precisam receber duas doses, com intervalo de 30 dias entre elas

Já os profissionais de saúde que deverão ser imunizados são aqueles que trabalham nas unidades que fazem atendimento para a influenza. A imunização só não é recomendada para pessoas com histórico de reação alérgica grave à dose anterior desta vacina ou que apresentam alergia grave à proteína do ovo de galinha.

Para saber os locais de vacinação, espalhados em todos os municípios capixabas, o cidadão deve entrar em contato com a prefeitura municipal. O Dia D da campanha envolverá aproximadamente 3.500 trabalhadores.

Reações

É comum algumas pessoas reclamarem que, depois de tomar a vacina, ficam gripadas. No entanto, a coordenadora do Programa de Imunização, Marta Casagrande, esclarece que há um mito em torno dessa ideia equivocada. Isso porque a vacina é produzida com vírus mortos, fragmentados (inativados), que não se multiplicam no organismo e, portanto, não são capazes de provocar a doença. “Quem gripa após tomar a vacina provavelmente já estava com o vírus incubado, uma vez que a vacina começa a proteger de 14 a 21 dias após a aplicação. O ápice da proteção se dá de quatro a seis semanas”, esclarece.

As reações mais comuns são: leve mal-estar, inchaço local, febre baixa e dor no corpo, quase sempre leves e passageiras. Febre e dores no corpo poderão surgir nas primeiras 48 horas, mas desaparecem, em média, após 72 horas. Vale lembrar que os incômodos da vacinação compensam os riscos de se adquirir a doença e suas complicações.

Em 2011, o Estado superou a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde, tendo alcançado uma cobertura geral de 89%, acima da cobertura nacional, que chegou a 84%. Nos grupos segmentados, as metas foram alcançadas com exceção da população indígena e gestantes.

A doença

Influenza (gripe) é uma infecção viral que afeta o sistema respiratório, mais precisamente o nariz, garganta e brônquios. O contágio ocorre de forma direta, por meio das secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar ou de forma indireta, pelas mãos, que após contato com superfícies recém-contaminadas por secreções respiratórias podem levar o agente infeccioso direto à boca, aos olhos e ao nariz.

Os vírus influenza subdividem-se em três tipos: A, B e C, sendo o tipo A o mais invasivo e que mais causa epidemias e pandemias. A doença pode se apresentar desde uma forma leve e de curta duração, até formas clinicamente graves e complicadas.

Os sintomas, muitas vezes, são semelhantes aos do resfriado, que se caracterizam pelo comprometimento das vias aéreas superiores, com congestão nasal, coriza, tosse, rouquidão, febre variável, mal-estar, dor muscular e de cabeça, com duração média de sete dias, podendo evoluir com complicações como pneumonia, otite, sinusite, bronquite e quadros graves, de acordo com o vírus e com a condição de saúde da pessoa doente. O quadro do resfriado, geralmente, é brando, de evolução benigna, dura de dois a quatro dias e geralmente não leva a complicações de maior gravidade.

Os casos graves da doença estão frequentemente associados à síndrome respiratória aguda grave (SRAG) levando até mesmo ao óbito. Essas complicações são muito mais comuns entre os idosos, as pessoas com história de patologias crônicas (doenças cardiovasculares, pulmonares, diabéticos, doenças renais, neoplasias, imunodeprimidos, entre outros), ou outros grupos de maior vulnerabilidade (como as crianças, os indígenas e as gestantes), que contribuem para a elevação das taxas de morbimortalidade, adoecimento e mortalidade.

A vacinação desses grupos é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a estratégia de prevenção mais efetiva para a redução da ocorrência da doença, internações e óbitos.


Quem deve tomar a vacina

- Idosos com 60 anos de idade ou mais
- Indígenas (a partir dos seis meses)
- Crianças com seis meses de idade e menores de dois anos)
- Gestantes (em qualquer período gestacional)
- Profissionais de saúde que trabalham nas unidades que fazem atendimento para a influenza.

Público-alvo no ES



Quem não deve tomar a vacina

- Pessoas com alergia à proteína de ovo

Período de duração da Campanha

- Início: 5 de maio
- Término: 25 de maio

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