18/05/2012 07h31 - Atualizado em 23/09/2015 13h33

Sesa dá dicas para prevenir doenças respiratórias típicas deste período

As mudanças de temperatura dos últimos dias deixaram o tempo mais frio e úmido no Estado e, com isso, muitas pessoas passaram a apresentar sintomas de problemas respiratórios, como coriza, espirros e tosses. Para prevenir resfriados, gripes e outras complicações que podem aparecer pelo fato de o organismo estar mais debilitado, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) orienta a população a seguir algumas dicas.

De acordo com a médica pneumologista da Sesa, Maria Cristina Alochio de Paiva, as doenças típicas de inverno ocorrem mais nesta época do ano. O frio deixa as pessoas mais aglomeradas, em ambientes fechados, e, como o principal meio de transmissão é de pessoa para pessoa, o vírus da gripe é transmitido mais facilmente.

Por isso, a médica orienta que as pessoas mantenham os ambientes limpos e arejados e evitem muita proximidade com quem está gripado. Além disso, não devem espirrar ou tossir em cima dos outros e, de preferência, proteger boca e nariz.

É importante ainda lavar as mãos com frequência, pois os vírus contidos nas mãos acabam sendo transferidos para maçanetas de porta, poltronas de ônibus, teclados de computador, telefones ou qualquer objeto de uso público.

A pneumologista ressalta que, para prevenir a gripe, também é importante ser adepto de uma vida saudável. Isso inclui ingerir alimentos como frutas e verduras, beber bastante água para se manter hidratado, fazer atividades físicas, ter uma boa noite de sono e, ainda, evitar cigarro e bebidas alcoólicas.

Também deve-se evitar mudanças bruscas de temperatura, como por exemplo, tomar um banho muito quente e, em seguida, se expor a uma corrente de ar ou ao ar frio de uma geladeira. “É preciso aguardar uns 40 minutos após o banho quente para o organismo voltar à temperatura normal”, explica a médica.

Além disso, para evitar a gripe, Maria Cristina afirma que a principal arma é a vacina, que está disponível gratuitamente nos postos de saúde para idosos, profissionais de saúde, indígenas, crianças com idade entre seis meses e dois anos de idade, e gestantes, até o próximo dia 25.

A pneumologista ressalta que, ao contrário do que muitos pensam, a vacina não causa gripe, pois é produzida com vírus mortos, fragmentados (inativados), que não se multiplicam no organismo e, portanto, não são capazes de provocar a doença. Ela explica que quem gripa após tomar a vacina provavelmente já estava com o vírus incubado, uma vez que a vacina só começa a proteger após 15 dias da sua aplicação.

Diferenças

Muitos confundem a gripe com um simples resfriado. Segundo Maria Cristina, ambas são infecções causados por vírus, sendo que, enquanto o resfriado é mais brando, e dura de dois a quatro dias, a gripe é mais forte, durando de quatro a sete dias. Os principais sintomas do resfriado são congestão nasal, tosse, rouquidão e febre baixa. Já a gripe traz febre alta, prostração, mal estar, dor de cabeça e muscular, dor de garganta e ouvido, ou seja, um quadro mais generalizado.

Se os sintomas da gripe durarem mais de sete dias, a orientação é procurar um serviço de saúde, pois, muitas vezes, o que pode ser confundido com a doença, na verdade pode ter um outro diagnóstico, como doença alérgica, nasal ou pulmonar. Além disso, há sempre o risco das complicações decorrentes da gripe, que podem surgir principalmente em crianças e idosos.

Entre as complicações estão as pneumonias, sinusites, otites, amigdalites, faringites, descompensação de asma ou doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), dentre outras infecções respiratórias. “Essas são infecções bacterianas ocasionadas, sobretudo, pelo organismo debilitado pela gripe, que deixa a imunidade das pessoas mais baixa”, afirma Maria Cristina.

Tratamento

A gripe não tem tratamento e melhora após o encerramento do seu ciclo. Mas é possível utilizar remédios para atenuar seus sintomas, como antitérmicos para febre. Quanto aos remédios caseiros, com chás de mel, alho e limão, a médica só recomenda os preparados em casa, que aliviam os sintomas, e não orienta a compra de xaropes caseiros já prontos.

“O mais importante é ter o diagnóstico correto e, se os sintomas da gripe persistirem, procurar o serviço médico, que irá prescrever o tratamento mais indicado para cada pessoa”, finaliza a pneumologista da Sesa.

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