06/03/2012 15h09 - Atualizado em 23/09/2015 13h32

Sesa orienta mulheres sobre importância de exames preventivos

O público feminino estará no foco das atenções nesta quinta-feira (08), quando é celebrado o Dia Internacional da Mulher. Nesta data, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) aproveita para reforçar a importância da prevenção à saúde, com hábitos saudáveis de vida e realização de exames de rotina.

O check up médico deve incluir a visita ao clínico geral, ginecologista e cardiologista. A frequência dependerá da idade e dos fatores de risco de cada mulher. Segundo a médica ginecologista da Sesa, Mara Lúcia Bonela Lopes, a procura pelo profissional desta especialidade deve começar cedo.

A partir dos 10 anos de idade, a menina já deve ser levada pela mãe ao profissional da Unidade Básica de Saúde para orientação quanto ao desenvolvimento sexual e métodos contraceptivos.

Assim que a vida sexual da mulher é iniciada, a visita ao ginecologista deve ser anual para realização do exame de papanicolau, capaz de detectar o vírus HPV, que pode provocar câncer de colo de útero. O exame também é capaz de identificar a presença de microorganismos que podem provocar corrimentos e infecções, como candidíase, tricomoníase e vaginose bacteriana, além de doenças sexualmente transmissíveis.

Câncer de Mama

Outro exame importante solicitado pelo ginecologista, de acordo com a faixa etária e o histórico familiar, é a mamografia, capaz de detectar presença de nódulos ou câncer de mama em estágios iniciais. O Ministério da Saúde recomenda que, a partir dos 50 anos, o exame deve ser realizado anualmente.

Mulheres mais jovens que possuem histórico familiar da doença devem iniciar a partir dos 30 a 35 anos, mas cada caso deve ser avaliado individualmente. Para mulheres mais jovens, a melhor forma de prevenção é o exame de toque, com investigação profunda de qualquer sintoma suspeito.

A realização destes exames é fundamental para prevenir o câncer, que é a segunda causa de óbitos entre a população feminina do Espírito Santo. Os tumores mataram cerca de 19% das mulheres capixabas em 2010, principalmente os de mama, brônquios, pulmões e colo de útero.

Após os 40 a 45 anos, são iniciados os cuidados com o climatério. Mara Lúcia explica que, nesta fase, também conhecida como menopausa, se houver sintomas como ressecamento de pele e vaginal, fogacho (calores), insônia e ansiedade, pode ser necessária a reposição hormonal.

“Cada paciente deve ser avaliado individualmente pelo médico quanto à indicação de hormônios. Quem não tiver essa indicação não deve utilizá-los, pois são oncocinéticos, ou seja, podem acelerar processos cancerígenos”, afirma a ginecologista. Por outro lado, o uso de hormônios ajuda a prevenir problemas como osteoporose e hipertensão.

Perda de massa óssea que aumenta o risco de fraturas, a osteoporose é mais comum na menopausa. Por isso, é recomendável a realização da densitometria óssea a partir dos 50 anos de idade, exame radiológico que identifica a diminuição óssea.



Coração

As doenças do aparelho circulatório foram as principais causas de óbito na população feminina capixaba nos últimos anos. Dados da Sesa mostram que 35% das mulheres morreram em 2010 destas enfermidades, principalmente infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca. Por isso, é recomendado que, a partir dos 45 anos, seja feita a avaliação cardiológica com um especialista.

“Hoje a mulher acima de 50 anos tem o mesmo risco que o homem de ter infarto e derrame. E o infarto, quando acomete a mulher, é muito mais fatal que no homem, já que elas possuem vasos mais estreitos e hemoglobina mais baixa”, informa o cardiologista da Sesa, Eliudem Galvão Lima. Segundo o médico, devido à queda de estrogênio nesta idade, os riscos aumentam, já que o hormônio é um protetor natural cardiovascular. Ele acrescenta ainda que o estilo de vida da modernidade e a tripla jornada de trabalho são fatores que contribuem para esses problemas.

O médico explica que o check up deve incluir a avaliação bioquímica (triglicerídeos, glicose e colesterol), que precisa ser feito de dois em dois anos a partir dos 18 anos e anualmente após os 40 anos. O exame de sangue pode indicar ainda a presença de sífilis, herpes, HIV, hepatite B e C. A função tireoidiana, através da dosagem de TSH e T4 livre também deve ser avaliada pelo sangue, já que cada vez mais mulheres apresentam alterações na glândula.

Além destes, é importante fazer a avaliação física, como o teste ergométrico e eletrocardiograma. O primeiro mede a capacidade cardíaca e pode indicar a existência de doenças cardiovasculares, como arteriosclerose e hipertensão. O segundo é um teste que detecta e registra a atividade elétrica do coração para localizar problemas cardíacos.

Eliudem destaca que á cada vez mais comum mulheres serem diagnosticas com hipertensão e diabetes, devido ao estilo de vida e alimentação inadequada, ao sedentarismo e ao estresse.

Outros exames recomendados na rotina de todas as idades são o de urina que, entre outras doenças, detecta infecções urinárias e cálculo renal, e o de fezes, que pode identificar protozoários causadores de doenças, como amebíase, ascaridíase e esquistossomose.

Serviço

O primeiro passo para buscar atendimento é procurar a Unidade Básica de Saúde do município. Quando for necessário, o paciente será encaminhado para um médico especialista ou para realização de exames nos centros especializados.

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