24/05/2012 10h25 - Atualizado em 23/09/2015 13h33

Vacinação contra gripe é prorrogada até o dia 1º de junho

A campanha de vacinação contra a gripe, que terminaria nesta sexta-feira (25), foi prorrogada por mais uma semana em todo país e prosseguirá até o dia 1º de junho, possibilitando que um número maior de pessoas seja imunizada. Até a manhã desta quinta-feira (24), 304.953 pessoas já haviam sido vacinadas no Espírito Santo, o que representa 57.91% do público-alvo, formado por pessoas com mais de 60 anos de idade, trabalhadores de saúde, crianças entre seis meses e menores de dois anos, gestantes e povos indígenas.

A meta da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) é imunizar 80% do grupo prioritário, ou seja, 526.613 pessoas. O objetivo da imunização é reduzir a mortalidade, as complicações e as internações que ocorrem em consequência das infecções pelo vírus da influenza na população mais vulnerável à doença.

A melhor adesão à campanha no Estado é da população indígena, que alcançou 76% de cobertura, o que representa quase 2.332 mil vacinados. Neste público, a vacinação ocorre nas aldeias onde eles vivem.

Até esta quinta-feira (24), 51.612 crianças de seis meses a dois anos de idade foram imunizadas, ou seja, 66,85% do público-alvo. Entre os idosos, o índice de cobertura vacinal foi de 57,09%. O percentual corresponde a 208.249 pessoas com 60 anos ou mais.

Já as gestantes alcançaram o percentual de 50,51% de cobertura, ou seja, quase 19.540 futuras mães procuraram uma unidade de saúde para receber a vacina. Entre os trabalhadores de saúde 18,5 mil pessoas receberam a vacina, o que representa 55,86% do total.

A coordenadora do Programa de Imunização da Sesa, Marta Casagrande, lembra que é importante não procurar o posto de saúde na última hora e que a imunização é a única forma de proteção contra a gripe. “Como a vacina leva de 14 a 21 dias, após a aplicação, para proteger, quanto antes as pessoas se imunizarem, mais rápido elas estarão imunizadas”, afirma.

Com a proximidade do inverno, aumentam as chances de transmissão da gripe, já que as temperaturas mais baixas deixam as pessoas mais aglomeradas e em ambientes fechados que facilitam a transmissão.

A vacina poderá ser aplicada em mulheres grávidas em qualquer fase da gestação. Pais e responsáveis devem estar atentos para a vacinação de crianças de seis meses e dois anos de idade. As que tomaram a vacina no ano passado devem tomar apenas uma dose neste ano. Já as que se vacinarão pela primeira vez precisam receber duas doses, com intervalo de 30 dias entre elas

Os profissionais de saúde que deverão ser imunizados são aqueles que trabalham nas unidades que fazem atendimento para a influenza. A imunização só não é recomendada para pessoas com histórico de reação alérgica grave à dose anterior desta vacina ou que apresentam alergia grave à proteína do ovo de galinha.

Reações

É comum algumas pessoas reclamarem que, depois de tomar a vacina, ficam gripadas. No entanto, a coordenadora do Programa de Imunização, Marta Casagrande, esclarece que há um mito em torno dessa ideia equivocada. Isso porque a vacina é produzida com vírus mortos, fragmentados (inativados), que não se multiplicam no organismo e, portanto, não são capazes de provocar a doença. “Quem gripa após tomar a vacina provavelmente já estava com o vírus incubado, uma vez que a vacina começa a proteger de 14 a 21 dias após a aplicação. O ápice da proteção se dá de quatro a seis semanas”, esclarece.

As reações mais comuns são: leve mal-estar, inchaço local, febre baixa e dor no corpo, quase sempre leves e passageiras. Febre e dores no corpo poderão surgir nas primeiras 48 horas, mas desaparecem, em média, após 72 horas. Vale lembrar que os incômodos da vacinação compensam os riscos de se adquirir a doença e suas complicações.

Em 2011, o Estado superou a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde, tendo alcançado uma cobertura geral de 89%, acima da cobertura nacional, que chegou a 84%. Nos grupos segmentados, as metas foram alcançadas com exceção da população indígena e gestantes.

A doença

Influenza (gripe) é uma infecção viral que afeta o sistema respiratório, mais precisamente o nariz, garganta e brônquios. O contágio ocorre de forma direta, por meio das secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar ou de forma indireta, pelas mãos, que após contato com superfícies recém-contaminadas por secreções respiratórias podem levar o agente infeccioso direto à boca, aos olhos e ao nariz.

Os vírus influenza subdividem-se em três tipos: A, B e C, sendo o tipo A o mais invasivo e que mais causa epidemias e pandemias. A doença pode se apresentar desde uma forma leve e de curta duração, até formas clinicamente graves e complicadas.

Os sintomas, muitas vezes, são semelhantes aos do resfriado, que se caracterizam pelo comprometimento das vias aéreas superiores, com congestão nasal, coriza, tosse, rouquidão, febre variável, mal-estar, dor muscular e de cabeça, com duração média de sete dias, podendo evoluir com complicações como pneumonia, otite, sinusite, bronquite e quadros graves, de acordo com o vírus e com a condição de saúde da pessoa doente. O quadro do resfriado, geralmente, é brando, de evolução benigna, dura de dois a quatro dias e geralmente não leva a complicações de maior gravidade.

Os casos graves da doença estão frequentemente associados à síndrome respiratória aguda grave (SRAG) levando até mesmo ao óbito. Essas complicações são muito mais comuns entre os idosos, as pessoas com história de patologias crônicas (doenças cardiovasculares, pulmonares, diabéticos, doenças renais, neoplasias, imunodeprimidos, entre outros), ou outros grupos de maior vulnerabilidade (como as crianças, os indígenas e as gestantes), que contribuem para a elevação das taxas de morbimortalidade, adoecimento e mortalidade.

A vacinação desses grupos é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a estratégia de prevenção mais efetiva para a redução da ocorrência da doença, internações e óbitos.


Quem deve tomar a vacina

- Idosos com 60 anos de idade ou mais
- Indígenas (a partir dos seis meses)
- Crianças (com seis meses de idade e menores de dois anos)
- Gestantes (em qualquer período gestacional)
- Profissionais de saúde que trabalham nas unidades que fazem atendimento para a influenza.

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