25/01/2013 10h02 - Atualizado em 23/09/2015 13h36

Espírito Santo registra queda no número de casos de hanseníase

Uma doença silenciosa que pode causar deformidades e incapacidades se não for tratada precocemente. Assim é a hanseníase, considerada ainda um problema de saúde pública no Brasil. No Estado, os números vêm caindo ano a ano, motivo de comemoração com a proximidade do Dia Nacional de Luta contra a Hanseníase, celebrado sempre no último domingo de janeiro (dia 27). Em 2012 foram 756 novos casos, contra 1.102, em 2011.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) tem desenvolvido ações voltadas para estimular a população a procurar o serviço de saúde, bem como capacitar cada vez mais profissionais para estarem atentos na identificação desses pacientes, visando ao diagnóstico precoce e encaminhamento para tratamento, que pode durar de seis meses a um ano. Atualmente, há 815 pacientes em tratamento no Estado.

Outro motivo de comemoração é o fato de o Espírito Santo apresentar um dos melhores índices de cura no Brasil: 92%. O bom desempenho se explica, em parte, pelo baixo índice de abandono de tratamento, que é de apenas 2%. “O índice só não é maior porque há pacientes que se mudam do Estado ou vão a óbito por alguma outra causa”, explica a coordenadora do Programa de Hanseníase da Sesa Marizete Puppin.

Ela destaca que é essencial o desenvolvimento de ações durante o ano todo, informando a população de que a hanseníase tem cura e que é importante buscar logo o serviço de saúde em caso de sinais e sintomas como manchas (avermelhadas, esbranquiçadas ou acastanhadas) na pele, caroços e alteração da sensibilidade, em qualquer parte do corpo.

“A hanseníase é a doença infectocontagiosa que mais traz incapacidade física, se não tratada precocemente. E o tratamento está ao alcance da população. Todos os 78 municípios possuem serviço de referência, com medicações e acompanhamento gratuitos”, ressalta.

Marizete afirma que a descentralização do serviço de hanseníase é um dos fatores de êxito no trabalho. Segundo ela, o Estado e os municípios têm investido na capacitação dos profissionais da rede básica de atenção à saúde para realizar o diagnóstico e o encaminhamento do paciente para os centros municipais de referência em hanseníase.

Outra ação importante na política estadual de controle da doença, apontada pela coordenadora, é o programa “Saber Hanseníase”, desenvolvido em parceria com as secretarias municipais de Saúde e Educação, que já capacitou mais de 16 mil professores de escolas públicas e beneficiou cerca de 300 mil alunos de ensino médio e fundamental. Os professores repassam orientações – por meio de cartilhas, DVDs e folderes – para alunos, e estes para a comunidade onde residem.

A hanseníase

É uma doença infecciosa, causada por uma bactéria (bacilo de Hansen). Atinge a pele e os nervos dos braços, mãos, pernas, pés, rosto, orelhas, olhos e nariz. O tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas é longo. Pode variar de dois a até mais de 10 anos.

Além de manchas na pele com perda ou alteração de sensibilidade, a hanseníase pode apresentar áreas de pele seca e com falta de suor; sensação de formigamento, dor e choque; fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas; diminuição da força muscular; úlceras e nódulos no corpo; entre outros.

O exame de contatos é uma das principais formas de prevenção. A partir de um caso identificado na família, são adotadas medidas de prevenção entre os demais moradores da casa, já que a transmissão ocorre de pessoa para pessoa. Os pacientes sem tratamento eliminam os bacilos através da tosse, espirro, gotículas da fala e secreções nasais.

A doença tem cura e o tratamento é gratuito e está disponível nos 78 municípios do Estado.

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