29/06/2015 07h03 - Atualizado em 23/09/2015 13h44

Perder o cartão de vacinação está deixando de ser um transtorno

Perder o cartão de vacinação sempre foi motivo de transtorno, pois significa ter que tomar todas as vacinas novamente. Mas com a adesão das salas de vacinação ao Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI) será possível resgatar o histórico do vacinado e livrá-lo desse incômodo. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informa que em 16 municípios capixabas isso já é realidade, e a expectativa é que toda a população seja logo beneficiada por esse avanço.

Segundo a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações, Danielle Grillo, a utilização do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações permite também agendar as próximas doses, buscar os faltosos, identificar os usuários de imunobiológicos especiais, monitorar eventos adversos pós-vacinais e evitar a duplicidade e a perda de informações.

Isso tudo é possível, de acordo com Danielle Grillo, porque o sistema permite que sejam registrados os dados pessoais do vacinado, como nome, filiação e local de residência, além de seu histórico de vacinação. “O cidadão está deixando de ser um número para se tornar uma pessoa. Isso é um marco muito importante para o Programa Nacional de Imunizações, que este ano completa 42 anos”, ressalta.

Outro ponto positivo dessa ferramenta é que a pessoa que mudar o seu local de moradia poderá solicitar a impressão de seu histórico na unidade de saúde que frequentava e apresentar o documento na unidade localizada perto de sua nova casa, possibilitando à equipe de vacinação continuar o acompanhamento.

De acordo com Danielle Grillo, os municípios têm autonomia para decidir a estratégia para inserção dos dados no sistema, mas acredita que, de forma geral, os dados pessoais e o histórico dos cidadãos sejam incluídos gradativamente, a partir do momento em que as pessoas procurarem as unidades de saúde para serem vacinadas.

Mas atenção! A coordenadora do Programa Estadual de Imunizações ressalta que “ainda que tenhamos nossas informações pessoais e o histórico de vacinação registrados no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações, a carteira de vacinação continua sendo um documento importante e deve ser guardada”.

Ela lembra que em diversas situações o cidadão necessita apresentar o comprovante de que está devidamente imunizado, e um exemplo é quando a pessoa é contratada e o setor de medicina do trabalho solicita a apresentação da carteira de vacinação.

Capacitação

Danielle Grillo explica o SIPNI é a mais recente ferramenta de coleta e transmissão de dados adotada pelo Ministério da Saúde e que vem sendo implantada em todo o país. Para que o Espírito Santo pudesse iniciar esse processo de mudança, todos os municípios tiveram que informatizar suas salas de vacinação.

Agora, segundo ela, a Secretaria de Estado da Saúde está capacitando as referências técnicas municipais, para que esses profissionais possam instalar e utilizar a ferramenta e também replicar o conhecimento para os profissionais que atuam nas salas de vacinação de seus respectivos municípios.

Nesta segunda (29) e terça-feira (30), técnicos municipais da Região Metropolitana de Saúde serão capacitados pelo Programa Estadual de Imunizações para instalar e utilizar a ferramenta SIPNI Desktop do Programa Nacional de Imunizações. Ao todo, 30 profissionais participam desta edição do curso, que capacitou a primeira turma na quinta e na sexta-feira da semana passada.

De acordo com Danielle Grillo, as referências municipais de imunizações do todo o Estado receberam anteriormente uma capacitação e novos treinamentos estão sendo realizados com o objetivo de atualizar informações e também de expandir a implantação do sistema para os demais municípios.

Potencial

O acesso ao Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações vai gerar um grande benefício também para a gestão dos dados de imunização. Segundo Danielle Grillo, a possibilidade de identificar o nome e a procedência do vacinado vai permitir, por exemplo, visualizar melhor a homogeneidade da vacinação. Isso significa que, mesmo que o morador de um município seja vacinado em outro, a vacina aplicada será contabilizada para o município de origem da pessoa.

E, futuramente, os resultados podem ser ainda melhores. É que o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações ainda é alimentado em modo off-line pela equipe que aplica as vacinas. Depois de 30 dias, os dados são exportados para uma mídia removível e enviados à coordenação de imunização do município.

Segundo Danielle Grillo, o sistema ainda não funciona on-line porque muitos municípios brasileiros não têm um acesso bom à internet, o que inviabiliza a garantia de acesso às informações do banco de dados. “Mas com o avanço nessa área, será possível que uma unidade de saúde de Minas Gerais, por exemplo, acesse todas as informações de um capixaba que precise ser vacinado lá”, comenta.


Municípios que já estão utilizando o SIPNI

- Afonso Cláudio
- Alegre
- Alfredo Chaves
- Aracruz
- Atílio Vivácqua
- Domingos Martins
- Guaçuí
- Jaguaré
- Jerônimo Monteiro
- João Neiva
- Ponto Belo
- São Gabriel da Palha
- São José do Calçado
- São Roque do Canaã
- Venda Nova do Imigrante
- Vitória

Informações à Imprensa:
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Texto: Juliana Rodrigues
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