O secretário de Estado da Saúde, Ricardo de Oliveira, assinou nesta quarta-feira (31), em Brasília, um termo de cooperação entre a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) para fortalecimento de políticas públicas de saúde em desenvolvimento no Estado do Espírito Santo. O termo de cooperação tem vigência de cinco anos e cinco eixos de intervenção: Qualificação da Gestão da Secretaria de Estado da Saúde, Qualificação da Atenção Primária, Qualificação da Rede de Atenção à Saúde, Eliminação da Sífilis Congênita e Estratégias de Vigilância em Saúde.

O secretário de Estado da Saúde ressalta que a parceria com a Opas envolverá também os municípios capixabas e trará benefícios para toda a população. “Os municípios serão beneficiários desse termo de cooperação. Por exemplo, a sala de situação, que é o primeiro projeto que vamos desenvolver, apesar de estar fisicamente na região, é pra uso das superintendências regionais da Sesa e do conjunto de municípios de cada região, para monitorar como estão as políticas de saúde lá na ponta”, explicou Oliveira.

Conforme explica a Opas em sua página na internet, a parceria com a Sesa está focada em qualificar a gestão estadual e reorientar o modelo da atenção à saúde, de modo que seja mais baseado no perfil epidemiológico de cada uma das regiões de saúde do Espírito Santo: Norte, Metropolitana, Sul e Central.

Outro objetivo da parceria, segundo a instituição, é fortalecer o papel do setor de atenção primária de saúde (APS) como ordenadora de toda a Rede de Atenção à Saúde. “Evidências científicas internacionais têm demonstrado que um sistema baseado em uma APS forte oferece melhores resultados, mais eficiência e maior qualidade de atendimento em comparação com outros modelos”, acrescenta a instituição.

Ainda de acordo com a página da Opas, há também a proposta de incorporar as estratégias de vigilância em saúde em todos os níveis de atenção, eliminar a sífilis congênita do Espírito Santo e aumentar a integração das redes de saúde, com ênfase na regionalização. “Com todas essas ações, pretende-se ampliar o acesso a serviços públicos de saúde de qualidade para os mais de quatro milhões de habitantes do estado”, destaca o texto divulgado pela entidade.

A coordenadora do projeto de Cooperação Técnica com a Opas, Ana Kelly Lugon, da Subsecretaria de Gestão Estratégica e Inovação da Sesa, ressalta que este projeto foi construído a várias mãos e que muitos passos precisaram ser dados para que hoje fosse concretizada esta parceria com a entidade internacional.

“Há vários meses estamos num trabalho árduo, com vários setores da Sesa envolvidos. Foi um projeto construído a várias mãos. O projeto recebeu considerações do Ministério da Saúde e da equipe da Opas em Washington, de quem nós acatamos as recomendações e para quem encaminhamos novamente o projeto depois. Então, foram muitos passos que precisaram ser dados para que chegássemos à assinatura desse termo de cooperação”, contextualizou.

Segundo o gerente da Gerência de Planejamento Estratégico e Desenvolvimento Institucional da Sesa, Francisco José Dias da Silva, o suporte que a Opas deu à Sesa no enfrentamento da febre amarela, em 2017, serviu para despertar o interesse de ampliar a cooperação entre as instituições.

“Como organismo internacional, a Opas veio ao Estado, por meio do Ministério da Saúde, e trouxe técnicos, consultores, ajudou a elaborar as estratégias para controle da doença, e a parceria foi extramente exitosa. Em três meses nós conseguimos debelar o surto de febre amarela aqui no Estado com esse apoio institucional, que vai desde a alocação de recursos humanos pra apoiar as equipes técnicas até metodologia de trabalho, recursos tecnológicos para a equipe desenvolver as atividades dela. Acho que esse é um bom exemplo de como a instituição vai atuar conosco nos próximos anos em outros projetos”, comentou Francisco.

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