MALÁRIA
A malária é uma doença infecciosa causada por um parasito do gênero Plasmodium, transmitido para humanos pela picada de fêmeas infectadas do mosquito Anopheles (mosquitoprego). Portanto, não é contagiosa, ou seja, uma pessoa doente não é capaz de transmitir malária diretamente à outra pessoa.
Qualquer pessoa pode contrair a malária; além disso, essa doença não confere imunidade, podendo ser adquirida muitas vezes ao longo dos anos.
No Brasil, a maioria dos casos de malária se concentram na região amazônica, composta pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Na região extra-amazônica, composta pelas demais unidades federativas, apesar das poucas notificações, a doença não pode ser negligenciada, pois a letalidade é maior que na região amazônica.
No estado do Espírito Santo, a malária ocorre de forma nativa em alguns municípios da região de montanhas (Santa Teresa, Santa Leopoldina, Santa Maria de Jetibá, Domingos Martins, Marechal Floriano e Venda Nova do Imigrante). Contudo, outras regiões dentro do Estado são propícias para a malária importada, pois são ambientes com circulação do mosquito vetor.
A malária é uma doença que tem cura e o tratamento é eficaz, simples e gratuito. Entretanto, se não for diagnosticada e tratada de forma oportuna e adequada, pode evoluir para suas formas graves.
Os sinais e sintomas mais comuns da malária são:
- Febre alta
- Calafrios
- Tremores
- Sudorese
- Dor de cabeça
Muitas pessoas, antes de apresentarem estas manifestações mais características, sentem náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite.
O diagnóstico é feito pela gota espessa, ou em casos especiais, pelo Teste rápido. Para que o paciente seja considerado curado, ele deve ser submetido à coleta de seis a sete Lâminas de Verificação de Cura (LVC), a depender do tipo de plasmódio.
Já o tratamento deve ser administrado tão logo a doença seja diagnosticada e, a medicação e posologia dependerá do agente etiológico, da idade, peso e gravidade do paciente, assim como se, em caso de mulher, a mesma estiver em período gestacional.
A malária é uma doença de notificação compulsório imediata, ou seja, em até 24 horas.
Medidas de prevenção
As medidas de proteção individual têm como objetivo principal reduzir a possibilidade da picada do mosquito transmissor de malária.
- Uso de mosquiteiros e cortinados;
- Roupas que protejam pernas e braços, para diminuir, ao mínimo possível, as áreas
descobertas do corpo onde o mosquito possa picar; - Usar telas em portas e janelas;
- Uso de repelente.
Já as medidas de prevenção coletiva são:
- Borrifação residual intradomiciliar, quando há caso confirmado em local com o mosquito transmissor;
- Limpeza de margens de criadouros;
- Modificação do fluxo da água;
- Controle da vegetação aquática;
- Melhoramento das moradias e das condições de trabalho;
- Uso racional da terra.
Importante: Não existe vacina contra a malária no Brasil. A vacina disponível está disponível,apenas para alguns países africanos com alta transmissão de malária por Plasmodium falciparum e é exclusiva para crianças pequenas.
Viajantes
Os riscos de adoecimento durante uma viagem são variáveis, e dependem das características do indivíduo, da viagem e do local de destino. As orientações se baseiam nessas informações. Recomenda-se que os viajantes recebam uma avaliação e orientação criteriosa realizada por profissionais especializados em saúde do viajante antes da viagem. Uma lista dos centros de referência de atendimento ao viajante é divulgada no site do Ministério da Saúde.
NEVE/SESA | Núcleo Especial de Vigilância Epidemiológica | (27) 3636-8218 |
SRSC | Superintendência Regional De Saúde De Colatina - Vigilância Epidemiológica | (27) 3717- 2543 / (27) 3717-2503 |
SRSCI | Superintendência Regional De Saúde De Cachoeiro De Itapemirim / CRECI – Cachoeiro - Vigilância Epidemiológica | (28) 3526-4325 / 3526-4328 |
SRSSM | Superintendência Regional De Saúde De São Mateus - CRE São Mateus - Vigilância Epidemiológica | (27) 3767-6502 |
SRSV | Superintendência Regional De Saúde De Vitória - CRE Metropolitano – Vigilância epidemiológica | (27) 3636-2708 / (27) 3636-2709 |
Referências
Ministério da Saúde - https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-az/m/malaria#:~:text=Sobre%20a%20Mal%C3%A1ria,ao%20entardecer%20e%20ao%20amanhecer.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente. Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde e Ambiente. Guia de vigilância em saúde: volume 2 [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde e Ambiente. – 6. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2023. 3 v. : il. https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/vigilancia/guia-devigilancia-em-saude-volume-2-6a-edicao/view