Viagens para fora do Brasil
Atenção cidadão brasileiro
Para viagens internacionais, o Ministério da Saúde do Brasil orienta que o viajante esteja com a sua situação vacinal atualizada, conforme as orientações do Calendário Nacional de Vacinação.
Link do calendário Nacional de Vacinação:
http://portalms.saude.gov.br/acoes-e-programas/vacinacao/calendario-nacional-de-vacinacao
Recomenda-se que o viajante procure os serviços públicos de vacinação levando um documento de identificação e o cartão de vacinação, se disponível, para avaliação e atualização de sua situação vacinal.
Para viagens internacionais é importante dispor também do Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia (CIVP), quando exigido para entrada no país de destino ou no qual ocorra escala de voos, conforme apresentado no endereço http://www.who.int/ith/ith-yellow-fever-annex1.pdf?ua=1
Em conformidade com o Regulamento Sanitário Internacional (RSI) 2005, alguns países podem exigir a comprovação da vacina febre amarela para a entrada de estrangeiros em seu território, por meio da apresentação do Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP)*. A lista de países que apresentam risco de transmissão para febre amarela e de países que exigem o comprovante de vacinação para entrada em seu território deve ser consultada no endereço eletrônico da Organização Mundial da Saúde (OMS) (http://www.who.int/ith/ith-yellow-fever-annex1.pdf?ua=1). O viajante pode também consultar se o(s) país (es) de destino exige(m) o CIVP ou ainda se recomenda(m) outras vacinas no seguinte endereço https://civnet.anvisa.gov.br/civnet/app/viajante/login?wicket-crypt=aYuE6F29wSo O viajante deve receber a dose padrão da vacina febre amarela pelo menos 10 dias antes da viagem para que a dose seja considerada válida no momento do seu embarque.
Poliomielite
Diante do cenário global da poliomielite, alguns países se mantêm endêmicos, de risco ou com surto da doença, mantendo a possibilidade de importação pelos demais países. O Brasil, desde 1990, não registra casos da poliomielite e em 1994 recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) a Certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem. Assim, o Ministério da Saúde do Brasil orienta que as pessoas que se deslocarão para os países endêmicos, de risco ou com surtos da doença listados nos endereços eletrônicos abaixo procurem a sala de vacinação mais próxima da sua residência, pelo menos 4 semanas antes da data da viagem, para atualização da vacinação contra pólio e emissão do CIVP* quando necessário.
Lista dos países endêmicos, de risco ou com surtos da doença:
Países endêmicos: http://polioeradication.org/where-we-work/polio-endemic-countries/
Principais países em risco: http://polioeradication.org/where-we-work/key-at-risk-countries/
Países com surto: http://polioeradication.org/where-we-work/polio-outbreak-countries/
Sarampo e Rubéola
Muitos países permanecem endêmicos para o sarampo e a rubéola, apresentando surtos com grande número de casos e até mesmo a ocorrência de óbitos por essas doenças. Assim, os brasileiros devem atualizar sua situação vacinal para o sarampo e a rubéola pelo menos 15 dias antes da data da viagem.
Difteria e tétano
Surtos recentes de difteria em vários países demonstram o risco a que as pessoas não vacinadas estão expostas. Trata-se de uma doença grave, potencialmente letal, cuja proteção pode ser feita por meio da vacinação. O tétano também é uma doença grave, prevenível por vacina e que ocorre em todo o mundo. Pessoas não vacinadas correm risco de contrair essas doenças. Assim, os brasileiros que irão se deslocar para qualquer país devem atualizar a situação vacinal contra a difteria e o tétano antes da viagem.
Cuidados básicos nos passeios:
- Recomenda-se ao viajante a ingestão constante de líquidos para evitar a desidratação
- Use roupas confortáveis e calçados fechados. Eles lhe darão segurança e proteção contra torções, picadas de insetos como, por exemplo, mosquitos e acidentes com animais peçonhentos;
- Para se proteger do sol, cubra-se com roupas apropriadas, utilize chapéu ou boné e óculos escuros. Evite a exposição direta ao sol entre 10 horas da manhã e 4 horas da tarde;
- Use protetor solar com fator de proteção adequado à cor de sua pele, de acordo com as orientações do fabricante. Mesmo em locais mais frios, sua pele ficará protegida dos raios solares;
- Use repelentes quando houver necessidade;
- Lave as mãos com água e sabão várias vezes ao dia, principalmente antes de ingerir alimentos, após utilizar conduções públicas, visitar mercados ou locais com grande fluxo de pessoas.
Consuma alimentos e bebidas de forma saudável
- Evite consumir alimentos cujas condições higiênicas, de preparo e acondicionamento, são precárias;
- Evite alimentos crus ou mal cozidos, principalmente os frutos do mar;
- Alimentos embalados devem conter no rótulo a identificação do produtor, data de validade e a embalagem deve estar íntegra;
- Caso tenha diarreia e vômitos por conta da ingestão de alimentos e bebidas, é preciso cuidado redobrado com a desidratação. Recomenda-se a ingestão de sal de reidratação oral. As bebidas esportivas não compensam corretamente as perdas e não devem ser utilizadas para tratamento de doença diarreica.
- Viajantes que se deslocarem a países e regiões (Mediterrâneo e Ásia) endêmicas de brucelose animal e humana deve ter cuidado no consumo de laticínios não pasteurizados, evitando assim, o risco de contrair a doença.
- Medidas preventivas incluem:
- Evitar o consumo de carne crua ou mal cozida;
- Evitar o consumo de laticínios não pasteurizados (leite, queijo e sorvetes). Se o viajante não tem certeza sobre a qualidade do alimento, recomenda-se não consumir;
- Ter cuidado com o contato direto e indireto com possíveis animais infestados e seus produtos. Particularmente, evitar o contato com mucosas, conjuntivas e cortes na pele.
Proteja-se contra picadas de insetos
- Ao chegar ao seu local de hospedagem (hotel, pousada, albergue e outros), verifique cuidadosamente se há algum criadouro do mosquito e elimine-o;
- O risco de infecção por malária, dengue, febre amarela, Chikungunya, vírus Zika podem ser reduzidos, se forem evitadas as picadas. Observe as seguintes recomendações:
- Hospede-se em locais que disponham de telas de proteção nas portas e janelas, especialmente se estiver longe das capitais, ou leve o mosquiteiro/cortinado como alternativa;
- Em passeios eco turísticos, utilize roupas que protejam o corpo contra picadas de insetos e carrapatos, como camisas de mangas compridas, calças, meias e sapatos fechados.
- Em localidades com transmissão de malária, permanecer, principalmente no período entre o anoitecer e o amanhecer, em locais com barreiras para entrada de insetos como telas de proteção, mosquiteiros, ar-condicionado ou outras disponíveis;
- Aplique repelente nas áreas expostas da pele, seguindo a orientação do fabricante.
- Pessoas infectadas com malária, vírus Zika, chikungunya ou dengue são o reservatório de infecção para outras pessoas, tanto em casa como na comunidade. Portanto, a pessoa doente, deve seguir as medidas de proteção acima citadas, evitando a propagação da doença.
Contra mordeduras ou outros tipos de acidentes com animais
- Em caso de contato acidental, mordedura, lambedura ou arranhadura por mamíferos (cão, gato, morcego, ou qualquer outro animal silvestre), lave o local atingido com água corrente e sabão, e procure imediatamente assistência médica;
- Se tiver acidentes com animais peçonhentos (escorpiões, cobras, aranhas, abelhas e lagartas), não realize procedimentos caseiros e procure imediatamente o serviço de saúde local. Durante o socorro, mova-se o mínimo possível. O membro atingido deve ser colocado numa posição mais elevada em relação ao corpo e o local da picada pode ser lavado apenas com água e sabão;
- Em casos de acidentes com águas-vivas e caravelas, primeiramente, para alívio da dor inicial, usar compressas geladas (pacotes fechados de gelo – “cold packs” – envoltos em panos, ou água do mar gelada, se disponível). Em seguida, realizar lavagem do local da lesão com ácido acético a 5% (Ex. vinagre), sem esfregar a região acometida, e, posteriormente, aplicar compressa do mesmo produto por cerca de 10 minutos, para evitar o aumento do envenenamento. É importante que não seja utilizada água doce para lavagem do local da lesão e/ou aplicação das compressas geladas, pois pode piorar o quadro do envenenamento. A remoção dos tentáculos aderidos à pele deve ver realizada de forma cuidadosa, preferencialmente com uso de pinça ou lâmina. Procure assistência médica para avaliação clínica do envenenamento e, se necessário, realização de tratamento complementar;
- Evite contato direto com animais vivos ou mortos, e, acima de tudo, não manipule esses animais, por mais inofensivos que eles pareçam;
- Evite caminhar descalço em áreas de selvas ou plantações. Preferencialmente, utilize calça e botas de cano longo ou bota com perneira (que protejam até o joelho);
- No caso específico de aranhas e escorpiões, vistorie roupas e calçados antes de vesti-los, e toalhas ou capas antes de utilizá-las;
- Durante a realização de trilhas ou caminhadas ecológicas, examine cuidadosamente os locais onde for apoiar-se (árvores, rochas);
- Tenha cuidado com abelhas e marimbondos. Eles são atraídos por sons, odores e cores, como barulhos de aparelhos de jardinagem e de motores de embarcação;
- Não coloque a mão em buracos e tocas.
Pratique sexo de forma segura
- Usar a camisinha é uma das maneiras mais práticas e eficazes de se proteger contra o HIV. Além do HIV, usar camisinha protege das infecções sexualmente transmissíveis e hepatites virais. Há outras formas de se prevenir. Converse com o profissional de saúde. Outros métodos de prevenção podem ser combinados, de acordo com a sua realidade.
Saiba o que fazer para dar continuidade ao seu tratamento antirretroviral no exterior
- Saiba mais sobre os requisitos para dispensação de antirretrovirais a quem for permanecer no exterior por um período acima de 90 dias.
Publicada na última terça-feira (20/03), a Nota Informativa Nº 55/2018, do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/AIDS e das Hepatites Virais (DIAHV) apresenta os requisitos mínimos para a dispensação de medicamentos antirretrovirais à pessoa vivendo com HIV (PVHIV) que se ausentar do Brasil por período entre 90 e 180 dias.
A dispensação antecipada para o período de ausência é realizada em caso de viagem internacional de intercâmbio, estudo ou a trabalho. A retirada pode ocorrer na Unidade Dispensadora de Medicamentos (UDM) até 30 dias antes da viagem.
Os documentos obrigatórios exigidos são comprovação da viagem (passagem ida e volta e contrato de trabalho ou comprovante de matrícula ou intercâmbio); relatório médico (esquema terapêutico, condições clínicas, imunológicas e virológicas, justificativa para dispensação superior a 90 dias e o motivo da dispensação para o período solicitado); e receita médica (formulário de solicitação de medicamentos preenchido e assinado).
Previna-se contra doenças de transmissão respiratória
- Higienize as mãos frequentemente com água e sabonete principalmente antes de consumir algum alimento; antes das refeições, de tocar os olhos, a boca e o nariz e após tossir, espirrar ou usar o banheiro;
- No caso de não haver disponibilidade de água e sabonete, se possível usar álcool gel;
- Evite tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
- Ao tossir ou espirrar, cubra o nariz e a boca com lenço, preferencialmente descartável. Caso não tenha, evite espirrar nas mãos. Recomenda-se espirrar na parte interna do antebraço (próximo ao cotovelo).
- Evite contato próximo com pessoas doentes;
- Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
- Indivíduos doentes devem ficar em repouso, consumir alimentação balanceada, aumentar a ingestão de líquidos e evitar aglomerações e ambientes fechados;
- Mantenha os ambientes ventilados;
- Esteja sempre atento ao apresentar sintomas respiratórios de maior gravidade, e procure imediatamente assistência médica.
Notificação
- Você que vai viajar para outro país é importante ficar atento a qualquer sinal ou sintoma que possa aparecer durante a viagem ou após o retorno ao Brasil, como por exemplo, febre, diarreia, sintomas respiratórios, manchas vermelhas ou qualquer outro sintoma. Sempre é importante procurar atendimento médico para ter um diagnóstico mais rápido e um tratamento específico.
- Qualquer pessoa pode notificar seus sinais e sintomas ao Ministério da Saúde. É só enviar um e-mail para notifica@saúde.gov.br
- A notificação é muito importante para monitorar a ocorrência de doenças de outros países que podem se espalhar no Brasil e colocar nossa população em risco.
- Essas informações ajudam o Ministério da Saúde a monitorar as principais doenças que estão ocorrendo no país e estabelecer medidas de prevenção e controle.
Referência Bibliográfica
O texto foi extraído do site do Ministério da Saúde.