Gestores e técnicos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) estão reunidos com profissionais da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) – braço da Organização Mundial de Saúde (OMS) nas Américas – para discutir os termos de um acordo de cooperação técnica que será firmado entre o órgão estadual e a instituição internacional. A reunião acontece no auditório da Sesa na Enseada do Suá, em Vitória, e terá duração de dois dias, encerrando-se nesta quarta-feira (19). O termo de cooperação terá duração de cinco anos e poderá ser prorrogado por mais cinco anos.

Nesta terça (18) pela manhã, foi feito um alinhamento das agendas estratégicas da Opas e da Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo para que as equipes tivessem um ponto de partida para as discussões, que foram realizadas nesta tarde e acontecerão também amanhã, ao longo de todo o dia. O secretário de Estado da Saúde, Ricardo de Oliveira, agradeceu o apoio da Opas no enfrentamento da febre amarela e disse que tem grande expectativa para trabalhar novamente em parceria com a instituição internacional.

“No enfrentamento da febre amarela, percebemos a competência técnica da Opas, a capacidade que vocês têm de agregar profissionais de qualidade e a facilidade com que vocês conseguem mobilizar recursos e colocá-los à disposição da saúde. Um dos legados que vamos deixar para a próxima gestão do Estado é o estreitamento do relacionamento com a Opas”, disse Oliveira à equipe da Organização Pan-Americana da Saúde.

O secretário ressaltou que os desafios do Espírito Santo são grandes, sim, mas que eles têm o tamanho da necessidade da população, e afirmou que a equipe da Secretaria de Estado da Saúde traçou metas altas, mas com os pés no chão. “Sabemos que vai levar um tempo para que alguns dos resultados desejados sejam alcançados, mas também sabemos que é assim que se deve administrar o setor público, com o olho no futuro. Em saúde, é fácil se perder na urgência e emergência. Mas se você se perde nisso, perde também a oportunidade de planejar e de fazer uma saúde melhor”, completou.

A representante adjunta da Opas/OMS no Brasil, Maria Dolores Pérez-Rosales, avalia que o Espírito Santo tem um trabalho consistente na saúde e que o apoio da Opas será para fortalecer o que está sendo feito. “O Espírito Santo tem muito bem definido todo o processo de regionalização de redes, os fluxos de atendimento, como a rede de atendimento deve estar definida (a atenção primária, a atenção ambulatorial especializada, a atenção hospitalar). Eu penso que a Opas pode continuar o apoio fortalecendo a atenção primária em saúde, a gestão do Estado, a gestão municipal, sempre com foco no sistema de saúde único, universal, visando uma maior cobertura e acesso à saúde para todas as pessoas”, resumiu.

Termos do acordo

Em conversa preliminar com a Opas em Brasília, no mês de abril, a Secretaria de Estado da Saúde já havia sinalizado algumas áreas em que gostaria de receber o apoio da instituição internacional, entre elas estão o enfrentamento de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti e o enfrentamento da sífilis. Mas o escopo da parceria estará mais bem delineado ao final dos dois dias de reunião.

O trabalho está sendo feito em forma de oficina. Serão realizadas dinâmicas de grupo para discussão e elaboração da matriz lógica (definição dos problemas, soluções possíveis, resultados esperados etc.) do termo de cooperação técnica; plenárias para apresentação do resultado das discussões; continuação do trabalho em grupo para complementação; apresentação final dos grupos de trabalho; discussão em conjunto para que se chegue a um consenso sobre a matriz lógica.

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