19/05/2023 18h33 - Atualizado em 19/05/2023 18h34

Sesa homenageia mães que fazem doação para bancos de leite humano

Mais de dois mil recém-nascidos internados em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (Utin) contaram, em 2022, com a solidariedade de mães que amamentam e fizeram doação aos bancos de leite humano do Espírito Santo. É por isso que o Governo do Espírito Santo, por meio da Secretaria da Saúde (Sesa), homenageou essas mães doadoras na manhã desta sexta-feira (19), em evento realizado no auditório da Escola de Serviço Público do Espírito Santo (Esesp), em Vitória.

Estiveram presentes na homenagem o subsecretário de Estado de Atenção à Saúde, José Tadeu Marino; a gerente de Política e Organização das Redes de Atenção em Saúde, Daysi Koehler Behning; a chefe de núcleo da Atenção Primária da Sesa, Maria Angelica Callegario; as referências da área técnica da Saúde da Criança, as médicas pediatras Edna Cellis Vaccari Baltar e Rosiane Ramos Catharino.

Também esteve presente no evento o subsecretário de Estado de Políticas Intersetoriais, João Batista Conti; a referência técnica Estadual dos Bancos de Leite do Espírito Santo, Mônica Barros de Pontes; além de representantes dos bancos de leite do Hospital Cassiano Antônio Moraes (Hucam), do Hospital Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (Himaba), Hospital da Polícia Militar (HPM) e Hospital Materno Infantil Francisco de Assis (HIFA).

Representando as mães que realizam doação de leite materno, estiveram presentes na homenagem cinco mulheres que receberam o Certificado de Doadora de Leite Materno como reconhecimento do ato de solidariedade. O momento marcou a abertura da Semana Estadual de Doação de Leite Humano, que acontece até o próximo dia 25 de maio e é organizada pela Rede Capixaba de Banco de Leite Humano.

Para o subsecretário de Estado de Atenção à Saúde, Tadeu Marino, a ação de doar leite humano transforma vidas. “Amamentar é, sim, um ato de amor. Assim como eu, que sou transplantado há nove anos e estou aqui, precisei que alguém realizasse um ato de amor. Vocês, mães doadoras, realizam também um ato de amor, ajudando na recuperação dos bebês nas UTIs e isso é fantástico, pois a importância da doação como forma de amor ao próximo traz muitos benefícios à saúde e ao desenvolvimento de uma criança, principalmente nesse alimento tão completo e específico que é o leite materno. Mães, vocês são guerreiras porque além de amamentarem seus filhos ainda suprem a necessidade de inúmeras crianças que precisam de vocês”, disse.

Tadeu Marino destacou ainda a importância da realização da Semana Estadual de Doação de Leite Humano para a promoção e construção de políticas públicas eficientes e que tenham relação com a primeira infância, com a saúde e o serviço social. “Isto, é, para que a doação seja utilizada da melhor forma possível em prol das pessoas que realmente precisam”, completou.

Para a coordenadora da Área Técnica da Saúde da Criança, Edna Cellis Vaccari Baltar, o objetivo do evento é sensibilizar a sociedade, com a realização de ações de divulgação e orientação, visando ao aumento da doação de leite humano. Na Semana, acontece uma grande mobilização nacional e internacional para resgatar a cultura da amamentação.

“São muitos os esforços que visam sensibilizar a população para a importância da doação de leite humano, uma ação solidária que pode salvar a vida de milhares de recém-nascidos de baixo peso, que não podem se alimentar do leite da própria mãe”, afirmou Edna Baltar.

Histórias vivenciadas por mães doadoras

A professora de Educação Física Camila Bragança Locatelli de Campos, de 27 anos, contou que, há três anos após a primeira gestação dela, tentou ser doadora de leite humano, porém não conseguiu realizar o sonho porque produzia pouco leite. Hoje, na segunda maternidade, há três meses, ela tem a oportunidade doar e o faz com amor e dedicação.

Camila de Campos disse que passou por uma experiência na família quando o filho de uma prima ficou na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e precisou de doação de leite humano. A história se repetiu com ela na nova gestação, que foi quando o segundo filho nasceu e precisou ficar internado em uma UTIN. Ele recebeu doação de leite materno e, acompanhando a situação, ela percebeu a importância de ser doadora e poder salvar vidas de crianças tão indefesas.

Polona Porto dos Santos, 38 anos, também contou que há dez anos sonhava em ser mãe. Porém, não assimilava a hipótese de amamentar e queria mesmo era ser mãe. Amamentar, para ela, era algo secundário. Mas, após o nascimento de Miguel, com 10 meses, tudo mudou na cabeça dela. Polona Santos confessou que, no começo, foi algo bem desafiador, mas ela gostou tanto de realizar o ato da amamentação, que, dois meses após o nascimento do Miguel, decidiu que seria doadora de leite humano. Foi quando procurou o Banco de Leite do HPM, onde foi muito bem recebida e auxiliada. Ela então começou a realizar as doações semanais.

Segundo Polona Santos, quanto mais faz a ordenha, mais ela se satisfaz e produz leite. E o que a deixa mais feliz e emocionada é saber que pode amamentar, além do Miguel, vários bebês que se alimentam do leite materno que ela produz e doa.

A enfermeira Morgana Maria Rampe Reis, de 36 anos, mãe do Bento e Maria, é doadora de leite humano desde 2019, quando nasceu o primogênito Bento. Morgana Reis conta que realiza a ordenha no próprio local de trabalho, já que passa a maior parte do tempo nele. Ela divide o leite entregando metade ao banco de leite para ser ofertado às crianças da UTIN.

Ela que nasceu prematura e precisou de leite materno durante a internação, se alegra em poder ajudar e ofertar o seu leite materno aos bebês, que tanto precisam e, assim, ajudar também na recuperação, fortalecendo e diminuindo o tempo de internação das crianças nas UTINS, além de ajudar as famílias, principalmente as mães que ficam aliviadas em saber que seus filhos recebem o leite de doadoras. Ela disse ainda que fazer o bem ao próximo a deixa com o coração feliz.

 

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