02/12/2005 16h31 - Atualizado em 23/09/2015 09h35

Domingo é dia da Caminhada de Luta Contra a Aids

Encerrando as atividades comemorativas em atenção ao 1º de dezembro, Dia Mundial de Luta Contra a Aids, a Coordenação de DST e Aids, da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), realiza, neste domingo (04), a 3ª Caminhada de Luta Contra a Aids.

A concentração será em Jardim da Penha, na praça dos Supermercados Epa, às 9 horas. O trajeto será até a Praça dos Namorados, com a animação de trio elétrico.

“Para participar, é só levar 1 kg de alimento, que iremos trocar por uma camisa, disposição e animação para percorrer todo o percurso conosco”, disse a coordenadora do Programa Estadual de DST e Aids, Sandra Fagundes. “Os alimentos arrecadados serão doados para instituições que trabalham com pacientes soropositivos”, completou.

A caminhada é uma realização da Coordenação Estadual, em parceria com os municípios da Região Metropolitana de Vitória, serviços públicos e Organizações Não Governamentais de DST e Aids.

Campanha

O Dia Mundial de Luta Contra a Aids este ano tem como tema no Brasil a “Aids e o racismo’, escolhido partindo da perspectiva de que a população negra nunca foi alvo de campanhas de prevenção e ela representa 47,3% da população brasileira, segundo o IBGE. Essa representatividade aumenta quando verifica-se que ela representa aproximadamente 65% da população de baixa renda.
No Brasil, apesar da tendência a estabilização da epidemia, os casos de Aids vêm aumentando entre a população mais pobre, onde a população negra encontra-se em maior proporção. Daí a importância desta população como protagonista do Dia Mundial de Luta Contra a Aids de 2005.
O 1° de dezembro, Dia Mundial de Luta Contra a Aids, é o momento político que irá colocar o tema racismo, e suas conseqüências para os portadores de HIV e para a população negra, na agenda da sociedade.

Números

No Espírito Santo, a taxa de incidência de Aids é a menor da Região Sudeste e, em 2005, houve um aumento nos casos da doença entre as mulheres. Essas tendências, observadas ao longo dos últimos anos, foram divulgadas na tarde desta quarta-feira (30) pela Coordenação de DST e Aids da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), dentro das atividades do Dia Mundial de Luta Contra a Adis, que acontece nesta quinta-feira (01).

A distribuição da doença por sexo é de 3.161 (63,2%) entre homens e 1.841 (36,8%) entre mulheres. A faixa etária mais atingida é de 20 a 49 anos, com 82,4% dos casos notificados. A categoria de exposição mais expressiva é a sexual, representando 65,9% dos registros, divididos em 17,4% homossexuais, 12,6% bissexuais e 70% heterossexuais.

“Percebemos que o número de novos casos em homens está estável, no entanto, a cada ano, é maior o número de novos casos em mulheres”, disse a coordenadora do Programa de DST e Aids, Sandra Fagundes.

Sandra informou que em 2005 foram computados 352 novos casos de Aids, somando um total acumulado de 1985 a 2005, de 5.002 registros. A média de incidência no Espírito Santo é de 14,9 casos para 100 mil habitantes, a menor da Região Sudeste.

Observou-se queda acentuada na mortalidade: 67,3 de óbitos em 1992; 43,7% em 1996; 43,7% em 2000; 27,6% em 2002 e 20,4% em 2004. Uma queda de 14% na comparação do período compreendido entre os anos 1996 a 2004.

No período após 2001, data em que as informações sobre raça/cor foram computadas para os casos notificados de Aids, observa-se que pessoas de cor parda representam 43,5% dos casos notificados. Entre os brancos este percentual é de 40,9%, e 14,1% entre a cor negra.

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