28/08/2006 14h10 - Atualizado em
23/09/2015 09h38
ES já vacinou 68% das crianças contra a Polio
A Secretaria de Estado da Saúde divulgou mais uma parcial da Campanha Nacional de Vacinação contra a Paralisia Infantil, apurada nesta segunda-feira (28). Os dados mostram que 67,8% da população de zero a cinco anos já receberam a segunda dose da vacina. A cobertura está acima da média nacional, que atingiu 64,5%.
No último sábado (26), foi realizado o dia “D” de mobilização para a segunda etapa da campanha contra a Polio. “O dia ‘D’ é hoje, mas até a próxima sexta-feira (1º) os pais poderão levar seus filhos à unidade de saúde para recebera segunda dose”, lembrou o secretário de Estado da Saúde, Anselmo Tose, durante a abertura do evento.
A Unidade de Saúde (US) do bairro Jabour, em Vitória, foi escolhida para sediar o dia “D”. A equipe da US já preparou uma grande festa para a criançada com direito à participação especial do Zé Gotinha, animação com palhaços, balão pula-pula e distribuição de pipoca.
O tema da campanha deste ano é “Seu filho quer a segunda dose da sua atenção”. “Os pais e responsáveis precisam dar a importância devida para essa campanha”, alerta a coordenadora Estadual do Programa de Imunização da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Marta Casagrande.
Cobertura
A cobertura nacional, preconizada pelo Ministério da Saúde é de 94,6%. Mas, 15 unidades federadas estão com resultados abaixo do mínimo preconizado “o que representa um grande risco para a reintrodução do poliovírus em nosso meio, principalmente pelas características de um País turístico, comercial, hospitaleiro a outras nacionalidades, proporcionando assim, um intenso fluxo receptivo e emissivo de viajantes internacionais”, explicou a coordenadora.
No Espírito Santo, a meta preconizada pelo Ministério da Saúde de imunizar, no mínimo, 95% da população infantil, vem sendo atingida. Na primeira etapa de 2006, a meta estadual de vacinação foi alcançada com cobertura de 95,75%, sendo vacinadas 287.747 crianças. Em 2005, a cobertura final com a primeira dose foi de 99.62%.
O Brasil realiza duas campanhas anuais, desde 1980. “Graças a este esforço nacional, não se registram casos de paralisia infantil no país desde 1989. No Espírito Santo, o último caso registrado foi em 1987. Com isso, as pessoas estão ficando menos sensíveis à importância da vacinação. O que não pode ocorrer”, disse Martha.
“Enquanto houver circulação do vírus da paralisia infantil no mundo e para que não haja a re-introdução do mesmo em áreas livres, a melhor estratégia é manter altas e homogêneas coberturas vacinais”, completou.
Mobilização
No dia “D”, a mobilização contou com aproximadamente 2.549 postos de vacinação, 300 veículos e cerca de três mil pessoas trabalharam durante todo o dia. Até esta sexta (1º), as unidades de saúde continuam vacinando.
“É muito importante que os pais ou responsáveis levem o Cartão da Criança, para que, alem da vacina contra a pólio, sejam atualizadas outras vacinas do calendário básico que por acaso estiverem em atraso”, lembra a coordenadora Estadual de Imunização.
A meta é vacinar todas as crianças que ainda não completaram 5 anos de idade (do nascimento até 4 anos 11 meses e 29 dias), com a vacina oral contra a poliomielite mesmo que a criança tenha recebido outras doses ou participado das campanhas anteriores.
A doença
A poliomielite ou “paralisia infantil” é uma doença infecto-contagiosa viral aguda, caracterizada por um quadro clássico de paralisia flácida de início súbito. Acomete em geral os membros inferiores, de forma assimétrica, tendo como principais características a flacidez muscular, com sensibilidade conservada e arreflexia no segmento atingido. A doença foi de alta incidência no País em anos anteriores, deixando centenas de deficientes físicos a cada ano.
A Vacina Oral contra Poliomielite (VOP) é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como a única vacina capaz de viabilizar a erradicação global da poliomielite.
Situação Mundial
Hoje, o número de países com poliomielite endêmica diminuiu para quatro, comparados com os 125 em 1988, quando a iniciativa para a erradicação da poliomielite foi iniciada pela Assembléia Mundial da Saúde.
Os quatro países atualmente na lista de pólio são: Afeganistão, Índia, Nigéria e Paquistão. O Egito e o Nigér foram removidos da lista dos países pólio endêmicos em fevereiro de 2006, após a conclusão de um ano sem evidência de transmissão.
A interrupção da transmissão do poliovírus selvagem no Egito, onde os fatores naturais de risco para a transmissão intensa desse vírus têm sido altos, representa o marco principal para a Iniciativa da Erradicação da Poliomielite.
Dois extensos países pólio - endêmicos, Índia e Paquistão, registraram um declínio de 50% nos casos de 2004 a 2005, aproximando da erradicação.
Embora a imunização nesses países, com a vacina oral contra a poliomielite, tenha sido retomada no final de 2004, a disseminação da circulação do poliovírus no norte da Nigéria permanece a maior ameaça para a erradicação global da doença. O sul da Nigéria estava amplamente livre de poliomielite no final de 2005, entretanto, a epidemia continua no norte.
Informações à Imprensa:
Tels.: 31372494/ 31372495
Atendimento exclusivo à imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Gustavo Tenório/ Franciane Barbosa/ Clarissa Scárdua
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asscom@saude.es.gov.br
Esta e outras matérias estão disponíveis no site www.es.gov.br
No último sábado (26), foi realizado o dia “D” de mobilização para a segunda etapa da campanha contra a Polio. “O dia ‘D’ é hoje, mas até a próxima sexta-feira (1º) os pais poderão levar seus filhos à unidade de saúde para recebera segunda dose”, lembrou o secretário de Estado da Saúde, Anselmo Tose, durante a abertura do evento.
A Unidade de Saúde (US) do bairro Jabour, em Vitória, foi escolhida para sediar o dia “D”. A equipe da US já preparou uma grande festa para a criançada com direito à participação especial do Zé Gotinha, animação com palhaços, balão pula-pula e distribuição de pipoca.
O tema da campanha deste ano é “Seu filho quer a segunda dose da sua atenção”. “Os pais e responsáveis precisam dar a importância devida para essa campanha”, alerta a coordenadora Estadual do Programa de Imunização da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Marta Casagrande.
Cobertura
A cobertura nacional, preconizada pelo Ministério da Saúde é de 94,6%. Mas, 15 unidades federadas estão com resultados abaixo do mínimo preconizado “o que representa um grande risco para a reintrodução do poliovírus em nosso meio, principalmente pelas características de um País turístico, comercial, hospitaleiro a outras nacionalidades, proporcionando assim, um intenso fluxo receptivo e emissivo de viajantes internacionais”, explicou a coordenadora.
No Espírito Santo, a meta preconizada pelo Ministério da Saúde de imunizar, no mínimo, 95% da população infantil, vem sendo atingida. Na primeira etapa de 2006, a meta estadual de vacinação foi alcançada com cobertura de 95,75%, sendo vacinadas 287.747 crianças. Em 2005, a cobertura final com a primeira dose foi de 99.62%.
O Brasil realiza duas campanhas anuais, desde 1980. “Graças a este esforço nacional, não se registram casos de paralisia infantil no país desde 1989. No Espírito Santo, o último caso registrado foi em 1987. Com isso, as pessoas estão ficando menos sensíveis à importância da vacinação. O que não pode ocorrer”, disse Martha.
“Enquanto houver circulação do vírus da paralisia infantil no mundo e para que não haja a re-introdução do mesmo em áreas livres, a melhor estratégia é manter altas e homogêneas coberturas vacinais”, completou.
Mobilização
No dia “D”, a mobilização contou com aproximadamente 2.549 postos de vacinação, 300 veículos e cerca de três mil pessoas trabalharam durante todo o dia. Até esta sexta (1º), as unidades de saúde continuam vacinando.
“É muito importante que os pais ou responsáveis levem o Cartão da Criança, para que, alem da vacina contra a pólio, sejam atualizadas outras vacinas do calendário básico que por acaso estiverem em atraso”, lembra a coordenadora Estadual de Imunização.
A meta é vacinar todas as crianças que ainda não completaram 5 anos de idade (do nascimento até 4 anos 11 meses e 29 dias), com a vacina oral contra a poliomielite mesmo que a criança tenha recebido outras doses ou participado das campanhas anteriores.
A doença
A poliomielite ou “paralisia infantil” é uma doença infecto-contagiosa viral aguda, caracterizada por um quadro clássico de paralisia flácida de início súbito. Acomete em geral os membros inferiores, de forma assimétrica, tendo como principais características a flacidez muscular, com sensibilidade conservada e arreflexia no segmento atingido. A doença foi de alta incidência no País em anos anteriores, deixando centenas de deficientes físicos a cada ano.
A Vacina Oral contra Poliomielite (VOP) é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como a única vacina capaz de viabilizar a erradicação global da poliomielite.
Situação Mundial
Hoje, o número de países com poliomielite endêmica diminuiu para quatro, comparados com os 125 em 1988, quando a iniciativa para a erradicação da poliomielite foi iniciada pela Assembléia Mundial da Saúde.
Os quatro países atualmente na lista de pólio são: Afeganistão, Índia, Nigéria e Paquistão. O Egito e o Nigér foram removidos da lista dos países pólio endêmicos em fevereiro de 2006, após a conclusão de um ano sem evidência de transmissão.
A interrupção da transmissão do poliovírus selvagem no Egito, onde os fatores naturais de risco para a transmissão intensa desse vírus têm sido altos, representa o marco principal para a Iniciativa da Erradicação da Poliomielite.
Dois extensos países pólio - endêmicos, Índia e Paquistão, registraram um declínio de 50% nos casos de 2004 a 2005, aproximando da erradicação.
Embora a imunização nesses países, com a vacina oral contra a poliomielite, tenha sido retomada no final de 2004, a disseminação da circulação do poliovírus no norte da Nigéria permanece a maior ameaça para a erradicação global da doença. O sul da Nigéria estava amplamente livre de poliomielite no final de 2005, entretanto, a epidemia continua no norte.
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