07/11/2007 09h24 - Atualizado em 23/09/2015 13h18

Programa de Rastreamento do Câncer de Pele já atendeu mais de 2.900 pessoas em 2007

O Programa de Rastreamento do Câncer de Pele nos Lavradores Pomeranos já atendeu 2.908 pessoas e identificou 410 lesões de câncer ou pré-cancerígenas em 2007. Os dados, resultados e o programa serão apresentados nesta quarta-feira (07) como parte do projeto Terça Científica, no auditório do Conselho Regional de Medicina (CRM) do Espírito Santo, às 14 horas.

O tema da apresentação é “20 anos de Rastreamento de Câncer de Pele nos Lavradores Pomeranos – ES”, resultado de um trabalho que vem sendo desenvolvido pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), com a ajuda de secretarias municipais de Saúde e da Igreja Luterana.

Em 2005 a equipe médica atendeu 4.080 pessoas da comunidade pomerana e identificou 441 lesões cancerígenas. Já em 2006 foram atendidas 3.346 pessoas e diagnosticados 386 casos de câncer de pele. O programa atende a 11 municípios: Vila Pavão, Vila Valério, Itarana, Itaguaçu, Domingos Martins, Santa Maria de Jetibá, Baixo Guandu, Afonso Cláudio, Laranja da Terra, Pancas e São Roque do Canaã.

O programa

O projeto de rastreamento do câncer de pele na população pomerana do Estado completa 20 anos em 2007. A idéia do trabalho surgiu quando o médico dermatologista Carlos Cley Coelho, do Hospital das Clínicas, percebeu o grande número de descendentes de pomeranos com lesões cancerígenas. O câncer de pele corresponde a 25% dos tumores malignos registrados no Brasil e, quando detectado no início, tem grandes chances de cura.





A coordenadora de Dermatologia Sanitária da Sesa, Rita de Cássia Cunha Rocha, participa do projeto desde 1989. Para ela, o programa está fazendo a diferença nessas comunidades. “Quando comecei, vi cânceres imensos, invadindo estruturas vitais, como o olho. Hoje conseguimos detectar lesões menores, no início”, salienta.

De acordo com a médica, uma média de 10% da população que procura a equipe médica do projeto tem lesões pré-cancerígenas ou câncer de pele. “Eles têm a pele sensível por hereditariedade e tomam muito sol trabalhando nas lavouras”, disse. Parte do trabalho feito pela equipe é de educação, ensinando a população a se proteger com bonés e calça na hora do trabalho.







Segundo Rita de Cássia Cunha Rocha, hoje o trabalho se tornou um programa, com uma estrutura maior e muitos profissionais participando. Ao todo são dois cirurgiões plásticos, quatro dermatologistas e dois enfermeiros, além dos motoristas que transportam o grupo e os equipamentos. “Nós temos ainda 30 alunos de medicina e três de enfermagem da Ufes que trabalham com a gente”.

Profissionais da Igreja Luterana e das secretarias municipais de Saúde também participam do programa. “Com essa equipe, que é grande, atendemos aproximadamente 400 pessoas em dois dias de trabalho”, falou a dermatologista.

Para identificar a lesão primeiramente é feito um exame clínico. Quando o diagnóstico é positivo, o médico abre uma ficha com o estilo de vida da pessoa, o procedimento e o resultado. A retirada do tumor é feita na hora, pelos cirurgiões plásticos. Quando é diagnosticado o melanoma cutâneo, que pode levar a morte, o paciente é encaminhado para o Hospital Santa Rita, referência no tratamento do câncer.







O atendimento oferecido pelo programa acontece sempre nos fins de semana. O próximo município a ser visitado é Santa Maria de Jetibá, nos dias 24 e 25 deste mês. Nos dias 15 e 16 de dezembro será a vez da comunidade de Parajú, em Domingos Martins, receber a equipe médica.

A Terça Científica é um espaço criado pelo Núcleo de Análise, Situação e Tendências para a apresentação de trabalhos, projetos e pesquisas, que acontece sempre na primeira terça-feira do mês. Neste mês o evento acontecerá na quarta-feira devido a conflitos na agenda dos participantes. O objetivo é discutir os trabalhos e incentivar a pesquisa. A entrada é gratuita.



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