08/08/2008 16h16 - Atualizado em
23/09/2015 13h21
Sesa interdita centro cirúrgico da Clínica Kuster em Vila Velha
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) interditou, na tarde desta sexta-feira (08), o centro cirúrgico da Clínica Kuster, em Vila Velha. O estabelecimento apresentou quatro casos confirmados de infecção causada por micobactéria de crescimento rápido (MCR). No primeiro, o microorganismo foi classificado como Mycobacterium abscessus do tipo 1. Os outros três ainda vão passar por análise para especificação do tipo.
A medida dá continuidade às ações de caráter preventivo, cautelar e de garantia da saúde pública adotadas pela Secretaria, em comum acordo com o Ministério Público Estadual (MPE), com a Sociedade Brasileira dos Cirurgiões Plásticos - Regional Espírito Santo (SBCP-ES) e com o Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Espírito Santo (Sindhes).
As confirmações surgiram após cinco tipos diferentes de cirurgias: um caso é de lipoenxertia; dois casos após lipoaspiração, implante mamário e abdominoplastia e, o outro se desenvolveu depois de uma mamoplastia com uma lipoaspiração.
O secretário de Estado da Saúde, Anselmo Tozi, informou que a equipe da Vigilância Sanitária Estadual esteve na clínica e coletou vários tipos de amostras para análise, como água do centro cirúrgico, cânulas e filtro de ar-condicionado, entre outros itens. “Neste momento, a clínica foi interditada por tempo indeterminado. Ninguém será submetido a um procedimento na clínica enquanto não se souber o que ocorre. A interdição foi realizada para oferecer segurança e tranqüilidade aos pacientes”.
“A Secretaria aguarda a identificação da espécie de micobactéria, um processo que pode levar alguns dias para ocorrer. No local não houve um caso isolado, por isso foi decidido suspender por completo os procedimentos”, informou Tozi. O secretário disse ainda que serão tomadas providências sempre que houver sinal que evidencie um problema, como ocorreu neste caso.
Além das confirmações, mais seis pacientes com sintomas suspeitos foram encontrados, na busca ativa realizada pela clínica, e notificados à Sesa. O material biológico foi recolhido e está em análise no Laboratório Central (Lacen). Assim como ocorreu com os estabelecimentos envolvidos no surto de 2007, a Sesa solicitou à Clínica Kuster que fizesse a busca dos pacientes submetidos à lipoaspiração e lipoenxertia, no período de janeiro a julho de 2008.
Também estão em análise laboratorial amostras de mais cinco suspeitas notificadas à Secretaria por outros estabelecimentos. Se confirmadas, as instituições também farão busca dos seus pacientes. Portanto, o número total de ocorrências em investigação é 11.
Suspensão mantida
A suspensão dos procedimentos de lipoaspiração e lipoenxertia no Espírito Santo, anunciada na última terça-feira (06), foi publicada no Diário Oficial (DIO), nesta sexta-feira (08), com informações para os estabelecimentos. O retorno das cirurgias está condicionado à avaliação, pela Sesa, dos protocolos de limpeza e esterilização de todos os hospitais e clínicas que realizam o procedimento. Até a tarde desta sexta-feira (08) sete documentos foram entregues à Secretaria. A medida foi tomada em comum acordo entre a Sesa, o MPE, a SBCP-ES e o Sindhes.
Fiscalizações
Ao todo, as fiscalizações realizadas entre o dia 18 de julho e 05 de agosto, 41 instituições da Região Metropolitana de Vitória e do interior que realizam os procedimentos passaram por investigação. Além de amostras de cânulas com resíduos, foram recolhidos também outros materiais presentes no centro cirúrgico.
O Lacen estabeleceu um protocolo específico para exames de todas as amostras de instrumental cirúrgico recolhido, e está fazendo estudos para descobrir se existem microorganismos nos equipamentos.
Apreensão
A ação de apreensão preventiva de materiais cirúrgicos foi determinada após a confirmação de um caso de contaminação por micobactéria (Mycobacterium abscessus do tipo 1) na Clínica Kuster em Vila Velha, diferente da que causou um surto em 2007, a Mycobacterium massiliense do tipo 2. No dia 15 de julho, a instituição teve as cirurgias de lipoaspiração e lipoenxertia suspensas.
A Coordenação Estadual de Controle de Infecção Hospitalar (CECIH) da Sesa está analisando os protocolos de limpeza e esterilização desses procedimentos, entregues pelos estabelecimentos.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Ana Paula Costa/Jucilene Borges/Marcos Bonn/Raquel d’Ávila/Syria Luppi
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307 / 9969-8271 / 9943-2776 / 9983-3246
asscom@saude.es.gov.br
A medida dá continuidade às ações de caráter preventivo, cautelar e de garantia da saúde pública adotadas pela Secretaria, em comum acordo com o Ministério Público Estadual (MPE), com a Sociedade Brasileira dos Cirurgiões Plásticos - Regional Espírito Santo (SBCP-ES) e com o Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Espírito Santo (Sindhes).
As confirmações surgiram após cinco tipos diferentes de cirurgias: um caso é de lipoenxertia; dois casos após lipoaspiração, implante mamário e abdominoplastia e, o outro se desenvolveu depois de uma mamoplastia com uma lipoaspiração.
O secretário de Estado da Saúde, Anselmo Tozi, informou que a equipe da Vigilância Sanitária Estadual esteve na clínica e coletou vários tipos de amostras para análise, como água do centro cirúrgico, cânulas e filtro de ar-condicionado, entre outros itens. “Neste momento, a clínica foi interditada por tempo indeterminado. Ninguém será submetido a um procedimento na clínica enquanto não se souber o que ocorre. A interdição foi realizada para oferecer segurança e tranqüilidade aos pacientes”.
“A Secretaria aguarda a identificação da espécie de micobactéria, um processo que pode levar alguns dias para ocorrer. No local não houve um caso isolado, por isso foi decidido suspender por completo os procedimentos”, informou Tozi. O secretário disse ainda que serão tomadas providências sempre que houver sinal que evidencie um problema, como ocorreu neste caso.
Além das confirmações, mais seis pacientes com sintomas suspeitos foram encontrados, na busca ativa realizada pela clínica, e notificados à Sesa. O material biológico foi recolhido e está em análise no Laboratório Central (Lacen). Assim como ocorreu com os estabelecimentos envolvidos no surto de 2007, a Sesa solicitou à Clínica Kuster que fizesse a busca dos pacientes submetidos à lipoaspiração e lipoenxertia, no período de janeiro a julho de 2008.
Também estão em análise laboratorial amostras de mais cinco suspeitas notificadas à Secretaria por outros estabelecimentos. Se confirmadas, as instituições também farão busca dos seus pacientes. Portanto, o número total de ocorrências em investigação é 11.
Suspensão mantida
A suspensão dos procedimentos de lipoaspiração e lipoenxertia no Espírito Santo, anunciada na última terça-feira (06), foi publicada no Diário Oficial (DIO), nesta sexta-feira (08), com informações para os estabelecimentos. O retorno das cirurgias está condicionado à avaliação, pela Sesa, dos protocolos de limpeza e esterilização de todos os hospitais e clínicas que realizam o procedimento. Até a tarde desta sexta-feira (08) sete documentos foram entregues à Secretaria. A medida foi tomada em comum acordo entre a Sesa, o MPE, a SBCP-ES e o Sindhes.
Fiscalizações
Ao todo, as fiscalizações realizadas entre o dia 18 de julho e 05 de agosto, 41 instituições da Região Metropolitana de Vitória e do interior que realizam os procedimentos passaram por investigação. Além de amostras de cânulas com resíduos, foram recolhidos também outros materiais presentes no centro cirúrgico.
O Lacen estabeleceu um protocolo específico para exames de todas as amostras de instrumental cirúrgico recolhido, e está fazendo estudos para descobrir se existem microorganismos nos equipamentos.
Apreensão
A ação de apreensão preventiva de materiais cirúrgicos foi determinada após a confirmação de um caso de contaminação por micobactéria (Mycobacterium abscessus do tipo 1) na Clínica Kuster em Vila Velha, diferente da que causou um surto em 2007, a Mycobacterium massiliense do tipo 2. No dia 15 de julho, a instituição teve as cirurgias de lipoaspiração e lipoenxertia suspensas.
A Coordenação Estadual de Controle de Infecção Hospitalar (CECIH) da Sesa está analisando os protocolos de limpeza e esterilização desses procedimentos, entregues pelos estabelecimentos.
Informações à Imprensa:
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