05/07/2010 09h06 - Atualizado em 23/09/2015 13h27

Sesa oferece tratamento para os casos graves de apneia obstrutiva do sono

Ronco durante a noite e sonolência durante o dia. Estes dois sintomas corriqueiros, quando associados, podem significar a ocorrência de apneia obstrutiva do sono. Esta síndrome, quando grave, aumenta o risco de ocorrência de diversas doenças cardiovasculares. Para esses casos, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) oferece tratamento gratuito por meio do Programa de Apneia Obstrutiva do Sono Grave, o primeiro criado no Brasil para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo a coordenadora do Programa, a pneumologista Roberta Barcellos Couto, a apneia obstrutiva do sono é caracterizada pela obstrução parcial ou completa da via aérea superior durante o sono. “Quando dormimos, os músculos relaxam, inclusive os da garganta. Acontece que em algumas pessoas este relaxamento é maior, ocasionando o ronco e pausas recorrentes da respiração durante o sono”, explica a médica, especialista em medicina do sono.

As paradas respiratórias fazem com que a pessoa acorde a todo o momento, gerando um sono fragmentado e, por isso, de baixa qualidade, fazendo com que ela se sinta cansada durante o dia todo. Dor de cabeça e indisposição geral também são queixas comuns nesses pacientes. Mas este não é o principal problema, alerta a médica. “A apneia grave é um fator de risco para diversas doenças cardiovasculares”.

Roberta explica que com a queda de oxigênio no sangue causada pela síndrome, o coração acaba trabalhando mais durante o sono, aumentando a pressão sanguínea. “A longo prazo, isso pode acarretar pressão alta, infarto, arritmia, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e até diabetes”, enumera a coordenadora.

Tratamento

A síndrome não tem cura, mas há vários tipos de tratamento dependendo da gravidade de cada caso. Para os mais leves, por exemplo, são recomendados exercícios de fonoaudiologia. Já para os pacientes que apresentam casos graves é necessário fazer uso de um aparelho chamado CPAP. A sigla em inglês significa Pressão Positiva Contínua na Via Aérea.

São esses os aparelhos oferecidos gratuitamente aos pacientes do Programa da Sesa. “Trata-se de um equipamento eletrônico que, ligado por uma máscara ao nariz do paciente, insufla um ar abrindo a garganta, auxiliando na sua respiração”, explica a médica. Se fosse adquirido na iniciativa privada, ao aparelho custaria ao paciente aproximadamente R$ 2 mil.

Desde a inauguração do programa, em 2008, até hoje, 233 pessoas já foram beneficiadas com o aparelho. Destes, 222 ainda fazem uso dele e são acompanhados pelos profissionais da Sesa. Os demais abandonaram o tratamento por conta própria ou tiveram alta por obterem melhora. Para ter acesso ao tratamento, o paciente deve ser encaminhado pelo médico de unidade básica de saúde ou de consultório particular com a indicação de uso de CPAP. Se os critérios para o uso do aparelho forem preenchidos, o paciente é então incluído no programa.

O Programa de Apneia Obstrutiva do Sono Grave da Sesa funciona no CRE Metropolitano, que fica na Rod. BR 262, Jardim América, Cariacica, de segunda a sexta-feira, das 07 às 16 horas.

Informações à Imprensa:
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