06/01/2012 15h12 - Atualizado em
23/09/2015 13h32
Sesa orienta população sobre cuidados para evitar doenças relacionadas à chuva

Com as chuvas intensas que caem no Espírito Santo, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) faz um alerta à população para os cuidados que precisam ser tomados para evitar o contágio de doenças transmitidas pelo contato direto com a água contaminada. Entre elas estão a leptospirose, a hepatite A, a febre tifoide e a diarreia. Quem mora em locais que foram alagados deve ficar atento e seguir algumas orientações.
O coordenador do Centro de Emergências em Saúde Pública da Sesa, Gilton Almada, orienta que seja evitado ao máximo o contato direto com águas de inundações ou enchentes. Quem vive em áreas onde o acesso ao saneamento básico é baixo e que constantemente ficam alagadas deve ter o cuidado redobrado. A dica é sempre proteger o pé (com calçados ou até mesmo plástico), evitar contato com roedores (os principais transmissores), lavar bem os alimentos, ter cuidado com a água ingerida e evitar acúmulo de entulhos em terrenos baldios.
Uma das principais medidas para prevenir o aparecimento de doenças é não utilizar ou ingerir água de poços, fontes ou minas que foram invadidos por alagamentos ou enchentes. A água não deve ser aproveitada sem um prévio tratamento por fervura ou por hipoclorito de sódio a 2,5%.
As pessoas que tiveram casas ou estabelecimentos inundados devem desinfectar o ambiente - todas as paredes, pisos e utensílios - com água sanitária (veja as orientações ao fim do texto).
Proteção
“Pessoas afetadas por inundações devem ter cuidado com alimentos. Os que não forem enlatados ou engarrafados têm que ser descartados, e as latas devem ser limpas com água sanitária”, explica Gilton Almada.
Ao lavar o ambiente com água sanitária, deve-se usar proteção nos pés e mãos. Se não houver botas e luvas, pode-se utilizar sacolas plásticas para evitar contato direto com a água suja.
Mas quem já entrou em contato com água de alagamentos ou inundações deve ficar atento se apresentar dor de cabeça, dor no corpo e náuseas, sintomas comuns a doenças como leptospirose, hepatite A, febre tifóide e diarréia.
“Nesse caso, a pessoa pode procurar atendimento na unidade de saúde municipal mais perto de sua casa e informar ao médico que teve contato com água de enchente”, orienta Gilton.
Principais doenças
Leptospirose - é uma doença infecciosa grave, causada pela bactéria Leptospira, eliminada principalmente pela urina dos ratos. A transmissão da doença é feita por meio de contato com água ou lama contaminada. Os sintomas são febre, dor de cabeça, dor na panturrilha, fraqueza, sangramentos na pele e mucosa e insuficiência renal.
Diarreia – é causada por vírus ou bactérias. A transmissão se dá pela ingestão de água ou alimentos contaminados. Fezes moles, aumento do número de evacuações, dor de barriga, vômito, náuseas e febre podem indicar a doença.
Febre tifoide – é provocada por bactéria e está relacionada a condições ruins de saneamento básico e higiene pessoal. É transmitida por meio de água e alimentos contaminados com fezes e urina de pessoas portadoras da doença. Febre alta, dor de cabeça, mal-estar, falta de apetite, intestino preso ou diarreia estão entre os principais sintomas.
Hepatite A – é uma doença que atinge o fígado, transmitida por meio de água ou alimentos contaminados. São sintomas da hepatite A: perda de apetite, febre, dores de cabeça, dor abdominal, mucosas e pele com cor amarelada e fezes brancas.
Limpeza em caso de alagamento
Cuidados com a água para o uso doméstico: Nos alagamentos, o sistema doméstico de armazenamento de água pode ser contaminado, sendo necessária sua desinfecção. A limpeza dos reservatórios é necessária, mesmo quando os mesmos não são atingidos diretamente pela água da enchente.
Para limpar e desinfetar o reservatório (caixa d’água) recomenda-se:
- Esvaziar a caixa d’água completamente e lavá-la, esfregando bem as paredes e o fundo. Retire toda a sujeira, utilizando pá, balde e panos. Não esquecer que se deve usar botas de borracha e luvas nesta atividade;
- Após concluída a limpeza, colocar 1 litro de água sanitária para cada 1 mil litros de água do reservatório;
- Abrir a entrada para encher a caixa com água limpa;
- Após 30 minutos, abrir as torneiras por alguns segundos, com vistas à entrada da água com solução na tubulação doméstica;
- Aguardar 4 horas para a desinfecção do reservatório e canalizações;
- Abrir as torneiras, podendo aproveitar a água para limpeza em geral de chão e paredes.
Cuidados na limpeza da lama residual:
A lama dos alagamentos tem alto poder infectante e nestas ocasiões fica aderida aos móveis, paredes e chão. Recomenda-se então retirar essa lama (sempre se protegendo com luvas e botas de borracha) e lavar o local, desinfetando-o a seguir com uma solução de água sanitária na seguinte proporção: para um balde de 20 litros de água, adicionar quatro xícaras de café (copinhos de 50 ml) de água sanitária.
Cuidados com os alimentos
É essencial a atenção aos alimentos que entraram em contato com as águas de alagamento, pois poderão ser contaminados. O ideal como prevenção é armazená-los em locais elevados, acima do nível das águas. Se isto não for possível, recomenda-se:
- Manter os alimentos devidamente acondicionados, fora do alcance de roedores, insetos ou outros animais;
- Lavar frequentemente as mãos com água tratada antes de manipular os alimentos;
- Frutas em geral, verduras, legumes, arroz, feijão, soja, ervilha, entre outros, devem ser inutilizados, pois sofrem transformações quando em contato com a água de enchente;
- Carnes, peixes, leite, ovos, pão, açúcar, café, manteiga, também devem ser inutilizados, pois se contaminam facilmente pelas águas, além da natureza de suas embalagens, que geralmente são de plástico ou papel; portanto, é perigosa qualquer tentativa de aproveitamento dos mesmos.
- Linguiça, mortadela, queijos, e derivados, deverão ser também inutilizados após o contato com a água, pois sua contaminação é total devido ao tipo de embalagem, geralmente de plástico ou papel;
- As latas que estiverem amassadas, enferrujadas ou semiabertas deverão ser inutilizadas, porém, as que permanecerem em bom estado e onde se tem certeza de que não houve contato da água com os alimentos nelas contidos, poderão ser lavadas com uma solução de água sanitária na proporção de 1/100, preparada do seguinte modo: 1 litro de água sanitária para 100 litros de água, ou ½ litro de água sanitária para 50 litros de água, ou ¼ litro de água sanitária para 25 litros de água.
Medidas de prevenção
- Não jogar lixo ou objetos nos rios. Isso represa as águas, e com a chuva pode causar enchentes;
- Evite contato com água e lama de enchentes e impeça que as crianças nadem ou brinquem nesses ambientes;
- Evitar contato com água e lama, usando sempre botas e luvas de borracha, ou sacos plásticos amarrados nos pés e nos braços;
- Colocar o lixo em sacos plásticos e em recipientes tampados, para evitar a proliferação de ratos e deixar para coleta pouco antes de o lixeiro passar;
- Todo alimento exposto à água contaminada deve ser jogado fora;
- Ferver e filtrar a água de beber;
- Manter os quintais sempre limpos, evitando acumular entulhos que favoreçam o esconderijo de ratos;
- Guardar os alimentos em lugares secos e dentro de recipientes fechados;
- Colocar telas nos ralos para evitar o acesso de roedores;
- Solicitar água da empresa distribuidora de água no caso de desabastecimento;
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação/Sesa
Alessandra Fornazier/Jucilene Borges/Marcos Bonn
Texto: Alessandra Fornazier
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307 / 9983-3246 / 9969-8271 / 9943-2776
asscom@saude.es.gov.br
O coordenador do Centro de Emergências em Saúde Pública da Sesa, Gilton Almada, orienta que seja evitado ao máximo o contato direto com águas de inundações ou enchentes. Quem vive em áreas onde o acesso ao saneamento básico é baixo e que constantemente ficam alagadas deve ter o cuidado redobrado. A dica é sempre proteger o pé (com calçados ou até mesmo plástico), evitar contato com roedores (os principais transmissores), lavar bem os alimentos, ter cuidado com a água ingerida e evitar acúmulo de entulhos em terrenos baldios.
Uma das principais medidas para prevenir o aparecimento de doenças é não utilizar ou ingerir água de poços, fontes ou minas que foram invadidos por alagamentos ou enchentes. A água não deve ser aproveitada sem um prévio tratamento por fervura ou por hipoclorito de sódio a 2,5%.
As pessoas que tiveram casas ou estabelecimentos inundados devem desinfectar o ambiente - todas as paredes, pisos e utensílios - com água sanitária (veja as orientações ao fim do texto).
Proteção
“Pessoas afetadas por inundações devem ter cuidado com alimentos. Os que não forem enlatados ou engarrafados têm que ser descartados, e as latas devem ser limpas com água sanitária”, explica Gilton Almada.
Ao lavar o ambiente com água sanitária, deve-se usar proteção nos pés e mãos. Se não houver botas e luvas, pode-se utilizar sacolas plásticas para evitar contato direto com a água suja.
Mas quem já entrou em contato com água de alagamentos ou inundações deve ficar atento se apresentar dor de cabeça, dor no corpo e náuseas, sintomas comuns a doenças como leptospirose, hepatite A, febre tifóide e diarréia.
“Nesse caso, a pessoa pode procurar atendimento na unidade de saúde municipal mais perto de sua casa e informar ao médico que teve contato com água de enchente”, orienta Gilton.
Principais doenças
Leptospirose - é uma doença infecciosa grave, causada pela bactéria Leptospira, eliminada principalmente pela urina dos ratos. A transmissão da doença é feita por meio de contato com água ou lama contaminada. Os sintomas são febre, dor de cabeça, dor na panturrilha, fraqueza, sangramentos na pele e mucosa e insuficiência renal.
Diarreia – é causada por vírus ou bactérias. A transmissão se dá pela ingestão de água ou alimentos contaminados. Fezes moles, aumento do número de evacuações, dor de barriga, vômito, náuseas e febre podem indicar a doença.
Febre tifoide – é provocada por bactéria e está relacionada a condições ruins de saneamento básico e higiene pessoal. É transmitida por meio de água e alimentos contaminados com fezes e urina de pessoas portadoras da doença. Febre alta, dor de cabeça, mal-estar, falta de apetite, intestino preso ou diarreia estão entre os principais sintomas.
Hepatite A – é uma doença que atinge o fígado, transmitida por meio de água ou alimentos contaminados. São sintomas da hepatite A: perda de apetite, febre, dores de cabeça, dor abdominal, mucosas e pele com cor amarelada e fezes brancas.
Limpeza em caso de alagamento
Cuidados com a água para o uso doméstico: Nos alagamentos, o sistema doméstico de armazenamento de água pode ser contaminado, sendo necessária sua desinfecção. A limpeza dos reservatórios é necessária, mesmo quando os mesmos não são atingidos diretamente pela água da enchente.
Para limpar e desinfetar o reservatório (caixa d’água) recomenda-se:
- Esvaziar a caixa d’água completamente e lavá-la, esfregando bem as paredes e o fundo. Retire toda a sujeira, utilizando pá, balde e panos. Não esquecer que se deve usar botas de borracha e luvas nesta atividade;
- Após concluída a limpeza, colocar 1 litro de água sanitária para cada 1 mil litros de água do reservatório;
- Abrir a entrada para encher a caixa com água limpa;
- Após 30 minutos, abrir as torneiras por alguns segundos, com vistas à entrada da água com solução na tubulação doméstica;
- Aguardar 4 horas para a desinfecção do reservatório e canalizações;
- Abrir as torneiras, podendo aproveitar a água para limpeza em geral de chão e paredes.
Cuidados na limpeza da lama residual:
A lama dos alagamentos tem alto poder infectante e nestas ocasiões fica aderida aos móveis, paredes e chão. Recomenda-se então retirar essa lama (sempre se protegendo com luvas e botas de borracha) e lavar o local, desinfetando-o a seguir com uma solução de água sanitária na seguinte proporção: para um balde de 20 litros de água, adicionar quatro xícaras de café (copinhos de 50 ml) de água sanitária.
Cuidados com os alimentos
É essencial a atenção aos alimentos que entraram em contato com as águas de alagamento, pois poderão ser contaminados. O ideal como prevenção é armazená-los em locais elevados, acima do nível das águas. Se isto não for possível, recomenda-se:
- Manter os alimentos devidamente acondicionados, fora do alcance de roedores, insetos ou outros animais;
- Lavar frequentemente as mãos com água tratada antes de manipular os alimentos;
- Frutas em geral, verduras, legumes, arroz, feijão, soja, ervilha, entre outros, devem ser inutilizados, pois sofrem transformações quando em contato com a água de enchente;
- Carnes, peixes, leite, ovos, pão, açúcar, café, manteiga, também devem ser inutilizados, pois se contaminam facilmente pelas águas, além da natureza de suas embalagens, que geralmente são de plástico ou papel; portanto, é perigosa qualquer tentativa de aproveitamento dos mesmos.
- Linguiça, mortadela, queijos, e derivados, deverão ser também inutilizados após o contato com a água, pois sua contaminação é total devido ao tipo de embalagem, geralmente de plástico ou papel;
- As latas que estiverem amassadas, enferrujadas ou semiabertas deverão ser inutilizadas, porém, as que permanecerem em bom estado e onde se tem certeza de que não houve contato da água com os alimentos nelas contidos, poderão ser lavadas com uma solução de água sanitária na proporção de 1/100, preparada do seguinte modo: 1 litro de água sanitária para 100 litros de água, ou ½ litro de água sanitária para 50 litros de água, ou ¼ litro de água sanitária para 25 litros de água.
Medidas de prevenção
- Não jogar lixo ou objetos nos rios. Isso represa as águas, e com a chuva pode causar enchentes;
- Evite contato com água e lama de enchentes e impeça que as crianças nadem ou brinquem nesses ambientes;
- Evitar contato com água e lama, usando sempre botas e luvas de borracha, ou sacos plásticos amarrados nos pés e nos braços;
- Colocar o lixo em sacos plásticos e em recipientes tampados, para evitar a proliferação de ratos e deixar para coleta pouco antes de o lixeiro passar;
- Todo alimento exposto à água contaminada deve ser jogado fora;
- Ferver e filtrar a água de beber;
- Manter os quintais sempre limpos, evitando acumular entulhos que favoreçam o esconderijo de ratos;
- Guardar os alimentos em lugares secos e dentro de recipientes fechados;
- Colocar telas nos ralos para evitar o acesso de roedores;
- Solicitar água da empresa distribuidora de água no caso de desabastecimento;
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação/Sesa
Alessandra Fornazier/Jucilene Borges/Marcos Bonn
Texto: Alessandra Fornazier
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307 / 9983-3246 / 9969-8271 / 9943-2776
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