04/05/2007 12h51 - Atualizado em 23/09/2015 09h44

Termina nesta sexta-feira (04) a campanha nacional de vacinação contra gripe

Esta sexta-feira (04) é o último dia da campanha nacional de vacinação contra a gripe para a população a partir de 60 anos. Desde o dia 23 de abril, quando iniciou o período de vacinação, 183.289 idosos já foram imunizados no Espírito Santo, o equivalente a 65,07% do total. Hoje existem no Estado 281.689 idosos e a meta é vacinar 70% deste total, o que corresponde 197.182 pessoas.

As campanhas contra a gripe são realizadas desde 1999 e o Espírito Santo superou as metas do Ministério da Saúde em todos os anos. Em 2006, a população de idosos era de 277.548 pessoas e foram vacinados 248.603, alcançando 89,57% do total.

Vila Velha é o município que teve o maior número de idosos vacinados até esta sexta-feira (04): 19.277, o que corresponde a 57,7% de cobertura vacinal. E, Serra alcançou a maior porcentagem de idosos vacinados da Grande Vitória: 63.43% da cobertura, o equivalente a 13.163 pessoas.

Em Vitória, 17.710 idosos foram vacinados (61,72%) e Cariacica vacinou 12.956, o correspondente a 52,27% da cobertura. Já em Viana, 1.939 (51,27%) receberam a vacina. Nos municípios de Pancas e Brejetuba todos os idosos já foram vacinados.

A Sesa distribuiu 340 mil doses de vacinas contra a gripe para os 2.420 postos de vacinação dos municípios capixabas. Seguindo a recomendação do Ministério da Saúde, as doses foram destinadas também para a vacinação de toda a população indígena a partir de seis meses de idade.

A meta da campanha é prevenir o adoecimento e suas complicações, além de melhorar as condições de saúde da população, diminuindo o número de consultas médicas e o uso de medicamentos e hospitalizações.

Durante a campanha, os idosos recebem, além da dose contra a gripe, vacina contra tétano e difteria – para idosos que não estiverem com a caderneta de vacinação em dia - e a pneumococos – para idosos portadores de doenças crônicas, como diabetes, doenças cardíacas, pulmonares e renais.

Embora o ideal seja a vacinação de todos os idosos no Espírito Santo, ou seja, 281.689 pessoas, a meta é vacinar no mínimo 70% desta população, o que corresponde a 197.182 idosos.

A gripe é uma doença provocada pelos vírus influenza, que incide com maior freqüência na população de maior idade, levando quase sempre a sérias complicações, principalmente pneumonias, o que resulta em um grande número de internações e óbitos nesta faixa etária.

No Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), situado no Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória (Hinsg), em Vitória, também pode ser encontrada a vacina contra a gripe, que é disponibilizada para pessoas com condições especiais de saúde e que se enquadram no Protocolo de Indicações do Ministério da Saúde, e mediante solicitação e laudo médico.

Nesse Protocolo se incluem adultos, e crianças com seis meses de idade ou mais, que apresentem doença pulmonar ou cardiovascular crônicas graves, insuficiência renal crônica, diabetes melito insulino – dependente, cirrose hepática e hemoglobinopatias; adultos e crianças com seis meses de idade ou mais, imunocomprometidos ou HIV positivos; pacientes submetidos a transplantes, além de profissionais de saúde e familiares que estejam em contato com os pacientes.

Devido às características de mutação genética do vírus influenza, a cada ano a formulação da vacina necessita ser atualizada e as pessoas devem ser vacinadas novamente, mesmo que tenham participado das campanhas anteriores. A formulação da vacina que será utilizada em 2007, produzida pelo Instituto Butantan, atende às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para ser utilizada no Hemisfério Sul.

Reações

É comum as pessoas reclamarem que, depois de tomar a vacina, ficam gripadas. A coordenadora do Programa Estadual de Imunizações, Martha Casagrande, esclarece que há um mito em torno dessa idéia equivocada. A vacina é produzida por vírus mortos, fragmentados (inativados), que não se multiplicam no organismo e, portanto, não são capazes de provocar a doença. “É como se o vírus fosse morto e depois picotado. Esses fragmentos são suficientes para induzir a produção dos anticorpos, os quais vão impedir que a pessoa adoeça pela gripe”, explica.

Outro fator importante é que a vacina leva de 14 a 21 dias para começar a proteger. Então, se a pessoa se contaminar neste período, a vacina não irá impedir a doença.

Todos os tipos de vacina, apesar de serem benéficas para o organismo, não deixam de ser um agente invasor. O corpo reage como mecanismo de defesa. É nesse momento que a pessoa pode apresentar algum tipo de reação. Mas essas reações depois da vacinação não podem ser consideradas nem mesmo um resfriado.

As mais comuns são: leve mal-estar, inchaço local, febre baixa e dor no corpo, quase sempre leves e passageiras. Febre e dores no corpo poderão surgir nas primeiras 48 horas, que desaparecem em média após 72 horas. “Mas é fundamental lembrar que os incômodos da vacinação compensam os riscos de se adquirir a doença e suas complicações. Além do que a reação, no caso da gripe, é bem menor do que em outras vacinas que são produzidas com vírus vivos enfraquecidos. Exemplos do sarampo, rubéola e caxumba”, completa Martha Casagrande.

Saiba a diferença da gripe para o resfriado

Muitas pessoas que apresentam resfriados confundem com a gripe. Na verdade a gripe é causada pelo vírus influenza e apresenta sintomas muito mais intensos que os provocados pela diversos vírus que causam resfriados.

A vacina só protege contra o vírus da gripe. Então, quem toma a vacina pode pegar um resfriado. Os sintomas do resfriado são parecidos com os da gripe. O que difere é a intensidade deles. O resfriado dura até três dias e dificilmente traz complicações.

A gripe geralmente se manifesta com febre alta, dores pelo corpo, dores de cabeça, prostração, sintomas respiratórios como tosse, lacrimejamento, dor na garganta, coriza e outros. Normalmente se apresenta de forma aguda e a pessoa quase sempre não consegue exercer suas atividades diárias. A doença dura em média sete dias.

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