10/06/2019 15h42 - Atualizado em 10/06/2019 15h43

Espírito Santo já registrou três casos de tétano acidental em 2019

O tétano acidental é uma doença universal que pode acometer homens, mulheres e crianças independentemente da idade, quando suscetíveis. Ela é causada pela ação de uma exotoxina produzida pelo Clostridium tetani, encontrado na natureza sob a forma de esporo, podendo ser identificado em pele, fezes, terra, galhos, arbustos, águas putrefatas, poeira das ruas ou trato intestinal dos animais.

No Espírito Santo, os números de tétano acidental registrados anualmente nos últimos 10 anos oscilam entre 1 e 9. No entanto, este ano, de janeiro até o dia 21 de maio, foram registrados três casos, mesmo quantitativo de todo o ano de 2018.

De acordo com o Ministério da Saúde, a doença é mais comum em países em desenvolvimento e subdesenvolvidos, e a probabilidade de causar morte varia de acordo com a faixa etária do paciente, gravidade, tipo de ferimento da porta de entrada, presença de complicações respiratórias, renais e infecciosas, além da qualidade da assistência prestada. Já nos países desenvolvidos, o tétano é uma doença rara, principalmente pelo desenvolvimento social e educacional da vacinação.

A transmissão do tétano acidental ocorre, geralmente, pela contaminação de um ferimento da pele ou de mucosas. O período de incubação ocorre entre o ferimento (provável porta de entrada do bacilo) e o primeiro sinal ou sintoma, o que pode acontecer, em média, de 5 a 15 dias podendo variar de três a 21 dias. A principal forma de prevenção é a vacinação em todas as fases da vida com a vacina com componente tetânico.

“Uma das ações que recomendamos é a atualização da caderneta de vacinação contra o tétano, principalmente dos idosos e adultos do sexo masculino, tendo em vista que os casos e óbitos têm se mantido nesta população ao longo dos anos”, disse Danielle Grillo, coordenadora do Programa Estadual de Imunizações.

Os principais sinais e sintomas do tétano acidental são as contraturas musculares, a rigidez de membros, trismo (contratura involuntária da musculatura da mandíbula) e o riso sardônico (dificuldade de abrir a boca), além de dores nas costas e nos membros.  O diagnóstico do tétano é realizado clinicamente e não depende de exames de laboratório, que são feitos apenas para o controle das complicações e tratamento do paciente.

Esquema de vacinação

É preciso ficar atento ao esquema de condutas profiláticas de acordo com o tipo de ferimento e situação vacinal. 

Para adolescente sem comprovação vacinal para tétano (tetra, penta, DTP, DTPa, hexa, dTpa, DT ou dT) é preciso  administrar três doses com intervalo de 60 dias entre as doses. Para aqueles que já receberam, anteriormente, três doses ou mais da vacina com o componente tetânico, deve ser administrado uma dose de reforço 10 anos após a última dose, e depois reforçar essa dose a cada 10 anos.

No entanto, em casos de ferimentos com alto risco para o tétano e comunicantes de casos de difteria, é preciso antecipar a dose de reforço quando a última dose foi administrada há mais de cinco anos.

Em caso de esquema vacinal incompleto, não reiniciar o esquema, apenas completá-lo conforme situação encontrada.

Os adultos sem comprovação vacinal para tétano devem administrar três doses da vacina com intervalo de 60 dias entre as doses. Aqueles que já receberam, anteriormente, três doses ou mais da vacina com o componente tetânico, devem administrar uma dose de reforço 10 anos após a última dose, com repetição da dose a cada 10 anos.

Em casos de ferimentos com alto risco para o tétano e comunicantes de casos de difteria, deve-se antecipar a dose de reforço quando a última foi administrada há mais de cinco anos.

Em caso de esquema vacinal incompleto, não é preciso reiniciar o esquema, apenas completá-lo conforme situação encontrada.

  • Gestantes NÃO vacinadas previamente: administrar duas doses de vacinas contendo toxoide tetânico e diftérico e uma dose contendo os componentes de difteria, tétano e coqueluche, com intervalo de 60 dias entre as doses - administrar duas doses de dT e uma de dTpa (a partir da 20ª semana).
  • Gestantes vacinadas com uma dose de dT: administrar uma dose de dT e uma dose de dTpa (a partir da 20ª semana de gestação) com intervalo de 60 dias entre as doses;
  • Gestantes vacinadas com duas doses de dT: administrar uma dose da dTpa a partir da 20ª semana de gestação;
  • Gestantes vacinadas com três doses de dT: administrar uma dose de dTpa a partir da 20ª semana de gestação;
  • Gestantes vacinadas com três doses de dT e com dose de reforço: administrar uma dose de dTpa a partir da 20ª semana de gestação;
  • Gestantes vacinadas com pelo menos uma dose de dTpa: se aplicou dTpa em gestação anterior, aplicar dTpa na gestação atual a partir da 20ª semana de gestação e seguir as orientações acima.

 

Idosos sem comprovação vacinal para tétano devem administrar três doses da vacina, com intervalo de 60 dias entre as doses.

Adultos que já receberam anteriormente três doses ou mais da vacina com componente tetânico, devem administrar uma dose de reforço 10 anos após a última dose. É necessário realizar doses de reforço da vacina a cada 10 anos.

Em casos de ferimentos com alto risco para o tétano e comunicantes de casos de difteria, antecipar a dose de reforço quando a última dose foi administrada há mais de cinco anos.

Em caso de esquema vacinal incompleto, não reiniciar o esquema, apenas completá-lo conforme situação encontrada.

 

 

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