No encontro, Hartung ressaltou que o Governo do Estado e prefeituras estão desenvolvendo uma série de medidas administrativas e práticas para combater e prevenir o mosquito Aedes Aegypti. Porém, destacou ser necessária a participação da sociedade, e neste sentido, considera fundamental a participação de lideranças religiosas. "Celebro a adesão destes grandes líderes do nosso Estado que podem auxiliar nesta importante mobilização para conscientização da população neste enorme desafio que estamos enfrentando”, disse.
“O seguimento evangélico é muito representativo. Os principais líderes evangélicos do Estado, de várias denominações, estiveram presentes nesta reunião de hoje. Os evangélicos representam, cerca de 85% da população, sendo assim um canal direto do púlpito da igreja com a sua membresia, falando dos cuidados que a população tem que ter e o perigo que é este mosquito, que está assustando a toda a sociedade”, destacou o pastor Reginaldo Almeida.
No encontro dessa manhã, o secretário de Saúde, Ricardo de Oliveira, mostrou um cenário da dengue, chinkugunya e zika vírus tanto em nível estadual quanto nacional. Para ele, o fato de o país estar enfrentando uma doença – no caso do zika vírus – ainda totalmente desconhecida para a área de pesquisadores e especialistas médicos, traz uma preocupação muito grande e é preciso encarar a situação de uma forma altamente responsável.
“Nós do Governo estamos buscando todos os meios possíveis para não perdermos essa briga. Entretanto, é fundamental que cada setor nos ajude a conscientizar o maior número de pessoas para a importância de combatermos o foco do mosquito. Os pastores são lideranças importantíssimas, que podem dar uma contribuição considerável”, avalia Ricardo de Oliveira.
O secretário voltou a lembrar que o Espírito Santo vinha apresentando uma média de três casos de microcefalia por ano. Este número, disse Ricardo de Oliveira, permaneceu até outubro desse ano inalterado. “Agora em dezembro, já são 14 casos de microcefalia. Tem relação com o zika vírus? Não sabemos. Então, não podemos descansar”, disse.
Ricardo de Oliveira também lembrou que o governador Paulo Hartung decretou que todos os prédios públicos ligados ao Governo do Estado tenham um síndico e que, toda segunda-feira, ele passe em cada ponto para ver se encontra focos do Aedes aegypti. “Sabemos que mais de 70% dos focos estão nas residências, mas temos de dar o exemplo e fazermos a nossa parte”.
Números
Até a última quinta-feira (10) o Espírito Santo registrou 376 casos suspeitos de infecção pelo zika vírus, sendo cinco confirmados laboratorialmente (04 em Vitória e 01 em Vila Velha). Foram notificados 14 bebês, entre nascidos e em gestação, diagnosticados com microcefalia, mas ainda sem confirmação de relação com o zika vírus.
Exército
Os militares lotados no 38º Batalhão de Infantaria, em Vila Velha, estão nas ruas com os agentes municipais de saúde realizando o combate ao vetor da dengue, zika virus e chikungunya, seguindo indicação de prioridade dos municípios. As ações contam com apoio de 30 militares e acontecem a partir das 8 horas, sempre acompanhados pelos agentes municipais.
Confira programação:
15/12: Serra – Feu Rosa
16/12: Vitória – Jardim Camburi
17/12: Vitória – Tabuazeiro
18/12: Vitória - Jardim Camburi
Ações governamentais
- Apoio de lideranças evangélicas no combate ao Aedes aegypti;
- Reunião na Cúria Metropolitana de Vitória para apoio das paróquias da igreja Católica no combate ao Aedes aegypti;
- Reunião do Gabinete de Monitoramento de combate ao Aedes aegypti;
- Atualização dos dados referentes à dengue e zika;
- Reunião com maternidades para orientação;
- Autorização do apoio do Exército no combate ao mosquito;
- Envio de Projeto de Lei para a Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (08), solicitando liberação de recursos provenientes dos royalties do petróleo para que os municípios combatam o mosquito Aedes aegypti;
- Decreto 2156-S, assinado pelo governador Paulo Hartung, determina que a segunda-feira seja o dia obrigatório de fiscalização de possíveis focos do Aedes aegypti nas áreas internas e externas de todos os edifícios públicos do Poder Executivo;
- Decreto de situação de emergência, publicado no Diário Oficial do Estado do Espírito Santo (DIO-ES) na segunda-feira (07);
- Participação do Exército nas ações de combate ao mosquito Aedes aegypti;
- Organização do Gabinete de Monitoramento da crise formado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e secretarias municipais de Saúde. Toda sexta-feira este comitê se reunirá para avaliar o cenário e definir as prioridades;
- Formação de um comitê de especialistas para monitoramento da situação (sociedade de obstetrícia, pediatria, infectologia, neurologia e especialista da Sesa);
- Estabelecimento de parceria com o Núcleo de Doenças Infecciosas (NDI) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) para realização de exames de diagnóstico;
- Envolvimento com as secretarias de Governo parceiras para o combate ao vetor – Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Secretaria de Governo (Seg) e Secretaria Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano (Sedurb);
- Mobilização das escolas para conscientização dos pais de ações para combate ao mosquito;
- Solicitação ao Ministério da Saúde de fornecimento de insumos e equipamentos para a realização de exames no Laboratório Central da Sesa;
- Solicitação ao Ministério da Saúde de inseticidas para ações emergenciais
- Intensificação da mobilização social;
- Mutirão de capacitação em todo o Estado para médicos e enfermeiros de manejo clínico para Dengue, Chikungunya e Zika Vírus;
- Frota de veículo disponível com equipamento UBV;
- Bombas costais a serem utilizadas em áreas com surto/epidemia;
- Campanha na mídia alertando a população acerca dos riscos e informação sobre a importância de controlar o vetor;
- Identificação de servidores para atuar como síndicos em prédios públicos, com conscientização de toda a equipe de governo.
Ações voltadas para gestantes
- Fluxo de atendimento à gestante permanece o já existente da rede materno-infantil;
- Solicitação ao Ministério da Saúde da inclusão do repelente na Relação Nacional de Medicamentos (Rename) e o fornecimento imediato de 50 mil unidades;
- Reunião com maternidades.
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