03/06/2019 10h23 - Atualizado em 03/06/2019 10h58

“Sempre falo para serem doadores, que é importante para salvar vidas, como salvou a minha”, diz receptora

Há dois anos Jussara Tonini passou três meses à espera de um coração. Foram de 13 anos tratando a miocardiopatia dilatada, doença que impede o bombeamento eficaz de sangue para o corpo, quando teve uma piora.

A cirurgia aconteceu no dia 18 de maio de 2017, data que, para ela, é o dia em que nasceu de novo. Hoje, aos 47 anos, leva uma vida normal. Vai à academia, cuida da casa, toma os remédios indicados – que retira na Farmácia Cidadã Estadual, na Serra.

Para ela, ficou o sentimento de gratidão e a conscientização para a doação de órgãos. “Hoje eu converso com minha família e meus amigos, tiro dúvidas e sempre falo para serem doadores, que é importante para salvar vidas, como salvou a minha”, disse.

Jussara contou que antes da doença nunca havia pensado em ser uma doadora. Hoje o pensamento é outro: “Se eu puder, também quero ser uma doadora”, garantiu.

Segundo a coordenadora da Central Estadual Transplante do Espírito Santo, Maria Machado, é preciso pensar sobre essas possibilidades, uma vez que “a qualquer momento podemos ser acometidos por uma condição que necessite de um transplante”, explicou.

Durante as palestras sobre doação de órgãos ministradas por ela, duas perguntas são feitas: você já pensou em ser doador de órgãos? Caso precise, gostaria de receber um órgão?

E o resultado é surpreendente. “Muitos não conhecem o processo de captação e doação, mas através das orientações, passam a entender”.

Neste momento da palestra, Maria chama para a reflexão: de que lado da fila nós queremos estar? Do lado da família doadora ou da pessoa que aguarda por um órgão?

Jussara estava no lado de quem aguarda por um órgão e recebeu não só um coração novo, como também uma vida nova. “Precisava de ajuda para tudo. Tomar banho, me alimentar, absolutamente tudo. Meu coração piorou muito. Foi quando entrei na fila. Foram três meses de espera. No último dia de antibiótico, quando estava pronta para ter alta e ir para casa, o coração chegou. A emoção foi tanta que perdi a voz e só conseguia chorar”, lembra Tonini.

 

Retrospecto do mês de maio

Não tem tempo ruim para a equipe da Central de Transplante do Espírito Santo. Ao receber o chamado, eles estão a postos para, no menor tempo possível, fazer o traslado dos órgãos captados, de norte a sul do Estado até a Grande Vitória.

A exemplo disto foi sábado (18), cuja ajuda da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi essencial para o transporte de um coração, diante da forte chuva que causou diversos transtornos na Grande Vitória.

No Espírito Santo, até a quarta-feira (22), a Central Estadual de Transplantes registrou 154 transplantes de órgãos. Já em 2018, foram realizados de janeiro a abril 123 transplantes. Em relação à espera, a Central registrou, até a última quarta-feira (29), três pessoas à espera de um coração, 166 pessoas aguardando por um transplante de córneas, 32 precisando de doação de fígado e 954 à espera de um rim.

 

Como ser um doador?

É preciso conversar com a família e comunicar o desejo de ser um doador de órgãos. “Basta comunicar à sua família que diante do diagnóstico de morte, o seu desejo é de ser doador”, explica Maria Machado, uma vez que, diante da legislação brasileira, a doação só ocorre com a autorização dos familiares.

 

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