Servidor da Sesa vai ajudar a controlar febre amarela na África
O coordenador do Centro de Emergências em Saúde Pública da Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo (Sesa), Gilton Almada, viaja nesta quarta-feira (22) para Angola, onde participará de uma força-tarefa da Organização Mundial de Saúde (OMS) durante seis semanas. Lá, ele vai ajudar na organização das ações de vigilância contra a febre amarela urbana, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. O país africano vive uma epidemia desde dezembro e já registrou mais de 300 mortes pela doença.
Almada foi escolhido em um processo seletivo realizado pela OMS que considerou, entre outros fatores, a formação na área de vigilância epidemiológica e a experiência nesse campo de trabalho. O servidor viaja junto com outros cinco profissionais: dois brasileiros, um argentino, um finlandês e um italiano. Esta será a primeira experiência de Gilton Almada em uma missão internacional. Para ele, uma oportunidade grandiosa de aprendizado e intercâmbio profissional.
“Acredito que será muito bom trabalhar com instituições governamentais internacionais de saúde, atuar na vigilância epidemiológica em outro país e aproveitar a integração com profissionais de diferentes países. Espero, ainda, trazer para o nosso contexto alguma ferramenta de trabalho que a OMS utiliza em epidemias e surtos”, comentou o servidor estadual.
Segundo Gilton Almada, a Angola está passando por uma grande epidemia de febre amarela em meio urbano, com óbitos registrados em cerca de 10% da população infectada. A doença tem avançado para fronteiras com outros países, como a República do Congo. O profissional da Sesa contou que entre suas atribuições na missão estão: fazer busca ativa de casos suspeitos e encaminhar os pacientes para tratamento e organizar as ações de vigilância epidemiológica contra a febre amarela nos distritos, o que inclui fazer a capacitação dos profissionais angolanos.
Experiência
O último caso de febre amarela urbana no Brasil ocorreu no Acre em 1942. Desde então o país não registra transmissão da doença no meio urbano. O coordenador do Centro de Emergências em Saúde Pública da Sesa explicou que o Espírito Santo é uma área livre de febre amarela, mas de risco potencial, assim como outros estados. Isso porque continua presente, na maior parte do território brasileiro, a febre amarela silvestre, inclusive com registro de óbitos.
Conforme explicou Almada, o reservatório da febre amarela silvestre é o macaco. Assim, pessoas que fazem ecoturismo ou que entram em matas por algum outro motivo correm o risco de serem picadas pelo mosquito Haemagogus infectado e contrair a doença. De volta à área urbana, essas pessoas podem ser picadas pelo Aedes aegypti, podendo dar início à reurbanização da doença.
De acordo com o coordenador do Centro de Emergências em Saúde Pública da Sesa, o controle da febre amarela urbana passa pela eliminação do mosquito Aedes aegypti, um trabalho muito semelhante ao que se faz para controlar a dengue e a zika.
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