Encontro discute o combate à tuberculose no Espírito Santo

A tuberculose é uma doença infectocontagiosa transmitida por via aérea (tosse, espirro e fala), que pode ser fatal e que progride silenciosamente. Nesse domingo (24) foi o Dia Mundial de Combate à doença. Para marcar a data, aconteceu no auditório Rosa Maria Paranhos, no Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (Hucam), em Vitória, na manhã desta segunda-feira (25), um encontro para debater o combate à tuberculose no Espírito Santo.
Na abertura do evento, secretário de Estado da Saúde, Nésio Medeiros, destacou a importância de os profissionais da área se dedicarem aos estudos sobre a doença e trabalhar no seu combate. “Vamos disparar políticas estruturantes de combate à tuberculose no Estado e continuar colaborando ainda mais com o Brasil na referência, nas políticas exitosas para que o País possa alcançar um patamar de superação a doenças como a tuberculose, a hanseníase, a doença de chagas e outras que ainda se fazem presentes”, disse.
Segundo a superintendente do Hucam, Rita Elizabete Silva, a tuberculose é uma doença grave e que não deve ser lembrada apenas no dia 24 de março. O diagnóstico deve ser uma prática diária dos profissionais de saúde. “Esse combate é um combate diário contra a propagação dessa doença. Devemos mitigar ao máximo as suas consequências. Nesse contexto, o Hucam se destaca, e como superintendente da unidade, hoje fico honrada de poder estar aqui”, afirmou.
A coordenadora do Programa de Controle da Tuberculose do Espírito Santo, Ana Paula Rodrigues Costa lembrou que a doença tem um tratamento longo, com duração de aproximadamente seis meses.
“A população tem que se atentar que a tuberculose existe e vem causando um número alto de mortes. Por isso, é preciso imediatamente procurar as unidades de saúde quando observarem os sintomas. Além disso, é importantíssima a continuidade no tratamento, pois se o paciente o abandona, é grande o risco de a doença voltar e, ainda, se tornar resistente às drogas para o tratamento”, explicou a coordenadora.
Dados e sintomas
No Espírito Santo, 60% dos casos de tuberculose estão na região metropolitana. Foram identificados 1.305 novos casos da doença em 2018, com coeficiente de incidência de 32,9 casos por 100 mil habitantes/ano e 68 pessoas morreram vítimas da doença no Estado no ano passado.
Já em 2017, o número de casos foi de 1.155, correspondendo a um coeficiente de incidência de 28,8 casos por 100 mil habitantes. Também foram registradas 68 mortes por tuberculose.
Dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) apontam ainda que, a cada 100 mil habitantes, pelo menos duas pessoas morrem vítimas de tuberculose no Estado.
Em 2017 o Estado registrou 76% de cura da doença, mas 9,5% dos pacientes abandonaram o tratamento. Já em 2016, 76% dos pacientes também ficaram curados da doença, mas o índice de abandono do tratamento foi maior, de 10,1%. Os dados de 2018 ainda estão sendo calculados.
De acordo com a coordenadora Ana Paula Rodrigues Costa o sintoma principal da doença é tosse por mais de três semanas, com ou sem catarro. No entanto, ela disse que a pessoa também deve ficar atenta a outros sintomas como febre baixa, geralmente à tarde; suor noturno; falta de apetite; perda de peso; cansaço fácil; fraqueza e dor no peito e nas costas. Se observados esses sinais, a pessoa deve buscar a unidade de saúde mais próxima de sua residência.
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