25/01/2019 18h54 - Atualizado em 25/01/2019 18h59

Hospital Infantil de Vila Velha realiza treinamento de notificação em tentativa de homicídio, violência ou abuso sexual em pacientes

Saber identificar e notificar uma tentativa de suicídio, violência ou um abuso sexual. Este foi o tema trabalhado no treinamento realizado no Hospital Estadual Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (Himaba), em Vila Velha, nesta quinta-feira (24).

A palestra contou com a participação de médicos, equipes de enfermagem do Pronto-Socorro e da Vigilância Epidemiológica, fonoaudiólogos, psicólogos e assistentes sociais que atuam no Hospital Infantil de Vila Velha.

O objetivo do treinamento mostrar, de forma prática, experiências vividas e as diversas formas de casos que chegam ao hospital com as múltiplas formas de violência, tentativas de suicídio e abusos praticados contra a criança e adolescente, para que os profissionais saibam identificar e notificar de forma correta.   

Durante o evento foram apresentados dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), que alertam para o aumento no número de tentativas e suicídios. De acordo com os dados, no Brasil, há um suicídio a cada 45 minutos, no mundo uma tentativa a cada três segundos e um suicídio a cada 40 segundos. No total chega-se a 1 milhão de suicídios no planeta.

Ainda segundo a OMS, o suicídio é a terceira maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, e a sétima entre crianças de 10 a 14 anos de idade.

Também foram apresentados dados que mostram que de outubro de 2017 a setembro de 2018, foram abertos 570 inquéritos de crimes contra a criança e adolescente. Esses dados mostram que por dia, cerca de duas crianças foram vítimas de violência no Estado de acordo com informações da Polícia Civil do Espírito Santo.   

O treinamento teve como palestrante integrante da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Edileusa Cupertino, que é especialista em Violência Contra a Criança e Adolescente pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).   

Notificação

De acordo com Edileusa Cupertino, é importante observar todos os sentidos da criança e também sinais como quadro depressivo, sintomas de transtorno mental e falas da própria pessoa que já tentou ou que possa vir a tentar tirar a própria vida. Segundo ela, o profissional deve não só ouvir o paciente, mas também a família e pessoas próximas para se fazer o diagnóstico exato do ocorrido.

“Ao receber um paciente no pronto-socorro, o profissional precisa observar tudo, dos sinais visíveis ao histórico familiar. Deve fazer uma escuta aberta para que aquele sujeito se coloque com a sua história, nem sempre existe o relato de um familiar ou do próprio paciente. Será a soma do diagnóstico mais argumentos que levará a desvendar o ocorrido”, disse.

Outro tema trabalhado no treinamento foi a violência e abuso sexual. Os participantes puderam aprender a identificar os sinais mais óbvios de violência sexual em menores, que na maioria dos casos existem marcas físicas que podem ser usadas como provas para auxiliar a Justiça. Existem situações em que a criança acaba até mesmo contraindo doença sexualmente transmissível.

“É interessante ficar atento também a possíveis traumatismos físicos, lesões que possam aparecer ou dores e inchaços nas regiões genitais", destacou Edileusa Cupertino.

Por fim os participantes foram orientados a sempre que atenderem um caso, fazer o registro e encaminhar aos órgãos responsáveis. "É sempre aconselhável acionar os organismos de garantia dos diretos, por meio do Conselho Tutelar, Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS) ou Vara da Infância e da Juventude", disse Edileusa.

 

Informações à imprensa

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