Profissionais dos Caps recebem capacitação
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Profissionais dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) das regiões Sul e Norte passaram por um processo de capacitação visando ampliar a discussão sobre as ações que podem ser desenvolvidas pelos Caps, de modo a fortalecer a atenção psicossocial nos territórios e qualificar o cuidado desenvolvido nesses serviços.
Na região Norte, o encontro aconteceu na última terça-feira (18), e reuniu 29 profissionais das equipes de referência em saúde mental dos municípios da região. No Sul, o encontro aconteceu no dia 31 de maio e reuniu 22 profissionais. As próximas capacitações serão realizadas nas regiões central e metropolitana, em agosto.
Os encontros ocorrem como um meio de atualizar os profissionais dos Caps de acordo com os procedimentos estabelecidos pela Portaria 854/SAS, de agosto de 2012, que dá as orientações gerais sobre procedimentos específicos dos Caps, definindo normas para a qualificação das informações sobre as ações desenvolvidas por esse ponto de atenção e também sobre a complexidade do serviço, especificamente as ações que fazem parte do processo de trabalho das equipes dos centros.
De acordo com a referência técnica Estadual da Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas, da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Nathalia Borba Raposo Pereira, no início deste ano alguns profissionais dos Caps apresentaram dúvidas em relação à utilização das ferramentas e registros de informação da produção, e durante um treinamento realizado junto às equipes pelo Ministério da Saúde, em maio, a Área Técnica Estadual de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas realizou um monitoramento do registro da produção dos Caps habilitados no Estado.
Ela explicou ainda que o objetivo principal das oficinas regionais sobre os procedimentos dos Caps é ampliar a discussão sobre as ações que podem ser desenvolvidas nesses locais, de modo a fortalecer a atenção psicossocial nos territórios e qualificar o cuidado desenvolvido nesses serviços.
“Percebemos que havia pouca variedade de ações registradas, sendo a maioria de foco individual. Ao discutir nos Grupos Condutores Regionais da Rede de Atenção Psicossocial (Raps), observamos que em alguns casos a produção registrada não espelhava a realidade cotidiana dos serviços, que realizavam mais ações do que as registradas. Mas observamos também que muitos profissionais apresentavam dúvidas sobre as ações que poderiam ser realizadas no âmbito do Caps”, disse Nathalia.
Segundo ela, é importante que o monitoramento dos registros de ações em saúde não tenha um fim apenas quantitativo, de conhecer o número de ações desenvolvidas em cada serviço, nem de comparar os serviços entre si, mas que tenha como finalidade permitir uma leitura crítica sobre a realidade, identificar pontos que precisam ser desenvolvidos e fundamentar a criação de estratégias que possibilitem a melhoria do cuidado integral.
“O Caps é em sua essência um serviço de base comunitária e territorial e suas ações, mais do que o atendimento individual, devem focar o fortalecimento de espaços coletivos e a articulação de outros recursos existentes no território (a rede intersetorial, por exemplo).”
Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Saúde
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