Secretaria de Estado da Saúde ministra capacitação sobre Febre do Nilo na Região Norte

A Febre do Nilo foi tema de uma capacitação ministrada nesta terça-feira (12) pela equipe da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) para profissionais de saúde da Região Norte do Espírito Santo, entre eles médicos e enfermeiros. Segundo a médica infectologista Theresa Cristina Cardoso da Silva, da Vigilância Epidemiológica da Sesa, o objetivo da capacitação não foi alarmar, mas chamar a atenção da rede de saúde para a ocorrência desta nova doença que se manifesta na região.
No Espírito Santo não há registro da doença em humanos. No Brasil, o Piauí foi o primeiro estado a registrar um caso da doença, em 2014. De acordo com a médica, a Febre do Nilo pode ter duas formas clínicas: uma similar à dengue e outras com invasão do sistema nervoso central, causando meningite, encefalite, paralisias flácidas e Síndrome de Guillain-Barré, por exemplo. “É uma doença que se manifesta da mesma forma que outras enfermidades que causam alterações neurológicas, por isso pode confundir quem está na ponta atendendo o paciente”, destacou a médica, justificando a importância de levar esclarecimentos para os profissionais.
A especialista explicou aos profissionais de saúde que eles devem pensar também na possibilidade de Febre do Nilo quando atenderem um paciente que esteja apresentando um quadro agudo semelhante à dengue, com febre, dor de cabeça, dor nos olhos e que evolua com dormência, paralisias flácidas, distúrbios da consciência, convulsão, enfim, alguns sintomas neurológicos.
A médica explicou que os sintomas neurológicos podem se manifestar logo no início do quadro ou tardiamente, até um mês depois. Neste caso, é importante que o profissional avalie a situação epidemiológica da doença, considerando se há casos em cavalos na região ou se há confirmação de circulação do vírus no local.
“Mesmo se o quadro neurológico se manifestar tardiamente, o profissional de saúde deve relacioná-lo com informações epidemiológicas. Em todos os casos é importante coletar material e notificar a suspeita para que seja feita a investigação”, reforçou a médica.
Participaram da capacitação profissionais de saúde de nove municípios da Região Norte, além de profissionais do Hospital Estadual Roberto Arnizaut Silvares, do Hospital Maternidade de São Mateus, do Hospital Meridional de São Mateus e do Hospital Menino Jesus, de Pedro Canário.
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