Ações de prevenção ao suicídio e de promoção de saúde mental marcam mês do ‘Setembro Amarelo’

O mês de setembro é marcado pela campanha do “Setembro Amarelo”, em que profissionais de saúde intensificam as ações voltadas para a saúde mental e a conscientização relacionada à importância da preservação da vida. As iniciativas na Atenção Primária à Saúde (APS), ao longo do mês, proporcionaram momentos de diálogo e acolhimento com os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e contaram com a participação de membros do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi).
Profissionais de diversas categorias que atuam no Programa Estadual de Qualificação da Atenção Primária à Saúde (Qualifica-APS) e também residentes multiprofissionais abordaram diferentes aspectos da promoção da saúde mental e da prevenção ao suicídio, alinhando as ações com a oferta de serviços nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Foram realizadas caminhadas para a conscientização a respeito do tema, rodas de conversa com a utilização de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (Pics), ações voltadas para a saúde mental dos profissionais de saúde, participação em podcast, passeio terapêutico e ida às escolas para dialogar sobre o “Setembro Amarelo”.
O ICEPi conta com Equipes Multiprofissionais Ampliadas pelo Provimento e Fixação de Profissionais e Programas de Residências Médicas em Psiquiatria nas regiões Metropolitana e Sul e com a Residência Multiprofissional em Saúde Mental, com profissionais atuando em diferentes cenários de prática para o atendimento da população.
“É um mês que reforça a importância da conscientização coletiva sobre a prevenção ao suicídio. Nesse contexto, destaca-se o papel fundamental da escuta ativa realizada pelos profissionais de saúde que atuam em todos os níveis de atenção, desde a Atenção Primária, nas UBS, até os serviços especializados, como os Centros de Atenção Psicossocial (Caps), hospitais e unidades de urgência e emergência”, explicou a chefe do Núcleo Especial da Atenção Especializada da Secretaria da Saúde (Sesa), Franciely da Costa Guarnier.
Dados preliminares da Vigilância de Violências e Acidentes da Sesa demonstram que a taxa de suicídio por 100 mil habitantes no Estado chegou a 2,86 até agosto deste ano. Em 2024, alcançou a marca de 8,90 por 100 mil habitantes.
“Promover a visibilidade da rede de apoio, seja nos serviços de saúde, nos lares, nas escolas ou em espaços públicos, é essencial para mostrar que há possibilidade de ajuda e acolhimento. Esse movimento é um passo importante para reduzir o sofrimento psíquico de pessoas que, em determinado momento da vida, enfrentam situações, como depressão, violências ou transtornos mentais”, enfatizou Franciely da Costa Guarnier.
“Se precisar, peça ajuda”
A campanha deste ano tem como tema “Se precisar, peça ajuda”, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). E alguns comportamentos são sinais de alerta para buscar ajuda, como isolamento, conversas frequentes sobre preocupações com a própria morte, sentimentos de desesperança e a expressão de pensamentos suicidas. Outras questões chamam atenção, como a falta de perspectiva ou planos para o futuro, o abuso de substâncias, como álcool, medicamentos ou outras drogas, e a vivência de eventos traumáticos.
O diretor-geral do Hospital Estadual de Atenção Clínica (HEAC), Felipe Goggi Rodrigues, reforçou que é importante estar atento a mudanças de comportamento, como tristeza intensa ou desânimo persistente, isolamento social e afastamento das atividades habituais e até alterações no sono e no apetite. “Falar sobre saúde mental é fundamental para quebrar tabus, acolher quem sofre e lembrar que pedir ajuda é um gesto de coragem”, salientou.
Os usuários do SUS podem buscar ajuda na UBS mais próxima de sua residência para receber a assistência dos profissionais e os encaminhamentos necessários. A Rede de Atenção Psicossocial (Raps), os serviços de urgência, as equipes da APS e da Atenção Especializada, como os Caps, são responsáveis pelo atendimento das pessoas em sofrimento psíquico e também por oferecer suporte e acolhimento aos familiares.
Confira os locais preparados para auxiliar:
- Centros de Atenção Psicossocial (Caps); Unidades Básicas de Saúde (UBS); Programa Saúde da Família (PSF); postos e Centros de Saúde;
- Unidades de Emergência, ligando para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192);
- Unidade de Pronto Atendimento (UPA); pronto-socorro e hospitais;
- Centro de Valorização da Vida (CVV). Ligando pelo número 188 ou acessando o site www.cvv.org.br
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