Acompanhamento da Hipertensão é fundamental para evitar complicações da doença

O histórico familiar está entre os vários fatores de risco para a hipertensão. Portanto, os filhos que têm um dos pais hipertenso apresentam maior probabilidade de desenvolver a doença. As Unidades Básicas de Saúde (UBS) espalhadas pelo Espírito Santo oferecem linha de cuidado da hipertensão e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) capacita os médicos, enfermeiros e executores dos serviços de saúde municipais, estaduais e filantrópicos.
Os hospitais da Rede Estadual e as unidades assistenciais (filantrópicas), subsidiados pelo Governo do Estado, estão distribuídos nos principais municípios da região metropolitana e interior. Nessas unidades são realizadas consultas, exames e cirurgias nos pacientes com alguma cardiopatia detectada pelas unidades de atenção básica. Além disso, os hospitais também atendem as demandas de urgências cardiológicas 24 horas, adulto e infantil.
A chefe do Núcleo Especial de Atenção Ambulatorial Especializada (Neae), Eliane Silva, explica a ordenação dos serviços fornecidos ao cidadão. “O atendimento, desde a atenção primária até o serviço da alta complexidade, nós desenvolvemos as diretrizes, aplicamos e as monitoramos. Ou seja, o Estado organiza e o município, por sua vez, é quem implanta os programas de atenção”, justificou.
Filha de hipertensa, a professora Maria da Glória Ribeiro, de 51 anos, conta que descobriu ter pressão arterial alta durante a gravidez, aos 23 anos. “Minha mãe faleceu por complicações da hipertensão, sofrendo derrames. No passado ela não teve condições de realizar tratamento preventivo devido a separação, que a fez cuidar sozinha de cinco filhos com pouco recurso financeiro. Eu descobri sofrer de arritmia cardíaca durante minha gravidez de gêmeos, mas recebi bom acompanhamento na unidade básica de saúde e nas crises fui atendida em hospitais da rede pública”, disse.
Maria da Glória Ribeiro descobriu ser hipertensa aos 23 anos de idade.
Situações vividas pela professora Maria da Glória são comuns entre a população. “Nos casos em que a hipertensão acomete o pai e a mãe, o risco do filho desenvolver pressão alta aumenta”, informou o médico cardiologista Werther Mônico Rosa, referência técnica cardiovascular da Sesa.
Prevenção
O acompanhamento do quadro de hipertensão é fundamental para evitar complicações da doença. A professora Maria da Glória continua a acompanhar sua pressão arterial e realiza consultas e exames periodicamente. Ela também realiza tratamento com medicamento.
“Mantenho uma alimentação mais saudável, preferindo o consumo de alimentos orgânicos. Sei da importância das atividades físicas, confesso que não realizo exercícios com muita frequência, mas busco fazer caminhadas e ciclismo nas horas vagas”, explicou.
Hábitos alimentares saudáveis e a prática regular de atividades físicas contribuem para um melhor desempenho cardiológico, fortalecimento do corpo e bem-estar emocional. É o caso do bacharel em Educação Física, Gabriel Boldrini, que mora no município da Serra.
Gabriel Boldrini, morador do município da Serra, pratica exercícios regularmente.
“Pratico exercícios físicos desde adolescente, mesmo antes de decidir me formar no curso superior de Educação Física. Atrelado a isso, mantenho uma alimentação equilibrada. Não deixo de comer o que quero, mas busco seguir uma rotina durante a semana e relaxo um pouco nos finais de semana. Os meus pais sempre me ensinaram a comer bem e nos horários ideais”, relatou Gabriel.
O cardiologista Werther Mônico Rosa reforça sobre a importância da prevenção. “É fundamental que a população saiba que as doenças cardiológicas são a maior causa de morte no mundo ocidental. Com o envelhecimento da nossa população, temos tendência a ter uma maior carga de doenças cardíacas que podem ser prevenidas ou ter suas complicações reduzidas com medidas preventivas. O principal é começar desde cedo o controle dos fatores de risco”, orientou.
Cardiologista Werther Mônico Rosa, referência técnica cardiovascular da Sesa.
Expectativa de vida
Segundo pesquisa divulgada em novembro de 2018 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a expectativa de vida dos brasileiros, o Espírito Santo alcançou o segundo lugar no ranking dos Estados, chegando a 78 anos, atrás apenas de Santa Catarina, que tem a maior expectativa de vida do país, com 79,4 anos. As informações são referentes ao ano de 2017.
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