O Espírito Santo está representado na 5ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (CNSTT), que teve início nessa segunda-feira (18) e prossegue até esta quinta-feira (21), no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília. O evento reúne delegações de todo o País para discutir e deliberar sobre políticas públicas voltadas à saúde no ambiente de trabalho.

A delegação capixaba é composta por 36 representantes, eleitos durante a Conferência Estadual de Saúde, conforme definição de vagas do Conselho Nacional de Saúde (CNS). Foram eleitas nove pessoas delegadas do segmento da gestão e prestadores de serviço, nove do segmento dos trabalhadores da saúde e 18 do segmento dos usuários, assegurando a representatividade prevista pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Ao longo desse processo, foram elaboradas 134 diretrizes e 520 propostas, que constituem a base do trabalho dos grupos temáticos da etapa nacional. Esses resultados são fruto de uma grande mobilização social e representam pautas coletivas que refletem as mudanças nas relações de trabalho, bem como os desafios na implementação da Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora.

Saúde do trabalhador como direito humano 

Com o tema “Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora como Direito Humano”, a 5ª CNSTT tem como propósito debater, propor e deliberar diretrizes que fortaleçam as políticas públicas de saúde, reafirmando a proteção ao trabalhador como um direito fundamental da cidadania.

As conferências de saúde cumprem um papel essencial no fortalecimento da participação social, promovendo o diálogo entre governo e sociedade, e consolidando o caráter descentralizado e integrado do SUS.

“A saúde do trabalhador e da trabalhadora é, antes de tudo, uma afirmação de humanidade. É o reconhecimento de que, por trás de cada produto, de cada serviço, de cada dado que circula na nuvem, existe alguém trabalhando. Alguém que levanta cedo, que se expõe, que adoece, que sustenta vidas”, afirmou o chefe Estadual do Núcleo Especial de Vigilância à Saúde do Trabalhador, Frederico Freitas.

As conferências são espaços que garantem que as políticas públicas de saúde sejam construídas a partir das vozes e experiências daqueles que vivenciam o mundo do trabalho. "Mais do que formular diretrizes, elas reafirmam o papel do SUS como um sistema que nasce do povo, se organizam com o povo e respondem às necessidades reais da classe trabalhadora brasileira”, falou a secretária executiva do Conselho Estadual de Saúde, Roberta Rovetta Oliveira.

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