14/09/2023 14h00 - Atualizado em 15/09/2023 10h50

Dia Mundial da sepse: HEUE recebe profissionais do Albert Einstein para semana de conscientização

O Dia Mundial da Sepse (DMS), lembrado anualmente no dia 13 de setembro, foi proposto pela Aliança Global para Sepse (Global Sepsis Alliance), em 2012 e, desde então, eventos são realizados com o objetivo de aumentar a conscientização sobre o tema em todas as partes do mundo. O Hospital Estadual de Urgência e Emergência ‘São Lucas’, em Vitória, não ficou de fora da ação global e realizou uma campanha de conscientização com a presença dos médicos Adenilton Rampinelli e Bruno Bravim, que atuam no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

As ações aconteceram na última semana, com palestras abordando diferentes aspectos da sepse, também realizaram palestras sobre o tema as enfermeiras Ana Caroline Norberto, Valerya Pereira, Ana Paula Gratz, Raquel de Alencar, a infectologista Daniela Feitosa e o intensivista Dr. Cláudio Piras.

Durante a jornada, que além das palestras contou também com ações educativas realizadas por estagiários das faculdades Unisales, Multivix e UVV, os mais de 100 profissionais da saúde que passaram pelo auditório do Hospital São Lucas tiveram acesso ao que há de mais atual sobre a sepse, conhecida também como infecção generalizada ou septicemia.

Ao contrário do que geralmente se imagina, a sepse não é uma doença, mas uma resposta inadequada do organismo contra uma infecção que pode estar localizada em qualquer órgão e ser provocada por bactérias, fungos, protozoários ou vírus.

“A sepse não tem hora, lugar ou paciente. Pode acontecer com qualquer um, a qualquer horário. Com a experiência clínica, a vivência em diversos hospitais, percebemos que a melhor saída é seguir um protocolo, ter um direcionamento e entender que ele não é só médico, você precisa ter uma equipe assistencial alinhada. E o mais importante: a sepse é nossa, não é do médico ou da UTI. É dos profissionais da saúde, da equipe multidisciplinar e precisa ser abraçada por todos”, explicou o médico Bruno Bravim, vindo de São Paulo especialmente para participar da jornada de sepse do HEUE.

Bravim pontuou ainda que “um hospital que se preocupa em fazer uma jornada como essa é um hospital que se importa com o paciente. A iniciativa do São Lucas está em sintonia com o mundo. O que estamos vivendo aqui hoje é um hospital se dedicando a salvar vidas e a conscientizar.”

A sepse mata 11 milhões de pessoas todos os anos, afetando, desproporcionalmente, crianças pequenas e outras populações vulneráveis em países de baixa renda. No Brasil, estimam-se que aconteçam 400.000 casos entre adultos e 42.000 entre crianças por ano, dos quais 240 mil adultos e 8.000 crianças infelizmente falecem, segundo dados do Ministério da Saúde.

“Os números de sepse impactam, e a sepse atinge desde o neonato até o idoso. Claro que o tempo de internação e a mortalidade mudam, de acordo com a faixa etária e as condições clínicas de cada paciente. O diagnóstico precoce na sepse é o que vai salvar vidas, por isso cabe a qualquer profissional da saúde, não só médicos, pensar em sepse. Só assim vamos conseguir diagnosticar precocemente. Por isso, a gente luta tanto pelo diagnóstico e intervenção precoce”, explicou o médico Adenilton Rampinelli, que além de atuar no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, é gestor clínico do HEUE.

Para 2023 o Instituto Latino-Americano de Sepse (ILAS) definiu como tema central, para nortear as discussões: “Antibióticos: muito além da primeira hora”. No entanto, a frase “pense, pode ser sepse”, repetida diversas vezes ao longo da jornada, é uma campanha permanente na luta contra o quadro.

“Para lutar contra a sepse a gente precisa usar as ferramentas disponíveis, o que inclui também o que estamos fazendo aqui, que é a educação continuada, que vai permitir a detecção precoce e a terapêutica correta. O antibiótico na sepse precisa ser administrado de forma rápida. Pensou em sepse, já alerta a equipe e começa a administrar o antibiótico de forma imediata”, concluiu a infectologista Daniela Feitosa. 

 

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