11/10/2024 11h00

Dia Nacional do Fisioterapeuta e Terapeuta Ocupacional: profissionais falam da experiência no SUS

Neste domingo (13), marca o Dia Nacional do Fisioterapeuta e Terapeuta Ocupacional. A data foi escolhida por representar a criação destas profissões, há 55 anos. Em homenagem a esses profissionais, a Secretaria da Saúde (Sesa) apresenta histórias de amor e dedicação daqueles que atuam diretamente promovendo a qualidade de vida dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

Além disso, nos últimos anos, a Sesa, por meio do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi), vem fortalecendo a qualificação de fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais para atuação direta no Sistema Único de Saúde (SUS), com o fomento de programas voltados à Atenção Primária à Saúde e na capacitação em serviço, com os programas de Residências Multiprofissionais.

 

A reabilitação no processo de cura

Manuela de Campos Damazio Duarte é fisioterapeuta do ambulatório do Núcleo de Trabalho de Onco-Hematologia (NT-OH) e ambulatório de Fibrose Cística, do Hospital Estadual Infantil Nossa Senhora da Glória (HINSG) e conta que escolheu a profissão pela afinidade com a área da saúde, mas também pelo caráter reabilitador que a profissão proporciona.

“Acho muito gratificante poder devolver e desenvolver habilidades que qualquer pessoa tenha perdido, especialmente as crianças muito pequenas. É incrível poder acompanhar o processo de usuários que por algum motivo tenham perdido suas habilidades e funções e saber que tenho uma parcela de responsabilidade na sua evolução, que acaba sendo um resgate na vida de cada um”, destacou a fisioterapeuta.

Já a terapeuta ocupacional do Centros de Atenção Psicossocial – CAPS Cidade, Luciana Alves de Oliveira Stein, lembra que para a sua atuação, a principal habilidade e interesse da Terapia Ocupacional é gostar de estar com pessoas. “Precisamos fazer vínculo com o público atendido e, para isso, é muito importante a boa escuta, a empatia e o interesse pela história do outro. Ser criativo também ajuda bastante quem atua na área, assim como ser otimista para pensar mais nas possibilidades do que nas dificuldades, experiências que vamos adquirindo durante a formação teórica e prática”.

Segundo a profissional, são vários os motivos que a fazem vibrar dentro do CAPS, ao atender os usuários que chegam em um momento de muita vulnerabilidade. “É um longo trabalho para criar vínculo e promover o desenvolvimento da autonomia do paciente. Mas quando essa conquista é alcançada é motivo de muita comemoração. Eu não me vejo fazendo outra coisa que não ser terapeuta ocupacional”, pontuou.

 

Atuação no dia a dia das equipes do ICEPi

A fisioterapeuta Giovana Machado Souza, docente-orientadora do Provimento das Equipes Multiprofissionais Ampliadas, do ICEPI, escolheu a profissão pela oportunidade de promover a recuperação funcional que vem atrelada ao amor e à dedicação a pessoas com limitações, sejam elas motoras e/ou respiratórias. “Ser fisioterapeuta no Provimento das equipes multiprofissionais é algo que vai além do indivíduo, é enxergar o contexto saúde-doença da população de uma determinada região e pensar no coletivo, ampliando para um trabalho multiprofissional”, disse.

Ela explicou ainda que participar da elaboração das atividades educacionais para o curso de Aperfeiçoamento na Interprofissionalidade exige uma visão macro, voltada para uma ação em equipe no território e que ao mesmo tempo desenvolva uma mudança na condição de saúde dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), especificamente na Atenção Primária. “É desafiador, mas também muito gratificante”, frisou Giovana Machado Souza.

A terapeuta ocupacional Letícia Santos Silva, que atua na Unidade Básica de Valparaíso, em Cariacica, por meio do Provimento, se apaixonou pelo curso após descobrir o quanto poderia ajudar no cotidiano de quem necessita de cuidados. Ela trabalha com uma equipe multiprofissional composta por nutricionista e enfermeira atuando no manejo de grupos, atendimento individual, visita domiciliar e promovendo ações de educação em saúde para os usuários do serviço e demais profissionais.

“O ICEPi está sendo para mim um pilar por meio do qual estou construindo o meu conhecimento sobre como me portar e atuar em uma UBS e a importância da atenção primária como base para a prevenção de comorbidades. Uma oportunidade única na minha formação, que vai me auxiliar em qualquer lugar onde estiver no futuro. Atuar na Atenção Primária está sendo muito rico para o meu desenvolvimento profissional, pois a metodologia ativa utilizada pelo ICEPi facilita o aprendizado, permitindo uma atuação mais consciente e efetiva”, ressaltou Letícia.

 

Saiba mais sobre os programas do ICEPi

Para os profissionais formados em Fisioterapia e em Terapia Ocupacional, a Secretaria da Saúde, por meio do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi), oferta programas para a qualificação e atuação no Sistema Único de Saúde (SUS) capixaba.

O Programa de Provimento, do Qualifica-APS, conta, atualmente com 44 fisioterapeutas, distribuídos em 25 municípios do Estado, além de uma terapeuta ocupacional, que trabalha em Cariacica. Os profissionais atuam em Unidades Básicas de Saúde (UBS) com as Equipes Multiprofissionais de Atenção Primária à Saúde (eMulti).

As equipes multiprofissionais do Qualifica-APS somam um total de 212 profissionais e estão presentes em 39 municípios do Estado, abrangendo 12 categorias: assistente social, educação física, enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, gerontologia, medicina, nutrição, psicologia, saúde pública e terapia ocupacional.

Além do Provimento, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais também estão presentes no Programas de Residência Multiprofissional. A coordenadora-geral dos Programas de Residências do ICEPi, Thais Maranhão, explica que são oferecidas 16 vagas anuais para fisioterapia em quatro Programas. São eles: Atenção Integral à Pessoa com Deficiência; Atenção Intensiva; Cuidados Paliativos; e Saúde da Família. No caso da terapia ocupacional, são 15 vagas anuais, em três Programas de Residência Multiprofissional: Saúde Mental; Saúde da Família; e Atenção Integral à Pessoa com Deficiência.

“Os Programas de Residência têm como objetivo formar especialistas em áreas onde há uma maior escassez de profissionais ou estratégicas do SUS capixaba. Para essas profissões, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, por exemplo, abre um campo de possibilidades com uma formação de alto padrão. “Formar profissionais já com essa visão das políticas do SUS é muito importante”, salientou Thais Maranhão.

 

 

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