11/08/2021 17h56 - Atualizado em 11/08/2021 17h57

Estado recebe oficina oferecida pela OPAS sobre morte materna

Nos dias 05 e 06 de agosto, foi realizada a 1ª Oficina da Estratégia Zero Morte por Hemorragia Materna no Estado do Espírito Santo. O evento ocorreu no auditório da Faesa, em Vitória. Uma iniciativa da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) e seu Centro Latino- Americano para Perinatologia – Saúde das Mulheres e Reprodutiva (CLAP/SMR) dedicada à prevenção da mortalidade materna por hemorragia pós-parto nas américas.

O evento contou com a presença das representantes da OPAS, Anna Christina de Almeida Porréca, Gabriela Giacomini Bertoche; o gerente de Políticas e Organizações de Redes de Atenção à Saúde (Geporas), Cristiano Araújo; o representante do Comitê Estadual de Mortalidade Materno Infantil, Gustavo Teixeira Oliveira; e a cooperação técnica da Secretaria da Saúde (Sesa).

A morte materna é aquela considerada durante a gravidez ou nos 42 dias seguintes ao termino da gestação. No Brasil, a hemorragia é a segunda causa da morte materna, seguida pela hipertensão.

Durante o evento, os participantes compartilharam informações sobre intervenções exitosas de promoção, prevenção, diagnóstico e tratamento oportuno e adequado para reduzir as mortes por hemorragias obstétricas. “A adesão a Estratégia Zero Mortes Maternas por Hemorragia é importante para reduzir a mortalidade materna. Ela se consolida enquanto um esforço coletivo de gestores e técnicos da área de saúde e também é um marco civilizatório importante, apesar de o Estado do Espírito Santo apresentar indicadores de mortalidade materna mais baixa que a média nacional, é importante reduzir esse indicador e até zerá-lo”, afirmou o gerente de Políticas e Organizações de Redes de Atenção à Saúde, Cristiano Araújo.

A Consultora Nacional de Estratégias de Enfrentamento da Mortalidade Materna, Anna Christina de Almeida Porréca, também reforçou a importância da oficina. “Nela, dialogamos na busca da compreensão das principais barreiras que as mulheres grávidas enfrentam no acesso aos serviços de saúde, e planejamos juntos ações para promoção de intervenções precisas para responder as necessidades dos serviços e contribuir para a redução da morbidade e da mortalidade materna com foco nas emergências obstétricas, mas entendendo que o fortalecimento da rede impacta em outras causas de morte materna. A iniciativa mobiliza governos, sociedade civil e comunidades a pensar em conjunto sobre como podemos acelerar a redução da mortalidade materna vinculada à hemorragia obstétrica no estado”.

 

Dados

A taxa de mortalidade materna na América Latina e no Caribe diminuiu de 96 para 74 mortes maternas por 100 mil nascidos vivos entre 2000 e 2017, uma redução geral de 23,1%, entretanto, estima-se que aproximadamente 830 mulheres morrem por causas evitáveis relacionadas à gestação e ao parto no mundo todos os dias, e que 99% de todas as mortes maternas ocorrem em países em desenvolvimento.

Segundo dados do painel de monitoramento da mortalidade materna, da vigilância em saúde, ocorreram no Estado do Espírito Santo 16 mortes por causas diretas (não acidentais) em 2019.

As medidas de prevenção de contaminação por Covid 19 tiverem impacto em todos os processos de cuidado e para o pré-natal não foi diferente. As autoridades tiveram que analisar com cuidado como garantir acesso e manter as gestantes resguardadas do risco de mortes diretas e de contaminação. “Todo o Brasil está empenhado em frear as mortes maternas por Covid, lançamos recomendações nacionais, vídeo aulas compartilhadas on-line promovemos debates com especialistas dentre outras ações para que os profissionais estejam preparados para enfrentar a pandemia. Sabemos que um número expressivo dessas mortes pode ser evitado por ações dos serviços de saúde, a partir de atenção adequada ao pré-natal, ao parto, ao abortamento, mas, frente aos novos desafios e queremos responder a eles, da forma mais assertiva possível”, afirmou a Consultora Nacional da OPAS, Anna Christina de Almeida Porréca.

“Nós ficaremos em cooperação técnica para estudar a rede e trabalhar para o fortalecimento dos serviços de saúde, eliminação das barreiras ao acesso, treinamento de pessoal para lidar com a hemorragia obstétrica e garantia de disponibilidade de medicamentos essenciais e sangue oportuno para transfusões”, finalizou Anna Christina.

 

Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Syria Luppi / Kárita Iana / Luciana Almeida / Thaísa Côrtes / Danielly Schulthais / Ana Cláudia
Estagiária: Júlia Paranhos
asscom@saude.es.gov.br

 

2015 / Desenvolvido pelo PRODEST utilizando o software livre Orchard