Estratificação de risco reforça o cuidado integral ao paciente renal crônico
De natureza silenciosa e progressiva, a Doença Renal Crônica (DRC) exige atenção constante e uma rede de cuidado bem articulada entre os níveis de atenção à saúde. Com o objetivo de fortalecer essa integração e atualizar equipes sobre estratégias de prevenção, foi realizado em São Mateus o ‘Seminário Regional Norte: Estratificação de Risco do Paciente Renal Crônico na Atenção Primária à Saúde (APS)’.
O encontro, promovido pela Superintendência Regional Norte de Saúde, no último dia 22 de outubro, se deu por meio da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas, da Atenção Primária à Saúde e do Apoio Institucional Norte, do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi), e o Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), e ainda reuniu profissionais da rede pública, gestores, acadêmicos e especialistas em endocrinologia, cardiologia, nefrologia e nutrição.
Por meio de trocas de experiências e debates, o Seminário proporcionou o reforço do papel da Atenção Primária como ponto central para identificar precocemente os riscos e garantir melhor qualidade de vida às pessoas com doença renal crônica.
Durante o encontro, a endocrinologista Fernanda Lustosa Zinato Abdul Ghani destacou a relação entre diabetes e DRC, reforçando a importância da atividade física e da presença regular do paciente na unidade de saúde. “Se a gente tem esse paciente na nossa unidade, temos o reforço de que ele precisa estar se vigiando”, pontuou.
Já o cardiologista Rodolfo Vagner Ferraz da Silva ressaltou que a atenção individualizada, com escuta e observação atenta do paciente, é essencial para um diagnóstico mais preciso e humanizado. “Na atenção primária, o remédio mais poderoso ainda é o olhar humano, capaz de prevenir, acolher e curar”, afirmou.
Ele ainda chamou atenção para cuidados básicos, como os protocolos da aferição correta da pressão arterial.
O nefrologista Jabny Jorge Dornelas lembrou que cerca de 850 milhões de pessoas no mundo vivem com doença renal crônica e classificou a estratificação de risco na APS como ferramenta fundamental para o diagnóstico precoce e o encaminhamento adequado dos casos mais graves, entre outros benefícios. Já a nutricionista Leandra Almeida reforçou a necessidade de acompanhamento nutricional especializado, prevenindo, inclusive, riscos de desnutrição com privações desmedidas quanto a proteínas e outros nutrientes essenciais.
Informações à Imprensa:
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Syria Luppi / Luciana Almeida / Danielly Campos / Thaísa Côrtes / Ana Cláudia dos Santos
Assessoria de Comunicação – Superintendência da Regional Norte de Saúde
Gilmar Henriques
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