Governador sugere que prefeitos abortem promessas de campanha

Nesta sexta-feira (11), em encontro realizado com os prefeitos eleitos e reeleitos, o governador Paulo Hartung sugeriu aos atuais e futuros gestores municipais que eles cancelem as promessas de campanha "desconectadas com a realidade socioeconômica". Hartung afirmou ainda que a classe política precisa ser reinventada para estar mais próxima aos anseios da sociedade. O encontro aconteceu no Hotel Senac, na Ilha do Boi, em Vitória.
"Acompanhei diversas campanhas eleitorais no Estado e vi que muita coisa prometida está desconectada com a realidade atual. Enquanto governador, quero sugerir e até aconselhar aqueles que assumiram compromissos que não tem conexão com o contexto socioeconômico que estamos vivendo que peçam desculpas para a população e façam os ajustes que tenham que ser feitos. É melhor fazer isso que adiar problemas. Todos os municípios terão que fazer contas e ajustes fiscais. É melhor fazer isso logo e manter a transparência e diálogo junto à população", alertou o governador.
O governador ressaltou ainda que o país vivencia a prior crise econômica dos últimos 110 anos. Hartung sugeriu que os novos gestores mobilizem a sociedade em busca de boas práticas e ações inovadoras na área da gestão pública. "Se conectem com a realidade da população e desapeguem do mundo dos políticos. Vocês não estão sozinhos nesta jornada, estamos juntos. Estou à disposição. Minha agenda está aberta para conversar com todos vocês. Além disto, apresentamos hoje projetos que têm interação com os municípios, com recursos garantidos. Ter os municípios como parceiros será bom para todos nós", destacou.
Durante o encontro, promovido pelo Governo do Estado, foram debatidos gestão pública, austeridade fiscal, empreendedorismo e funcionamento da máquina pública.
Saúde
O secretário de Estado da Saúde, Ricardo de Oliveira, participou do encontro e apresentou o projeto de reorganização da rede de atenção à saúde a partir de uma visão regional, com atendimentos mais próximos da residência do cidadão e gestão dos serviços feita pelos municípios de forma organizada e em conjunto. O secretário ressaltou que o Sistema de Saúde é coordenado pelos governos municipal, estadual e federal, e que trabalhar em conjunto é a chave para o sucesso. “Se essas três instâncias de governo não se entenderem, a população vai sofrer; e se elas se entenderem a qualidade da saúde melhora”, argumentou.
Na ocasião, Oliveira também falou sobre o financiamento da Saúde. “Estamos arcando financeiramente com os custos que deveriam ser da União. O Governo do Estado, apesar da crise econômica que o país enfrenta, vem ampliando anualmente a aplicação dos recursos próprios na Saúde. Somos o quarto Estado do país que mais investe em saúde com 18,98% de receita corrente líquida, quando o mínimo é de 12%. Neste mesmo ano, do total de gastos em saúde, cerca de R$ 2,5 bilhões, o Governo Federal repassou o equivalente a 23,4%, enquanto nós cobrimos 71% com recursos próprios. Em tempos de restrição econômica, temos que ter uma eficiência na gestão dos recursos, na gestão da clínica e reorientar o modelo de atenção na lógica da regionalização da Saúde e com uma Atenção Primária eficiente, onde o custo do tratamento é menor do que o tratamento em Hospital, levando o atendimento para mais próximo do cidadão”.
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