Para chamar a atenção sobre o Lúpus, doença reumatológica sistêmica autoimune, que pode manifestar-se em diferentes locais do corpo e órgãos, o Hospital Estadual Dório Silva, na Serra, promove, nesta sexta-feira (10), Dia Mundial do Lúpus, um ciclo de palestras para portadores da doença, familiares e profissionais da saúde, com apoio da Sociedade de Reumatologia do Espírito Santo (Sores).

O Hospital é referência em tratamento da doença no Estado, com aproximadamente 200 pacientes em tratamento na unidade.

“O Lúpus é uma doença que tem manifestações diferentes e muitos estigmas. As pessoas têm receio e chegam com muitas dúvidas”, explicou o reumatologista Thays Zanon, do Programa de Reumatologia do Estado (Pró-Reuma) realizado no Dório Silva.

A especialista explicou que a atividade tem como objetivo conscientizar o público em relação aos hábitos de vida, de alimentação, de prevenção de doenças infecciosas que podem agravar o Lúpus, além de ajudar a criar e manter uma rede de apoio.

“Além da conscientização de uma doença que é diferente para cada um e que pode ser grave, uma pessoa poder dar suporte a outra”, disse.

Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES)

Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, o Brasil não dispõe de números exatos de Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES ou apenas Lúpus), porém, há estimativas de 65.000 pessoas com a doença no país, sendo a maioria mulheres, com manifestação em idade reprodutiva entre 20 e 40 anos.

O Lúpus é uma doença potencialmente grave, de acordo com Thays Zanon, por poder manifestar-se em órgãos vitais. “No Lúpus, o organismo desenvolve anticorpos que podem causar doenças em tecidos e órgãos como rins, pulmão e coração”.

Causas / sintomas e tratamentos

O Lúpus não tem uma causa definida. A médica explica que há fatores hormonais, infecciosos e ambientais desencadeantes para uma pessoa que tenha genética propensa ao Lúpus.

Cada pessoa pode ter manifestação diferente, mas os sintomas sistêmicos gerais são febre, fraqueza, fadiga, dores articulares, perda de força muscular, queda de cabelo, afta na boca e alterações de pele, sendo a mais comum a “asa de borboleta”, manchas avermelhadas nas maçãs do rosto e dorso do nariz, cuja distribuição lembra uma borboleta.

Ao sentir quaisquer sintomas, é preciso procurar a Unidade Básica de Saúde para os primeiros atendimentos. Constatando-se o Lúpus, o paciente é encaminhado ao Dório Silva, onde pode dar início ao tratamento, que será definido de acordo com o tipo de manifestação que a pessoa apresenta.

Dia Mundial de Atenção à Pessoa com Lúpus

Ciclo de palestras para pacientes portadores de Lúpus, seus familiares e profissionais de saúde envolvidos no cuidado desses pacientes.

Programação:

10h30 às 10h45 – Acolhimento e apresentação do Pró-Reuma;

10h45 às 11h15 – Conscientização e compreensão acerca do Lúpus (Luiz Felipe Genelhu);

11h15 às 11h45 – Orientações de hábitos de vida (Thays Zanon);

11h45 às 12h30 – Como conviver com o Lúpus? (depoimentos de pacientes)

Dia: 10 de maio

Horário: 10h30 às 12h30

Local: Auditório do Hospital Dório Silva, na Serra.

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