A sepse é responsável por aproximadamente 233 mil óbitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no Brasil, mas ainda é uma síndrome desconhecida por nove em cada dez pessoas leigas, segundo dados do Instituto Latino-Americano de Sepse (ILAS). Para discutir o tema “Ressuscitação volêmica da sepse: como fazer e como não fazer”, o Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, o maior hospital público do Espírito Santo, recebeu nessa quinta-feira (14) o presidente do ILAS, o médico Luciano Azevedo. O evento também foi aberto ao público.

“A sepse é uma das emergências médicas mais importantes e letais. Nossa intenção, ao trazer para o hospital a discussão desse tema, é esgotar as análises como forma de garantir aos profissionais, residentes e acadêmicos da instituição uma formação técnica completa”, disse o diretor técnico do Hospital Dr. Jayme, o médico Eric Teixeira Gaigher.

O diretor técnico explica que a sepse é conhecida também como infecção generalizada, septicemia ou síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS), e é caracterizada por um estado inflamatório grave em todo o organismo. “O organismo se empenha em combater uma determinada infecção local e desprende tanto esforço que acaba comprometendo o funcionamento de outros órgãos. A partir daí se inicia a sepse, uma infecção generalizada”, completou Eric Teixeira Gaigher.

O coordenador dos programas de residências médicas em Clínica Medicina e Medicina de Emergência do Hospital Dr. Jayme, Leonardo Goltara, explica que os casos de sepse precisam ser analisados individualmente e, para cada caso, o profissional deve avaliar o início do tratamento, o volume e o melhor tipo de hidratação. “Queremos disseminar todas essas informações e mostrar que o diagnóstico precoce da doença é fundamental para o sucesso do tratamento”, disse Goltara.

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